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Projeções para o Complexo da Soja em 2025 apontam novos recordes de produção e exportação

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Estimativas de produção e comércio do setor agropecuário seguem trajetória de crescimento, com destaque para as exportações

A Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (ABIOVE) divulgou recentemente sua atualização sobre o balanço de oferta e demanda para o complexo da soja em 2025, com números que indicam novos recordes para o setor. A produção de soja deve atingir 171,7 milhões de toneladas, enquanto o esmagamento total deverá chegar a 57,1 milhões de toneladas. A produção de farelo de soja está prevista para alcançar 44,1 milhões de toneladas, e a produção de óleo de soja deve manter-se estável, com 11,4 milhões de toneladas.

No que diz respeito às exportações, as expectativas são igualmente otimistas, com a soja sendo exportada em volumes recordes de 106,1 milhões de toneladas. O farelo de soja deve registrar exportações de 22,9 milhões de toneladas, enquanto o óleo de soja deve atingir cerca de 1,05 milhão de toneladas. Para complementar o abastecimento do mercado interno, espera-se um aumento nas importações de óleo de soja, que deverão alcançar 200 mil toneladas, e de soja, com previsão de 500 mil toneladas.

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Resultados positivos para o complexo da soja em 2024

Até novembro de 2024, os dados consolidados mostraram resultados positivos para o setor. A produção de soja foi de 153,5 milhões de toneladas, registrando um leve crescimento de 0,1% em relação ao ciclo anterior. A projeção de esmagamento foi revista para 55 milhões de toneladas, com um aumento de 0,9%. A produção de farelo de soja deve acompanhar esse crescimento, alcançando 42,5 milhões de toneladas, um aumento de 1,9%, enquanto a produção de óleo de soja também apresentou um leve crescimento de 0,5%, totalizando 11,05 milhões de toneladas.

Processamento e exportações de soja em novembro de 2024

Em novembro de 2024, o volume de soja processado foi de 4,1 milhões de toneladas, o que representou uma queda de 6,8% em relação a outubro, mas um aumento de 7,9% quando comparado ao mesmo mês de 2023, ajustado pelo percentual amostral de 90,6%. No acumulado do ano, o processamento teve um crescimento de 1,8% em comparação ao período correspondente de 2023.

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As exportações também apresentaram desempenho positivo em 2024. O Brasil exportou 98,8 milhões de toneladas de soja, 23,1 milhões de toneladas de farelo de soja e 1,4 milhão de toneladas de óleo de soja. As importações de soja somaram 822 mil toneladas, refletindo a estratégia para atender à crescente demanda interna.

 

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O Potencial do Combustível do Futuro para Impulsionar a Produção de Cana-de-Açúcar no Brasil

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Tecnologias avançadas devem otimizar a produtividade no setor sucroenergético frente ao aumento da demanda de etanol

A recente Lei do Combustível do Futuro, sancionada pelo Governo Federal, representa um marco significativo para a indústria de energias renováveis no Brasil, particularmente para o setor sucroenergético. Com a previsão de atrair até R$200 bilhões em investimentos, a nova legislação visa impulsionar a transição para fontes de energia mais limpas, estipulando uma margem de mistura de etanol à gasolina que poderá variar de 22% a 35%. Atualmente, a mistura pode atingir até 27,5%, com no mínimo 18% de etanol.

Essa legislação traz à tona a necessidade de aumentar a produção de cana-de-açúcar, principal matéria-prima para o etanol, e reforça o caráter estratégico da cultura para o futuro energético do país. Para atender à crescente demanda, é essencial adotar tecnologias que melhorem a produtividade, reduzam os custos e garantam a sustentabilidade da produção agrícola.

Tecnologia no planejamento agrícola: o caminho para maior eficiência

De acordo com Fabio Perna, Diretor Comercial e de Serviços da divisão de Autonomy & Positioning da Hexagon, o uso de tecnologias avançadas desempenha papel crucial no aumento da produtividade do setor sucroenergético, sem a necessidade de expandir significativamente as áreas cultivadas. Uma das principais inovações são as ferramentas de planejamento agrícola, que integram dados georreferenciados e análises preditivas para organizar as operações de forma eficiente. Tais soluções permitem identificar as áreas de maior potencial produtivo, além de otimizar o uso de recursos como água, fertilizantes e combustível, reduzindo desperdícios e maximizando a utilização do solo.

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Além disso, essas tecnologias são essenciais para determinar o melhor momento para a colheita. Perna explica que a cana-de-açúcar, sendo uma planta cíclica que reage ao clima, tende a aumentar sua concentração de açúcar durante períodos secos, sendo esse o momento ideal para a colheita. Com o auxílio de sistemas de planejamento, é possível ajustar o processo de colheita conforme a necessidade de cada empresa, considerando a produção estimada, a maturação das plantas, e até mesmo a previsão meteorológica.

Monitoramento em tempo real e otimização logística para reduzir custos

O uso de dispositivos embarcados em máquinas agrícolas permite um controle preciso das operações no campo, assegurando que atividades como plantio, pulverização e colheita sejam executadas com máxima eficiência. Esses sistemas, que utilizam sensores e dados georreferenciados, identificam as áreas que necessitam de ajustes e garantem a aplicação uniforme de insumos, aumentando a produtividade e reduzindo custos operacionais.

Outro benefício importante das tecnologias de monitoramento é a rastreabilidade de todas as etapas da produção de cana-de-açúcar, o que traz transparência ao processo e permite aos tomadores de decisão o acesso a informações detalhadas desde o preparo do solo até a colheita.

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O setor também enfrenta desafios logísticos, especialmente no que diz respeito ao transporte da cana das lavouras para as usinas. Nesse sentido, sistemas de gestão dinâmica ajudam a otimizar o fluxo de transporte, ajustando rotas e alocando recursos em tempo real. Isso garante que a cana seja transportada de maneira eficiente, preservando a qualidade do produto e reduzindo custos com combustível e mão de obra.

Agricultura de precisão: o futuro da produção sustentável

A agricultura de precisão surge como uma solução para aumentar a produtividade e a eficiência no campo. Tecnologias como piloto automático e controle automatizado de fertilização ajudam a reduzir desperdícios e melhorar a qualidade das colheitas. No entanto, Fenômenos ionosféricos, como a cintilação provocada pelo ciclo de alta atividade solar, podem impactar a precisão do posicionamento das máquinas agrícolas, comprometendo a eficiência das operações.

Para mitigar esses efeitos, soluções de correção de sinal, como o TerraStar, desenvolvido pela NovAtel, uma marca da Hexagon, garantem uma precisão de até 2,5 centímetros, essencial para as operações agrícolas de alta precisão. Combinando robustez e precisão, essas soluções são fundamentais para sustentar os resultados consistentes que os produtores esperam alcançar.

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