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China suspende importação de soja dos EUA

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China suspende importação de soja dos EUA

China suspende importação de soja dos EUA, e Brasil pode se beneficiar

Decisão ocorre em meio a tensões comerciais entre Pequim e Washington

O governo chinês anunciou, em 4 de março, a suspensão das licenças de importação de soja de três empresas dos Estados Unidos: CHS Inc., Louis Dreyfus Co. e EGT, esta última parcialmente controlada pela Bunge Global SA. A medida foi tomada após a alfândega chinesa detectar a presença de ergot e agentes de revestimento de sementes nos carregamentos do grão.

A decisão veio em um momento de crescente tensão comercial entre os dois países, coincidindo com a elevação de tarifas impostas pelos EUA sobre produtos chineses. A nova taxa de 10% sobre mercadorias da China fez com que Pequim reagisse, aplicando tarifas adicionais sobre commodities agrícolas americanas, incluindo soja (10%), sorgo (10%) e trigo e milho (15%). As novas tarifas incidirão sobre um total de US$ 21 bilhões em produtos e entram em vigor a partir de 10 de março, com exceção das cargas já em trânsito, que terão até 12 de abril para desembarque.

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Mesmo antes dessa escalada tarifária, as importações agrícolas da China provenientes dos EUA já estavam em declínio, totalizando US$ 29,25 bilhões em 2024, uma retração de 14% em relação ao ano anterior. Apesar dessa queda, o país asiático continua sendo o principal destino da soja americana, com compras estimadas em US$ 11 bilhões.

Diante desse cenário, produtores norte-americanos manifestaram preocupação com uma possível nova guerra comercial. Caleb Ragland, presidente da Associação Americana de Soja, alertou para os impactos desproporcionais ao setor agrícola, ressaltando que concorrentes como o Brasil estão bem posicionados para suprir a demanda chinesa.

A última grande disputa comercial entre EUA e China, em 2018, resultou em prejuízos de US$ 27 bilhões para a agricultura americana, sendo a soja responsável por 71% desse montante. “Sabemos que produtores estrangeiros, especialmente no Brasil, esperam uma safra abundante este ano e estão prontos para atender à demanda chinesa. Ainda não recuperamos totalmente o mercado perdido na guerra comercial anterior, e essa nova tensão pode agravar ainda mais as dificuldades dos agricultores”, concluiu Ragland.

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Conclave para eleição do sucessor do papa inicia em 7 de maio

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Conclave para eleição do sucessor do papa inicia em 7 de maio

Conclave para eleição do sucessor do papa Francisco começará em 7 de maio

O porta-voz do Vaticano informou a data, ao mesmo tempo que o Museu do Vaticano anunciou o fechamento da Capela Sistina, a majestosa sala adornada com os célebres afrescos de Michelangelo, situada no Palácio Apostólico.

Os cardeais participarão de uma missa solene na Basílica de São Pedro no Vaticano na quarta-feira da próxima semana, após a qual aqueles com direito a voto – os que têm menos de 80 anos – se reunirão a portas fechadas para votar em um processo secreto que pode durar vários dias.

O primeiro pontífice latino-americano foi enterrado no sábado, após uma cerimônia solene de despedida na presença de líderes internacionais e de 400.000 pessoas.

Os cardeais foram convocados a Roma para escolher o novo papa. Do total de 135 com direito a voto – porque têm menos de 80 anos -, 80% foram designados por Francisco. Eles vêm de todas as regiões do mundo e muitos não se conhecem.

“Personalidade aberta”

Patricia Spotti espera que o novo pontífice “seja como o papa que faleceu”. “Deve ter uma personalidade aberta para todos”, disse à AFP esta mulher de 68 anos que viajou de Milão a Roma para o Ano do Jubileu, celebrado em 2025.

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Muitos fiéis temem que o novo papa represente um passo atrás em relação ao legado do jesuíta argentino, marcado pela luta contra os abusos sexuais de menores de idade na Igreja, por mais espaço para mulheres e leigos e pela defesa dos pobres e migrantes.

“Nosso desejo é encontrar alguém que se pareça com Francisco, não que seja o mesmo, mas em continuidade”, declarou o cardeal argentino Ángel Sixto Rossi, de 66 anos.

“É difícil dizer como imaginamos o perfil do novo papa”, destacou o cardeal italiano Giuseppe Versaldi, de 83 anos, sem direito a voto. “Tem que haver continuidade, mas também avançar em frente, não apenas repetir o passado”.

O cardeal espanhol José Cobo disse ao jornal El País que não será “nada previsível”.

Como no filme?

O conclave provoca fascínio há vários séculos. O recente filme homônimo do diretor alemão Edward Berger, que venceu em março o Oscar de melhor roteiro adaptado, popularizou ainda mais o evento.

“Mais da metade de nós viveremos nosso primeiro conclave. É uma oportunidade para mostrar ao mundo que filmes como ‘Conclave’ e outros semelhantes não são a realidade”, disse o cardeal espanhol Cristóbal López Romero ao portal oficial Vatican News.

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O filme retrata o processo de eleição de um novo papa, em reuniões a portas fechadas. O relato fictício mostra as tensões entre diversas alas do Vaticano.

Mas as divisões dentro da Igreja não são uma ficção. As reformas impulsionadas por Francisco e seu estilo simples despertaram críticas entre os setores mais conservadores, que apostam em uma mudança mais focada na doutrina.

“Hoje, precisamos de união, não de divisão”, advertiu no domingo o cardeal do Mali Jean Zerbo, de 81 anos, após uma oração dos cardeais diante do túmulo de Francisco.

As apostas

O cardeal alemão Reinhard Marx espera um conclave de “poucos dias”.

Roberto Regoli, professor da Universidade Pontifícia Gregoriana, acredita que não será rápido. “Estamos em um período em que o catolicismo está enfrentando várias polarizações e os cardeais terão que encontrar alguém que saiba forjar uma unidade maior”, disse.

Com os conflitos e as crises diplomáticas no mundo, o italiano Pietro Parolin aparece como um dos favoritos. O cardeal atuou como secretário de Estado com Francisco, depois de ocupar o posto de núncio na Venezuela.

A casa de apostas britânica William Hill o coloca à frente do filipino Luis Antonio Tagle, seguido do cardeal ganês Peter Turkson e do também italiano Matteo Zuppi.

“ISTOÉ”

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