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Programa do carro popular está na contramão do ajuste fiscal e da reforma tributária, diz especialis

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O governo anunciou ontem medidas para tentar reanimar o setor industrial. Uma das frentes é um programa para baixar os preços dos automóveis, com redução de tributos, que ainda depende do Ministério da Fazenda. Outra linha prevê estímulos aos exportadores, por meio de crédito subsidiado do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

No caso dos automóveis, segundo o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, o governo dará desconto na tributação para modelos que custem até R$ 120 mil. O abatimento obedecerá a critérios sociais e ambientais. A expectativa é de que o preço caia até 10,96% e que o veículo mais barato do mercado custe menos de R$ 60 mil.

O impacto fiscal não foi calculado porque ainda não se sabe quando as medidas entrarão em vigor e nem por quanto tempo os benefícios serão oferecidos. Em entrevista à Rádio Eldorado, o pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) e professor da FGV Direito Armando Castelar disse que o programa conflita com medidas de ajuste das contas públicas e com a pretendida reforma tributária, além de não beneficiar a parcela mais pobre da população.

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“Estadão”

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Economia cresce 1,4% no 1º trimestre e PIB alcança R$ 3 trilhões

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Produto Interno Bruto brasileiro acumula alta de 3,5% nos últimos 12 meses

A economia brasileira cresceu 1,4% no primeiro trimestre de 2025. O resultado foi puxado pelo crescimento da produção agropecuária no país, que cresceu 12,2% entre o início de janeiro e o final de março deste ano.

Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). É o instituto quem calcula o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, que corresponde ao valor total de tudo que foi produzido pelo país num período. O PIB é o principal indicador sobre o crescimento de uma economia.

No Brasil, no primeiro trimestre, ele chegou a R$ 3 trilhões. A maior parte desse valor foi gerado pelo setor de serviços: R$ 1,8 trilhão. Entre o último trimestre do ano passado e primeiro trimestre deste ano, contudo, o setor cresceu 0,3%.

A indústria produziu outros R$ 590 bilhões do PIB brasileiro. O valor é 0,1% menor do que o verificado ao final de 2024 – ou seja, a indústria encolheu levemente.

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Segundo o IBGE, o setor está sendo afetado pela alta dos juros da economia.

Já a agropecuária, pelo contrário, cresceu 12,2%. Em valores, porém, o agro é o setor que menos contribui para o PIB: R$ 234 bilhões dos R$ 3 trilhões – 6,5% do total.

“A agropecuária está sendo favorecida pelas condições climáticas favoráveis e conta com uma baixa base de comparação do ano passado. É esperada uma safra recorde de soja, nosso produto agrícola mais importante”, disse a coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis. Cerca de 66% da soja colhida no Brasil é exportada.

O PIB também pode ser calculado com base no consumo e investimento. No primeiro trimestre, o consumo das famílias cresceu 1%; e a formação bruta de capital fixo, que aponta o gasto de empresas como máquinas e equipamentos, cresceu 3,1%; enquanto o consumo do governo ficou praticamente estável, com variação de 0,1%.

Alta de 3,5% em 12 meses

O PIB acumulado nos quatro trimestres terminados em março de 2025 cresceu 3,5% em relação aos quatro trimestres imediatamente anteriores. Por essa métrica, o setor agropecuário foi o que menos cresceu: 1,8%. A indústria cresceu 3,1% e serviços, 3,3%

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O consumo das famílias, do governo e a formação bruta de capital fixo cresceram 4,2%, 1,2% e 8,8%, respectivamente.

“BDF”

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