POLÍTICA
Ministros do STF esperam fala de Moraes para fechar votos
POLÍTICA

Relator apresenta posicionamento nesta terça-feira (09) e deve levar três horas
Ministros da Primeira Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) aguardam o posicionamento de Alexandre de Moraes para concluir os próprios votos.
Como relator da ação penal do plano de golpe, Moraes é o primeiro a falar.
O posicionamento dele deve ser apresentado na manhã desta terça-feira (09), na retomada do julgamento pelo plenário da turma.
Aguardar Moraes é um comportamento atribuído à “liturgia” da Corte, por mais que os ministros já entrem no plenário com minutas de seus votos.
O voto de Moraes pode gerar pontos de alerta, controvérsias ou convergências. Tudo poderá ser agregado ao posicionamento dos demais, seja para concordar ou discordar na integralidade.
É esperado que o voto de Moraes leve cerca de três horas e possa ser um dos mais longos entre os membros da turma. No recebimento da denúncia, em 26 de março deste ano, Moraes levou quase duas horas.
Na semana passada, a leitura do relatório que resumiu o processo levou uma hora e 40 minutos.
A tendência é que o presidente da turma, Cristiano Zanin, dê algumas informações sobre o rito antes de passar a palavra a Moraes, assim como fez na abertura do julgamento no dia 2.
Os ministros vão analisar dentro do próprio voto as questões preliminares apresentadas pelos advogados dois oito réus. O voto também deve abraçar uma análise conjunta sobre todos os réus.
Após Moraes, votam Flávio Dino, Luiz Fux, Cármen Lúcia e, por último, o presidente da turma, Zanin.
É esperado que os outros ministros não tenham votos tão longos quanto o de Moraes. Alguns não pretendem, inclusive, ler o voto inteiro ou até mesmo nem ler partes, apostando quase em um “improviso”.
Ao final dos votos, com o conhecimento sobre quem será condenado ou absolvido, parcial ou totalmente, outra rodada será aberta para a análise da dosimetria de penas.
Durante os votos, as defesas podem fazer questionamentos a partir da apresentação de questões de ordem.
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POLÍTICA
Planalto e STF sinalizam ao Senado aceitar “anistia light”

Projeto se diferenciaria do que vem sendo discutido na Câmara por não impor um perdão judicial, como deseja parte da bancada bolsonarista
O Palácio do Planalto e uma ala do STF (Supremo Tribunal Federal) sinalizaram à cúpula do Congresso Nacional que aceitam a “anistia light” que vem sendo debatida no Senado.
Segundo fontes que vêm ajudando na confecção do texto, a proposta que parte do STF sinaliza aceitar envolve quatro aspectos:
- Redução de penas para crimes de tentativa de golpe de Estado e abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
- Agravamento da pena se a abolição violenta do Estado Democrático de Direito for cometida mediante tentativa de golpe de Estado;
- Criação de um tipo penal específico, com penas menores, para quem comete crimes contra a democracia influenciado por multidão, mas sem ter exercido papel de liderança ou financiamento;
- Aumento da pena para quem liderar atos antidemocráticos.
Essa “anistia light” se diferenciaria da que vem sendo discutida na Câmara por não impor um perdão judicial, como deseja parte da bancada bolsonarista, mas por propor uma mudança nos tipos penais e na forma de aplicação das penas.
Na prática, ela teria impacto reduzido nas penas aplicadas a Jair Bolsonaro (PL) e demais condenados na semana passada, mas alteraria significativamente a situação dos julgados pelos atos de 8 de janeiro.
O Planalto sinalizou a senadores que aceita esse formato, desde que o STF concorde. Um ministro da Corte disse à CNN que uma posição definitiva só poderá ser tomada após a análise do texto do projeto em si, que ainda não existe.
Segundo senadores, alguns esboços já foram elaborados por consultores legislativos a pedido do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP). O projeto alteraria a Lei 14.321, de 2021, sancionada por Bolsonaro, que trata de crimes contra a democracia.
Hoje, a lei prevê reclusão de 4 a 8 anos para o crime de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, e de 4 a 12 anos para tentativa de golpe de Estado. O texto em construção, além de reduzir essas penas, consideraria que a punição para abolição do Estado Democrático de Direito seria agravada se cometida mediante tentativa de golpe de Estado.
Isso porque, segundo o entendimento dos consultores que tratam do assunto, toda tentativa de golpe é uma abolição violenta do Estado Democrático de Direito, mas nem toda abolição do Estado Democrático de Direito configura uma tentativa de golpe.
O problema para o avanço dessa proposta é que parte dos bolsonaristas a rejeita por ela ter impacto reduzido na pena imposta aos condenados na semana passada pela trama golpista, como Bolsonaro e generais da reserva. O Planalto e o STF já sinalizaram não aceitar nenhum texto que implique, na prática, em perdão ao ex-presidente.
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