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Soja recua em Chicago e devolve ganhos da sessão anterior
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Soja recua em Chicago e devolve ganhos da sessão anterior
Os preços da soja registram queda na Bolsa de Chicago nesta quinta-feira (30), devolvendo os ganhos obtidos na sessão anterior. Por volta das 8h30 (horário de Brasília), os contratos mais negociados recuavam entre 5,75 e 6,75 pontos, com a posição maio cotada a US$ 10,68 por bushel e a julho a US$ 10,82.
O movimento de baixa reflete o desempenho negativo de outras commodities agrícolas, como farelo de soja, óleo de soja, milho e trigo, que também operam em território negativo no mercado norte-americano. Esse cenário contribui para a pressão sobre os preços do grão.
Fatores que influenciam o mercado
Os traders continuam operando com informações já conhecidas, o que limita a sustentação de altas expressivas. A safra da América do Sul segue como um fator central para a formação de preços, com impactos das condições climáticas sobre a produtividade. Apesar dessas adversidades, a projeção para a oferta da região ainda aponta para produção recorde, o que mantém a pressão sobre as cotações.
Além disso, o mercado monitora outros fatores que influenciam a dinâmica dos preços, como a ausência da China nas negociações devido a um período de feriados, os efeitos ainda incertos da redução das retenciones na Argentina, o impacto do cenário macroeconômico, a volatilidade do dólar e o comportamento político nos Estados Unidos, com destaque para as movimentações de Donald Trump.
Diante desse contexto, os preços da soja seguem oscilando, influenciados por fatores globais e pela dinâmica do setor agrícola nas principais regiões produtoras.
“Portal do Agronegócio”
Agronegócios
Alta nos fertilizantes pressiona produtores e encarece a safra 2025/26 no Brasil
Preços de ureia, MAP e cloreto de potássio disparam nos portos brasileiros

Os custos dos fertilizantes no Brasil têm registrado forte alta nos meses que antecedem a safra 2025/26, elevando a pressão sobre os produtores. Segundo o relatório semanal da StoneX, entre janeiro e meados de agosto, os preços da ureia subiram cerca de 33%, o MAP (fosfatado amplamente usado no país) avançou 19% e o cloreto de potássio registrou alta de 20% nos portos brasileiros.
Relação de troca entre insumos e grãos atinge patamar crítico
O aumento nos preços impacta diretamente a rentabilidade dos produtores. De acordo com Tomás Pernías, analista de Inteligência de Mercado, a relação de troca entre a soja e o MAP está nos piores níveis dos últimos anos, desestimulando o consumo do fertilizante e obrigando os agricultores a adotarem maior cautela na compra de insumos.
“A demanda indiana tem sustentado as cotações do nitrogenado, e a queda do preço do milho reduz a atratividade das relações de troca no Brasil”, explica Pernías.
Alternativas para reduzir custos
Diante do cenário, importadores brasileiros têm buscado alternativas para contornar a pressão de preços. Entre os nitrogenados, o sulfato de amônio é a opção mais procurada. Já entre os fosfatados, os fertilizantes TSP e SSP têm sido utilizados como substitutos do MAP.
Mesmo com essas alternativas, a aproximação da safra tende a reforçar a pressão sobre os preços no mercado interno, tornando essencial o gerenciamento de custos e riscos por parte dos produtores. Além disso, condições de crédito mais onerosas em 2025 aumentam o desafio financeiro para viabilizar a próxima safra.
Escalada global dos fertilizantes
O aumento de preços não é exclusivo do Brasil. “A Índia, em plena safra Kharif, e os Estados Unidos — mesmo fora de sua alta temporada de compras — também enfrentam preços elevados no complexo NPK”, afirma Pernías.
O movimento de alta está ligado ao aperto entre oferta e demanda global. A China, tradicional fornecedora mundial, restringe exportações para garantir abastecimento interno, enquanto a forte demanda da Índia sustenta os preços internacionais.
Incertezas geopolíticas impactam abastecimento
O cenário internacional também traz desafios para o mercado brasileiro. Tarifas anunciadas pelos Estados Unidos sobre produtos indianos, em reação a fluxos comerciais favoráveis à Rússia, geram alertas entre compradores no Brasil.
“Em 2024, a Rússia foi a principal fornecedora de fertilizantes ao Brasil. Qualquer mudança nas dinâmicas comerciais globais pode afetar diretamente o abastecimento nacional”, conclui Pernías.
Fonte: Portal do Agronegócio
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