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Mercado de Milho Apresenta Lentidão, Com Menor Atividade nas Negociações

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Câmbio, clima e preços futuros são os principais fatores que impactam o setor até o final do ano

O mercado brasileiro de milho mostrou sinais de lentidão durante a semana, com compradores e vendedores adotando postura mais cautelosa nas negociações. De acordo com a Safras Consultoria, a expectativa é de que a liquidez do mercado diminua gradualmente até o encerramento do ano.

Entre os principais fatores que continuam a influenciar o setor, destacam-se a volatilidade cambial, a paridade de exportação, o movimento dos preços futuros nas bolsas de Chicago e B3, além da evolução das condições climáticas. As recentes chuvas no Sul do Brasil têm sido benéficas para as lavouras de milho, e novas precipitações são previstas para o Centro-Sul até o final de 2024.

Mercado Internacional e Desempenho das Bolsas

No cenário internacional, a Bolsa de Chicago observou uma valorização significativa até a metade da semana, impulsionada pela redução nos estoques finais de passagem, conforme o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) relatou no relatório de oferta e demanda de dezembro. No entanto, o mercado perdeu fôlego no dia 12 de dezembro, com um movimento de realização de lucros, também influenciado pelos resultados abaixo das expectativas nas vendas líquidas semanais de milho dos EUA.

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Preços Internos do Milho

O preço médio da saca de milho no Brasil foi cotado em R$ 71,69 no dia 12 de dezembro, registrando uma queda de 0,66% em relação aos R$ 72,17 da semana anterior. No mercado disponível para o produtor, em Cascavel, Paraná, o preço foi de R$ 69,00, o que representa uma redução de 1,43% em relação ao valor de R$ 70,00 no fim de outubro.

Em Campinas (CIF), o preço se manteve em R$ 77,00, enquanto na região da Mogiana paulista, o valor continuou em R$ 76,00. Já em Rondonópolis, Mato Grosso, o preço da saca permaneceu em R$ 68,00. Em Erechim, Rio Grande do Sul, houve uma queda de 1,32%, de R$ 76,00 para R$ 75,00, enquanto em Uberlândia, Minas Gerais, o valor da saca recuou 1,67%, de R$ 68,00 para R$ 67,00. Em Rio Verde, Goiás, o preço se manteve em R$ 67,00.

Exportações de Milho

As exportações brasileiras de milho registraram uma receita de US$ 249,64 milhões em dezembro (nos primeiros cinco dias úteis), com uma média diária de US$ 49,93 milhões. A quantidade exportada foi de 1,17 milhão de toneladas, com uma média diária de 234,175 mil toneladas. O preço médio da tonelada foi de US$ 213,20.

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Em comparação com dezembro de 2023, houve uma redução de 27,4% no valor médio diário das exportações, uma queda de 22,8% na quantidade média exportada por dia, e uma desvalorização de 6,1% no preço médio. Esses dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.

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O Potencial do Combustível do Futuro para Impulsionar a Produção de Cana-de-Açúcar no Brasil

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Tecnologias avançadas devem otimizar a produtividade no setor sucroenergético frente ao aumento da demanda de etanol

A recente Lei do Combustível do Futuro, sancionada pelo Governo Federal, representa um marco significativo para a indústria de energias renováveis no Brasil, particularmente para o setor sucroenergético. Com a previsão de atrair até R$200 bilhões em investimentos, a nova legislação visa impulsionar a transição para fontes de energia mais limpas, estipulando uma margem de mistura de etanol à gasolina que poderá variar de 22% a 35%. Atualmente, a mistura pode atingir até 27,5%, com no mínimo 18% de etanol.

Essa legislação traz à tona a necessidade de aumentar a produção de cana-de-açúcar, principal matéria-prima para o etanol, e reforça o caráter estratégico da cultura para o futuro energético do país. Para atender à crescente demanda, é essencial adotar tecnologias que melhorem a produtividade, reduzam os custos e garantam a sustentabilidade da produção agrícola.

Tecnologia no planejamento agrícola: o caminho para maior eficiência

De acordo com Fabio Perna, Diretor Comercial e de Serviços da divisão de Autonomy & Positioning da Hexagon, o uso de tecnologias avançadas desempenha papel crucial no aumento da produtividade do setor sucroenergético, sem a necessidade de expandir significativamente as áreas cultivadas. Uma das principais inovações são as ferramentas de planejamento agrícola, que integram dados georreferenciados e análises preditivas para organizar as operações de forma eficiente. Tais soluções permitem identificar as áreas de maior potencial produtivo, além de otimizar o uso de recursos como água, fertilizantes e combustível, reduzindo desperdícios e maximizando a utilização do solo.

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Além disso, essas tecnologias são essenciais para determinar o melhor momento para a colheita. Perna explica que a cana-de-açúcar, sendo uma planta cíclica que reage ao clima, tende a aumentar sua concentração de açúcar durante períodos secos, sendo esse o momento ideal para a colheita. Com o auxílio de sistemas de planejamento, é possível ajustar o processo de colheita conforme a necessidade de cada empresa, considerando a produção estimada, a maturação das plantas, e até mesmo a previsão meteorológica.

Monitoramento em tempo real e otimização logística para reduzir custos

O uso de dispositivos embarcados em máquinas agrícolas permite um controle preciso das operações no campo, assegurando que atividades como plantio, pulverização e colheita sejam executadas com máxima eficiência. Esses sistemas, que utilizam sensores e dados georreferenciados, identificam as áreas que necessitam de ajustes e garantem a aplicação uniforme de insumos, aumentando a produtividade e reduzindo custos operacionais.

Outro benefício importante das tecnologias de monitoramento é a rastreabilidade de todas as etapas da produção de cana-de-açúcar, o que traz transparência ao processo e permite aos tomadores de decisão o acesso a informações detalhadas desde o preparo do solo até a colheita.

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O setor também enfrenta desafios logísticos, especialmente no que diz respeito ao transporte da cana das lavouras para as usinas. Nesse sentido, sistemas de gestão dinâmica ajudam a otimizar o fluxo de transporte, ajustando rotas e alocando recursos em tempo real. Isso garante que a cana seja transportada de maneira eficiente, preservando a qualidade do produto e reduzindo custos com combustível e mão de obra.

Agricultura de precisão: o futuro da produção sustentável

A agricultura de precisão surge como uma solução para aumentar a produtividade e a eficiência no campo. Tecnologias como piloto automático e controle automatizado de fertilização ajudam a reduzir desperdícios e melhorar a qualidade das colheitas. No entanto, Fenômenos ionosféricos, como a cintilação provocada pelo ciclo de alta atividade solar, podem impactar a precisão do posicionamento das máquinas agrícolas, comprometendo a eficiência das operações.

Para mitigar esses efeitos, soluções de correção de sinal, como o TerraStar, desenvolvido pela NovAtel, uma marca da Hexagon, garantem uma precisão de até 2,5 centímetros, essencial para as operações agrícolas de alta precisão. Combinando robustez e precisão, essas soluções são fundamentais para sustentar os resultados consistentes que os produtores esperam alcançar.

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