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Mercado de Trigo no Brasil: Negócios Limitados e Pressão da Oferta

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Cotações do grão seguem em baixa, com expectativas de recuperação durante a entressafra

Os negócios com trigo no Brasil continuam restritos nesta semana, com movimentações pontuais e de baixo volume. De acordo com Elcio Bento, analista da Safras & Mercado, a ausência de compradores tem pressionado as cotações, uma vez que a oferta ainda é excessiva em relação à demanda, algo esperado no período logo após a colheita.

No Paraná, os preços de compra variam entre R$ 1.280 e R$ 1.330 por tonelada, apresentando uma queda de 9,1% em comparação ao mês passado. No Rio Grande do Sul, as cotações oscilam entre R$ 1.150 e R$ 1.180 por tonelada, com uma redução de 3,3% em relação ao mesmo período de novembro.

“A tendência é que, com o avanço da entressafra, as cotações se recuperem. Com isso, os vendedores permanecem firmes em suas expectativas de preços”, afirmou Bento.

Colheita e Perspectivas da Safra

De acordo com o levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a colheita das lavouras de trigo da safra 2024 já alcançou 98,9% da área estimada nos principais estados produtores do Brasil (Goiás, Minas Gerais, Bahia, Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina, São Paulo e Mato Grosso do Sul), conforme dados até 8 de dezembro. Na semana anterior, o índice era de 97,7%, e no mesmo período de 2023, a colheita já estava concluída com 99,9% da área.

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A produção brasileira de trigo para 2025 está estimada em 8,064 milhões de toneladas, sem expectativa de aumento em relação à safra anterior. A área plantada deverá ser de 3,061 milhões de hectares, com uma produtividade prevista de 2.634 quilos por hectare, similar ao desempenho da safra passada.

Situação no Rio Grande do Sul

A colheita de trigo no Rio Grande do Sul foi concluída nesta semana, com os últimos lotes sendo colhidos nas regiões da Campanha, Sul e Campos de Cima da Serra. Os resultados variaram, com algumas lavouras registrando perdas devido a chuvas recorrentes durante o enchimento dos grãos e a colheita, o que resultou na redução do peso dos grãos e germinação nas espiguetas. No entanto, o quadrante nordeste do estado apresentou bons resultados, com o potencial produtivo preservado ao longo do ciclo.

Após o término da colheita, a produtividade estimada foi revisada pela Emater/RS-Ascar para 2.839 kg/ha, representando uma queda de 8,41% em relação à projeção inicial, que era de 3.116 kg/ha.

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Situação na Argentina

Na Argentina, a colheita de trigo atingiu 63,9% da área, com um avanço de 15,8 pontos percentuais em relação à semana anterior, segundo dados da Bolsa de Cereais de Buenos Aires. A previsão de produção segue em 18,6 milhões de toneladas. Até o momento, foram colhidas 10,587 milhões de toneladas de trigo, em uma área de 3,944 milhões de hectares. A área total estimada para a safra argentina é de 6,3 milhões de hectares, sendo 6,173 milhões aptas para a colheita. No ano passado, a área plantada foi de 5,9 milhões de hectares.

 

 

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Fase de enchimento de grãos da soja exige cuidados para garantir produtividade máxima

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Deficiências nutricionais e estresse climático podem comprometer até 30% da produção; soluções nutricionais equilibradas são essenciais para o sucesso da safra

O clima favoreceu o plantio e o desenvolvimento inicial da soja, que tem o potencial de alcançar um recorde de 166 milhões de toneladas. No entanto, para garantir o máximo rendimento da safra, os produtores devem redobrar a atenção durante a fase de enchimento dos grãos, um período crucial que demanda nutrientes essenciais para o desenvolvimento da planta.

Durante o enchimento, a soja requer uma quantidade significativa de nutrientes, e deficiências podem comprometer o peso, a qualidade dos grãos e até o valor comercial da colheita. “Se as sementes não se formam corretamente, isso afeta o vigor e a germinação, prejudicando a qualidade para replantio”, explica Bernardo Borges, gerente técnico da BRQ Brasilquímica.

Segundo Borges, problemas nutricionais ou estresse hídrico nesta fase podem resultar em perdas de até 30% na produtividade total, dependendo da gravidade do ocorrido. A Embrapa destaca que o maior consumo de água acontece do florescimento até o completo enchimento dos grãos (fase R1-R6), quando as plantas necessitam de 7 a 8 mm de água por dia.

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Necessidades nutricionais e estratégias de manejo

Além de um monitoramento constante para evitar o estresse hídrico, a soja requer a presença de macronutrientes, como nitrogênio (N), fósforo (P), potássio (K) e enxofre (S), essenciais para o crescimento, a formação de proteínas e o desenvolvimento estrutural da planta. Também são necessários micronutrientes, como boro (B) e zinco (Zn), que regulam processos metabólicos e enzimáticos. “O enxofre é especialmente importante para a síntese de aminoácidos e proteínas”, complementa Borges.

Para atender a essas necessidades nutricionais, os agricultores têm à disposição soluções eficazes, como o QualyMix Suporte, da BRQ, que contém potássio, enxofre, cobre, manganês e zinco, ajudando no enchimento dos grãos e promovendo equilíbrio nutricional, ativação enzimática e resistência ao estresse. Outro produto da empresa, o N5, contém cinco fontes de nitrogênio, que liberam gradualmente esse nutriente para atender às demandas energéticas da planta ao longo do ciclo produtivo.

A BRQ também oferece o SK3030, à base de sulfeto de potássio, que fornece potássio eficiente e enxofre, essenciais para o transporte de fotoassimilados e formação de proteínas, e o Boro10, à base de boro MEA, que melhora a divisão e estabilidade da parede celular, além da absorção do nutriente pela planta, contribuindo para o bom enchimento dos grãos.

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“Esses produtos, quando utilizados de forma estratégica, garantem que a soja receba os nutrientes essenciais de maneira equilibrada durante todo o ciclo, maximizando a produtividade e assegurando uma colheita de qualidade”, conclui Borges.

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