Morte
Sobe para 11 o número de mortos em ponte que desabou
Morte
Corpos foram encontrados ontem à noite e operação de resgate chegou a ser interrompida devido à movimentação da estrutura. Identificação dos dois cadáveres deve sair nas próximas horas
Segundo os mergulhadores, os dois cadáveres estavam perto da região onde foi criada uma base da Marinha, que comanda as operações de busca. Um dos corpos tinha sido retirado da água, mas o outro continuava submerso, até o fechamento desta edição, por causa da correnteza. Ambos não tinham sido identificados — o que provavelmente só conseguirá ser feito hoje.
O último corpo a ter a identidade confirmada foi o de Rosimarina da Silva Carvalho, de 48 anos. De acordo com a Marinha, o cadáver foi localizado por moradores da região na noite de quinta-feira — estava longe da área de mergulho, a aproximadamente 6km da região do desabamento, que aconteceu entre as cidades de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA).
Entre os 11 mortos, estão dois corpos achados a 35m de profundidade no rio Tocantins. Ambos se encontram na cabine de uma caminhonete. O veículo, porém, foi localizado embaixo de uma carreta e, por isso, os bombeiros estudam a melhor maneira de resgatá-los. As identidades não foram divulgadas.
“Esse veículo foi encontrado em uma situação trágica, debaixo de uma carreta. Dentro desse veículo, consegui identificar duas vítimas, possivelmente uma mulher e um homem. O veículo está a cerca de 35m de profundidade e se torna um mergulho mais preocupante”, explicou o tenente-coronel Rafael Barreto Menezes, mergulhador do Corpo de Bombeiros do Tocantins, em entrevista à TV Anhenguera.
Ontem, as equipes tiveram de interromper os trabalhos porque a estrutura da ponte voltou a se mover. A ideia, agora, é que os mergulhadores passem a atuar distantes dos pilares da Juscelino Kubitschek para evitar riscos. Mesmo porque, como o corpo de Rosimarina foi encontrado longe do local da tragédia, os mergulhadores trabalham com a possibilidade de que outros cadáveres tenham sido arrastados pela correnteza do rio Tocantins.
Sem contaminação
Na área de buscas, testes de qualidade da água são feitos por militares especializados em Defesa Nuclear, Biológica, Química e Radiológica (NBQR). Até o momento, não foram constatadas alterações causadas por agentes químicos. A possível presença de material tóxico faz a Marinha analisar a qualidade da água toda manhã antes de começar as buscas. Isso porque, entre os veículos que mergulharam no rio, um caminhão transportava ácido sulfúrico e outro levava defensivos agrícolas.
Setenta e nove militares da Força naval atuam no local. Quarenta e quatro mergulhadores — 18 da Marinha, 10 dos bombeiros do Maranhão, 10 dos bombeiros do Tocantins e seis dos bombeiros do Pará — se revezam nos mergulhos para localizar os corpos das vítimas.
Segundo os mergulhadores, as maiores dificuldades têm sido a água turva — que reduz a visibilidade —, a correnteza e os escombros da estrutura que desabou — que podem se mover no exato momento em que as equipes estiveram fazendo resgate, algo que aumenta a insegurança para a atuação subaquática. Outro problema é o nível de profundidade do rio Tocantins, que chega a 48 metros.
Tecnologia
Para reduzir ao máximo os riscos às equipes que trabalham nas buscas, uma câmara hiperbárica da Marinha foi disponibilizada para mergulhos de profundidades maiores que 30m. Além disso, a Transpetro tem auxiliado com três ROVs (sigla para Remote Operated Vehicle, uma espécie de drone subaquático) para localizar as vítimas e os veículos submersos.
“CB”
Morte
PM morto em incêndio em Maceió ao salvar vidas é promovido post mortem
Adriano Damásio Lopes morreu no dia 16 de janeiro ao inalar fumaça enquanto tentava salvar vítimas de um incêndio que atingiu o hotel em que estava hospedado com a família, em Alagoas
Mesmo de férias, Adriano agiu para evacuar um hotel localizado no bairro da Pajuçara, mas inalou fumaça tóxica, o que causou sua morte. O Correio esteve em seu velório e enterro, que ocorreram em Brazlândia, e acompanhou as honrarias militares ao policial e sua família.
Com 44 anos e mais de 20 de serviço na Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), Adriano deixa a esposa, Stefanne da Silva Damásio Fernandes, e a filha, Lívia Damásio Fernandes, de 9 anos. Na cerimônia, a viúva recebeu uma homenagem especial: um quadro com o uniforme de Adriano e a mensagem “À família do nosso herói, 1º Sgt QPPMC Adriano Damásio Lopes”. Autoridades civis e militares, além de familiares e amigos, prestaram tributo a Adriano, lembrando o legado de coragem e altruísmo.
Durante a homenagem, o governador Ibaneis Rocha disse que o gesto marca a história da família, dos pais, da esposa e da filha, que, segundo ele, “terá orgulho de dizer que tem como pai um herói, e isso é muito importante para marcar a vida de uma criança”.
“Esse momento serve também para lembrarmos do bom policial que temos na nossa capital e a formação exemplar desses militares. Todos eles foram formados dentro de uma academia bastante preparada e aprendem ali o sentido real de proteger a sociedade. Não foi nada diferente do que Adriano fez naquele momento. Ficam aqui todo meu carinho e solidariedade e, enquanto eu estiver por aqui ou até mesmo fora do governo, vocês jamais ficarão desamparados. Contem comigo para superar qualquer dificuldade que venham a ter na vida”, afirmou Ibaneis Rocha.
A promoção post mortem é um gesto simbólico, mas de grande significado, reconhecendo o valor inestimável do policial que sacrificou a vida para salvar outras. “O nosso próprio hino diz que, dependendo da situação, temos de enfrentar o perigo e morrer com honra, e é isso que a gente verifica nessa situação. Ele foi uma pessoa honrada no trabalho enquanto esteve vivo e honrado, inclusive, na morte”, afirmou o secretário de Segurança Pública em exercício, Alexandre Patury.
A comandante-geral Ana Paula Barros Habka expressou solidariedade e reafirmou o respeito pelo legado de Adriano: “Ele foi um herói. Um militar que não hesitou, nas suas férias, em enfrentar o perigo e salvar outras pessoas em prol da própria vida. É uma homenagem merecida ao sargento Adriano, que foi um policial irretocável e impecável. Não gostaria que a promoção dele fosse dessa forma, mas é um reconhecimento do GDF, da corporação e de toda a sociedade pelo seu ato de bravura e altruísmo”.
“CB”
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