Morte
Pane em ar-condicionado pode ter causado incêndio que matou PM do DF
Morte
Ao Correio, delegada responsável pelo caso citou que ato de bravura de policial salvou vidas. Ele morreu após inalar fumaça
As investigações sobre a morte do sargento da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), Adriano Damásio Lopes, de 44 anos, indicam que o incêndio em um hotel na Pajuçara, em Maceió (AL) pode ter sido causado por uma pane no ar-condicionado. O policial morreu após inalar grande quantidade de fumaça durante o incêndio.
O caso ocorreu na madrugada de quinta-feira (17/1). O sargento ajudou no resgate das vítimas, mas ficou desacordado devido à inalação de fumaça, sofreu uma parada cardíaca e faleceu no Hospital Geral do Estado (HGE). Ele foi encontrado inconsciente no apartamento 603, localizado no sexto andar do hotel.
Ao Correio, a delegada Luci Mônica, chefe do 2º Distrito Policial e responsável pelo caso, afirmou que a principal linha de investigação aponta para uma pane no ar-condicionado de outro apartamento do hotel. “Os laudos poderão confirmar essa tese que temos. Semana que vem, nossa equipe também irá ouvir o representante do hotel, que está contribuindo com as investigações”, explicou.
“Nós já tomamos o depoimento de três pessoas, inclusive a esposa da vítima”, acrescentou. “Vamos juntar tudo aos autos, além da documentação técnica de avaliação do hotel. O apartamento que o sargento estava era do outro lado do apartamento onde o incêndio começou. Foi um ato de bravura do policial”, completou.
Segundo a delegada, o sargento estava acompanhado da esposa e da filha de 9 anos, e a família deixaria o local na manhã do dia do incêndio. “Ele e a esposa chegaram a salvar vidas, assim como um mensageiro do hotel também. Eles estavam para ir embora, inclusive com as malas prontas. É muito triste”, lamentou.
O caso
Adriano ingressou na Corporação em 1º de abril de 2003. Atualmente, o militar estava lotado no Batalhão de Policiamento de Trânsito, ao qual dedicou mais de 20 anos de sua vida. Segundo informações da Polícia Civil do Estado do Alagoas (PCAL), antes de morrer, o policial ajudou na evacuação de hóspedes, garantindo a segurança de várias pessoas.
Em nota de pesar, a PMDF lamentou a morte do policial. Confira o texto na íntegra:
“A PMDF manifesta, com profundo pesar, o falecimento do 2º Sargento Adriano Damásio Lopes, 44 anos, ocorrido no dia 16 de janeiro de 2025, em decorrência da inalação de fumaça durante um incêndio em um hotel na Pajuçara, em Maceió, Alagoas.
O 2º Sargento Adriano Lopes, em um ato de bravura e total abnegação, salvou vidas ao ajudar na evacuação de hóspedes e garantir a segurança de várias pessoas diante da emergência. Seu gesto heroico reflete o mais puro exemplo de coragem, dedicação e amor ao próximo, valores que sempre nortearam sua conduta como policial militar.
Após ser resgatado pelo Corpo de Bombeiros e receber atendimento pelo SAMU, o sgt Adriano Lopes foi encaminhado ao hospital, mas, infelizmente, não resistiu à gravidade da exposição à fumaça.
A Polícia Militar do Distrito Federal se solidariza com a família, amigos e companheiros de farda neste momento de imensa dor e perda irreparável. Reafirmamos nossa gratidão e respeito ao legado deixado pelo Sargento Adriano Damásio Lopes, que será sempre lembrado como um exemplo de altruísmo e comprometimento com a vida e a segurança de todos”.
“CB”
Morte
PM morto em incêndio em Maceió ao salvar vidas é promovido post mortem
Adriano Damásio Lopes morreu no dia 16 de janeiro ao inalar fumaça enquanto tentava salvar vítimas de um incêndio que atingiu o hotel em que estava hospedado com a família, em Alagoas
Mesmo de férias, Adriano agiu para evacuar um hotel localizado no bairro da Pajuçara, mas inalou fumaça tóxica, o que causou sua morte. O Correio esteve em seu velório e enterro, que ocorreram em Brazlândia, e acompanhou as honrarias militares ao policial e sua família.
Com 44 anos e mais de 20 de serviço na Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), Adriano deixa a esposa, Stefanne da Silva Damásio Fernandes, e a filha, Lívia Damásio Fernandes, de 9 anos. Na cerimônia, a viúva recebeu uma homenagem especial: um quadro com o uniforme de Adriano e a mensagem “À família do nosso herói, 1º Sgt QPPMC Adriano Damásio Lopes”. Autoridades civis e militares, além de familiares e amigos, prestaram tributo a Adriano, lembrando o legado de coragem e altruísmo.
Durante a homenagem, o governador Ibaneis Rocha disse que o gesto marca a história da família, dos pais, da esposa e da filha, que, segundo ele, “terá orgulho de dizer que tem como pai um herói, e isso é muito importante para marcar a vida de uma criança”.
“Esse momento serve também para lembrarmos do bom policial que temos na nossa capital e a formação exemplar desses militares. Todos eles foram formados dentro de uma academia bastante preparada e aprendem ali o sentido real de proteger a sociedade. Não foi nada diferente do que Adriano fez naquele momento. Ficam aqui todo meu carinho e solidariedade e, enquanto eu estiver por aqui ou até mesmo fora do governo, vocês jamais ficarão desamparados. Contem comigo para superar qualquer dificuldade que venham a ter na vida”, afirmou Ibaneis Rocha.
A promoção post mortem é um gesto simbólico, mas de grande significado, reconhecendo o valor inestimável do policial que sacrificou a vida para salvar outras. “O nosso próprio hino diz que, dependendo da situação, temos de enfrentar o perigo e morrer com honra, e é isso que a gente verifica nessa situação. Ele foi uma pessoa honrada no trabalho enquanto esteve vivo e honrado, inclusive, na morte”, afirmou o secretário de Segurança Pública em exercício, Alexandre Patury.
A comandante-geral Ana Paula Barros Habka expressou solidariedade e reafirmou o respeito pelo legado de Adriano: “Ele foi um herói. Um militar que não hesitou, nas suas férias, em enfrentar o perigo e salvar outras pessoas em prol da própria vida. É uma homenagem merecida ao sargento Adriano, que foi um policial irretocável e impecável. Não gostaria que a promoção dele fosse dessa forma, mas é um reconhecimento do GDF, da corporação e de toda a sociedade pelo seu ato de bravura e altruísmo”.
“CB”
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