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Trump ameaça a Rússia com sanções financeiras por ataques à Ucrânia
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Presidente dos Estados Unidos acena com imposição de sanções a Moscou depois de recentes bombardeios à Ucrânia. Republicano afirma que é “mais fácil” lidar com Vladimir Putin do que com Volodymyr Zelensky
A mudança de tom surpreendeu a imprensa internacional e analistas políticos. Em uma reação à série de bombardeios russos contra a infra-estrutura energética da Ucrânia, na noite de quinta-feira (6/3), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçou impor sanções “em larga escala” a Moscou para forçar um acordo de paz. “Com base no fato de que a Rússia está atacando fortemente a Ucrânia no campo de batalha neste exato momento, estou considerando seriamente aplicar sanções financeiras e tarifas em larga escala à Rússia até que um cessar-fogo e um acordo definitivo de paz sejam alcançados”, escreveu Trump em sua rede Truth Social. “Rússia e Ucrânia, sentem-se à mesa agora mesmo, antes que seja tarde demais.”
Mais tarde, o republicano declarou que lhe parece “mais fácil” lidar com os russos do que com os ucranianos para pôr fim ao conflito. “Eu acredito nele (Vladimir Puttin)”, disse, ao citar o presidente da Rússia. “Francamente, acho mais difícil lidar com a Ucrânia, e eles não têm as cartas na mão”, acrescentou Trump. Nas últimas semanas, a Casa Branca chegou a demonstrar simpatia em relação ao Kremlin. O ataque russo de quinta-feira mobilizou 58 mísseis e 194 drones. Pela primeira vez, o Exército ucraniano utilizou caças franceses Mirage 2000 na contra-ofensiva. Kiev garante que derrubou 34 mísseis e 100 drones. Em Kharkiv, cinco pessoas ficaram feridas.
Moradora de Kiev, a produtora Maryna Logachova, 32 anos, admitiu ao Correio que temeu pelo pior depois que Trump anunciou a suspensão de ajuda à Ucrânia. “Meu sistema nervoso finalmente disse ‘adeus’. Temos vivido nesse estado por três anos. A ansiedade tornou-se tão familiar que, provavelmente, somos melhores amigos”, ironizou. Logachova cumpre com um ritual todas as noites. “Mantenho o celular carregado e próximo a meu corpo. Se eu acabar sob os escombros, serei capaz de clamar por socorro. Movo meus filhos para longe das janelas, a fim de que os destroços me atinjam e não os machuque.”
Em seu perfil na rede social X, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, cobrou uma pausa nos ataques aéreos. “Os primeiros passos para estabelecer uma paz real deveriam ser forçar a única fonte desta guerra, ou seja, a Rússia, a pôr fim a tais ataques”.
Para Mikhail Troitskiy, professor visitante do Centro Davis para Estudos da Rússia e da Eurásia da Universidade de Harvard e da Universidade Tufts, Trump reconheceu que Putin não mostrou sinais genuínos de prontidão para encerrar o conflito. “Moscou parece intencionado em explorar as tensões entre Trump e Zelensky, em vez de buscar um diálogo significativo. Além disso, o Kremlin continua a perseguir objetivos territoriais e políticos na Ucrânia, sem preparar a opinião pública interna para um cessar-fogo. Isso é evidenciado pela escalada de ataques russos”, explicou. O especialista acredita que esses fatores reunidos provocaram frustração em Trump e o levaram a exigir ações tangíveis de Moscou.
Troitskiy entende que a mudança drástica no tom de Trump está associada à recusa da Rússia em demonstrar boa vontade, por meio de medidas concretas de desescalada. “A agressão persistente da Rússia irritou Trump e seus conselheiros”, advertiu. Segundo ele, o líder russo tem delegado cada vez mais comunicações públicas significativas a seus associados, que publicamente afirmam demandas maximalistas — como o controle sobre quatro regiões ucranianas e a “desmilitarização” da Ucrânia. “Isso indica um debate interno entre elementos pró-guerra agressivos e facções que defendem a paz devido a preocupações sobre estabilidade econômica e coesão social. A pressão de Trump pela paz pode intensificar essas tensões internas.”
Quando um bombardeio atingiu o apartamento de Valentyna Guk (foto acima), em Kharkiv, na primavera de 2024, a artista ucranianade 21 anos teve quase que um insight. Decidiu transformar os estilhaços da janeladestruídapor uma bomba russa em mosaicos de vidro. “Para mim, é uma combinação de nova arte e de história da arte ucraniana. É uma sensação estranha, como se uma faísca tomasse meu corpo de medo, porque a morte está próxima, e de inspiração, como que para vencê-la”, contou ao Correio, por meio do WhatsApp. “Esta guerra mata em todos os sentidos, e os ucranianos estão mais fortes. Nós lutaremos com armas, arte e amor pelo nosso país”, acrescentou. De acordo com Valentyna, “o mundo não compreende que o medo da Rússia é como um tumor que se esconde sob a pele”. “Se continuarmos a temer sem lutarmos, esse tumor nos matará”, advertiu. A artista se diz autodidata. “Minha técnica envolve pouco conhecimento e muita experiência. Faço coisas novas abordando a memória do passado”, comentou. Na obra abaixo, intitulada “Tree of life 6” (“Árvore da vida 6”), Valentyna usou vidro de locais destruídos por foguetes russos em Dezhprom, entre 28 de outubro e 8 de novembro passado.
“CB”


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Trump faz ameaça de morte contra habitantes de Gaza: ‘Libertem os reféns’

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçou nesta quarta-feira (5) a população de Gaza com a morte se os reféns restantes da guerra entre Israel e Hamas não forem libertados, e alertou os dirigentes do grupo islamista para que deixem o território enquanto podem.
“Para a população de Gaza: um lindo futuro os espera, mas não se retiverem os reféns. Se o fizerem, estão MORTOS! Tomem uma decisão INTELIGENTE. LIBERTEM OS REFÉNS AGORA, OU HAVERÁ UM INFERNO A PAGAR DEPOIS!”, escreveu o republicano em sua rede Truth Social.
Trump exigiu ao Hamas que “devolva imediatamente todos os corpos das pessoas que assassinou” durante o ataque executado contra Israel em 7 de outubro de 2023, que desencadeou a guerra.
“Este é seu último aviso! Para os dirigentes [do Hamas], agora é a hora de sair de Gaza, enquanto ainda têm oportunidade”, acrescentou. “Estou enviando a Israel tudo o que se necessita para terminar o trabalho, nem um único membro do Hamas estará a salvo.”
O chefe da diplomacia americana, Marco Rubio, afirmou em uma entrevista ao canal Fox News que Trump não estava brincando. “Ele não diz esse tipo de coisa se não está falando sério, como todos podem ver. Se ele diz que vai fazer algo, ele vai fazer”.
“É melhor que levem a sério”, acrescentou, em uma mensagem ao Hamas.
As ameaças do magnata, que se reuniu com familiares dos reféns na quarta, chegam no mesmo dia em que os Estados Unidos e o grupo islamista confirmaram que mantiveram contato direto.
Essa postura rompe com a antiga política de Washington de não manter um diálogo direto com organizações que considera terroristas, como é o caso do Hamas.
‘Ainda não foi concluído’
Perguntada por essas conversas, reveladas pelo site Axios, a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, respondeu que o enviado especial dos Estados Unidos, Adam Boehler, tem “autoridade para falar com qualquer um”.
“Israel foi consultado sobre esse assunto”, acrescentou, sem dar detalhes sobre o conteúdo das reuniões e disse que “há vidas de americanos em jogo”.
“Durante as consultas com os Estados Unidos, Israel expressou sua opinião sobre as conversas diretas com o Hamas”, detalhou o gabinete do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu.
Responsáveis do Hamas também confirmaram esses encontros.
“Houve vários contatos entre o Hamas e vários canais de comunicação americanos, o último com um enviado dos Estados Unidos, e o assunto dos prisioneiros israelenses que têm cidadania americana, tanto os vivos quanto os falecidos, foi discutido”, declarou um responsável do grupo que pediu anonimato.
Segundo o Axios, Boehler se reuniu com autoridades do Hamas nas últimas semanas em Doha para tratar da libertação dos cinco reféns americanos, quatro dos quais estão mortos, segundo um balanço da AFP.
Apesar dos contatos, o chefe do Estado-Maior israelense, Eyal Zamir, afirmou nesta quarta-feira que o objetivo de acabar com o Hamas em Gaza “ainda não foi concluído”, o que coloca em dúvida a trégua no território palestino. Netanyahu, por sua vez, limitou-se a dizer que está “decidido a ganhar”.
Israel lançou sua ofensiva militar na Faixa de Gaza após o ataque de 7 de outubro de 2023 no sul do país perpetrado por membros do Hamas, no qual morreram 1.218 pessoas.
O grupo sequestrou 251 pessoas, que foram levadas a Gaza como reféns. No total, 58 permanecem cativas, das quais 34 estariam mortas, segundo o Exército israelense.
A operação israelense provocou pelo menos 48.440 mortes em Gaza, a maioria civis, segundo dados do Ministério da Saúde do Hamas considerados confiáveis pela ONU.
Fome, uma arma de guerra
Em 19 de janeiro entrou em vigor um acordo de trégua alcançado com mediação de Catar, Egito e Estados Unidos.
Esse pacto está na berlinda, já que Israel e Hamas discordam sobre como mantê-lo, uma vez expirada sua primeira fase.
Nessa primeira etapa, o Hamas entregou 33 reféns e Israel libertou cerca de 1.800 palestinos.
Israel quer que a primeira fase se prolongue até meados de abril e exige a “desmilitarização total” do território palestino, a saída do Hamas de Gaza e a entrega de todos os reféns antes de passar para uma nova fase.
O Hamas quer seguir para a segunda etapa, que contempla um cessar-fogo permanente.
Em meio às divergências, Israel anunciou no domingo que suspendeu a entrada de ajuda humanitária na Faixa, um bloqueio denunciado na quarta-feira à noite na ONU pela França e outros quatro países, que fizeram um apelo e pediram permissão para a “entrada incondicional e em larga escala” da assistência.
“ISTOÉ”
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