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Vereadores de Colíder buscam apoio da AMM para mudanças no financiamento da educação infantil

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O presidente da Associação Mato-grossense dos Municípios – AMM, Neurilan Fraga, recebeu na quinta-feira (11) um estudo realizado por vereadores de Colíder sobre a defasagem dos valores repassados pelo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação – Fundeb às prefeituras. Os parlamentares, José Moreira, Doris Sguizardi, Beto Santos e Alencar Pereira se reuniram com o municipalista para apresentar o levantamento e solicitar apoio para que os dados sejam levados para discussão na bancada federal.

Fraga parabenizou os vereadores pela iniciativa de buscar mudanças que podem beneficiar de forma significativa o ensino básico em todos os municípios do país. Ele também ressaltou que este é um momento oportuno para o apontamento, já que o movimento municipalista defende a manutenção do Fundeb após 2020. “Sem dúvida, irei levar o assunto para discussão junto ao movimento municipalista nacional e na bancada federal mato-grossense. A educação infantil é fundamental para o desenvolvimento do aluno nos anos seguintes e precisa de mais atenção do governo federal”, afirmou o presidente da entidade.

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De acordo com a pesquisa apresentada pelos vereadores, o modelo de repasse per capita acaba prejudicando os municípios, que são responsáveis pela oferta da educação infantil. “Precisamos levar em consideração que as turmas de educação infantil possuem número reduzido de alunos, com dois profissionais de dedicação exclusiva em sala, necessitam de uma gama extensa de materiais para o desenvolvimento das atividades, entre outras especificidades que acabam encarecendo o custeio”, explicou o vereador José Moreira, que também é docente do município.

“O repasse do fundo para custear uma turma de 10 aluninhos que estudam em período integral nas creches do município impacta de forma diferente do repasse, pelo mesmo sistema, para custeio de uma turma do ensino médio com 35 alunos. É preciso destacar também que, os professores em ambas as etapas possuem o mesmo nível de formação, o mesmo plano de carreira e a mesma remuneração. O governo federal precisa levar essas diferenças em consideração no cálculo dos fatores de ponderação, que definem os repasses do Fundeb, para que esse seja feito de forma justa, ou criar uma fonte nova para financiamento da educação infantil”, acrescentou o vereador.

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Fundeb

O Fundeb é um fundo contábil, formado por recursos dos três níveis da administração pública do Brasil para promover o financiamento da educação básica pública. Foi criado em janeiro de 2007 e substituiu o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef). A principal diferença entre os fundos é atender, além do ensino fundamental, objeto do antecessor, a educação infantil, o ensino médio e a educação de jovens e adultos (EJA).

Os estados e municípios colaboram com o fundo com 20% da sua receita proveniente de impostos e transferências. Já a União aplica no mínimo 10% do total de recursos do fundo.

Os critérios de distribuição do Fundeb são estabelecidos pelo Governo Federal, por meio de Portaria Interministerial através dos fatores de ponderação, que definem em percentuais o valor que cada aluno recebe durante o ano vigente.

Fonte: AMM

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Prefeitura proíbe uso de celulares em sala de aula e no recreio

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Por Vinicius Lisboa

A Prefeitura do Rio de Janeiro publicou nesta sexta-feira (2) decreto que restringe o uso de celulares nas escolas da rede municipal. Segundo a publicação assinada pelo prefeito, Eduardo Paes, os dispositivos só poderão ser usados antes da primeira aula e após a última, à exceção de casos especiais.

O decreto já entrou em vigor, mas seus efeitos passam a valer após 30 dias, segundo o texto. A Secretaria Municipal de Educação ainda precisará editar ato normativo para regulamentar a medida.

Proibição no recreio

A proibição do uso de celulares vale para dentro de sala de aula e também os intervalos entre as aulas, incluindo o recreio. Apenas na Educação de Jovens e Adultos será permitido o uso de celulares nos intervalos.

O decreto orienta que os celulares e demais dispositivos eletrônicos deverão ser guardados na mochila ou bolsa do próprio aluno, desligado ou ligado em modo silencioso e sem vibração. Apesar disso, a publicação deixa margem para que a equipe da escola adote outra estratégia de preferência.

Caso haja desrespeito à proibição, o decreto autoriza os professores a advertir os alunos e cercear o uso dos dispositivos em sala de aula.

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Exceções

Apesar da proibição, os professores podem propor a utilização dos celulares e dispositivos eletrônicos para fins pedagógicos, como pesquisas, leituras ou acesso a outros materiais educativos.

Os alunos com deficiência ou com condições de saúde que necessitam destes dispositivos para monitoramento ou auxílio de sua necessidade também têm autorização para mantê-los em funcionamento na escola.

O uso também pode ser liberado quando a cidade estiver classificada nos estágios operacionais 3, 4 e 5 pelo Centro de Operações da Prefeitura do Rio. Isso ocorre em situações que causam impacto na rotina da cidade, como temporais que provocam alagamentos e incidentes graves de trânsito ou segurança pública.

Consulta pública

Antes de a prefeitura publicar o decreto, a Secretaria Municipal de Educação realizou uma consulta pública sobre a proibição, que contou com mais de 10 mil contribuições.

Segundo a secretaria, o resultado foi de 83% de respostas a favor, 6% contrárias e 11% parcialmente favoráveis.

Na época, o secretário municipal de educação, Renan Ferreirinha, destacou a relevância do resultado. “São números que mostram o grande interesse por essa discussão e o quanto a sociedade está consciente da importância e urgência que esse problema precisa ser enfrentado”.

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Apesar disso, especialistas ouvidos pela reportagem no lançamento da consulta pública avaliaram a proibição com ponderações. A pedagoga Rosemary dos Santos, pesquisadora da Faculdade de Educação da Baixada Fluminense, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), acredita que é mais importante trazer a discussão do uso desses dispositivos para a escola.

“O aluno vai usar em todos os lugares, menos na escola? Que lugar é esse da escola que abre mão de discutir o que é vivenciado por todo mundo? O uso excessivo não se dá porque o aluno usa o celular na escola, mas sim porque ele usa em todo lugar. As questões que emergem a partir desse uso precisam ser problematizadas em sala de aula. Não é o uso na escola que pode gerar depressão ou que pode levar o aluno a conteúdos inadequados. É o uso na sociedade. E a escola é um local adequado para essa discussão. Se o excesso de uso de tela gera problemas, a escola precisa discutir,” explicou.

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