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SUPERFATURAMENTO: Prefeito de Colíder, Noboru Tomiyoshi é impedido de repassar verba milionária a Instituto de pesquisa

R$ 1.151.903,23 se referem a pagamentos realizados na Gestão Noboru Tomiyoshi

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TCE expediu medida cautelar em desfavor da Prefeitura Municipal de Colíder, determinando ao Prefeito Noboru Tomiyoshi (PSD) que suspenda imediatamente pagamentos a serem realizados em favor da  OSCIP – INSTITUTO DE PESQUISA E GESTÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS.

 

Por Joel Teixeira

A Prefeitura de Colíder deve manter suspenso o repasse de recursos financeiros a título de "taxa de administração" de 20% referente ao Termo de Parceria celebrado com INSTITUTO DE PESQUISA E GESTÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS (IPGP), sob pena de multa diária de 05 UPFs.

Também está proibida de prorrogar e aditar o Termo de Parceria. A determinação faz parte da homologação do julgamento singular do conselheiro interino João Batista de Camargo Júnior, publicado no Dário Oficial do TCE na data de 25/06/2019.

As decisões do conselheiro são referentes a uma Auditoria de Atuação da Organização Civil de Interesse Público, realizada pela Secretaria de Controle Externo de Contratações Públicas em 2018. O Termo de Parceria, firmado com Colíder, envolveu um total de R$ 8.726.565,00 milhões com objetivo de prestação de serviços na área da saúde.

Conforme a auditoria, de 2015 até 2019 a IPGP já atuou em pelo menos onze prefeituras de Mato Grosso, sendo empenhado no total, o valor de R$ 32.366.868,29.

Gestão Tomiyoshi: Mais de R$ 5 milhões e ágil de 38%

A equipe técnica consignou que para os termos de parceria no ano de 2019, na Gestão Noboru Tomiyoshi, o valor previsto é de R$ 5.056.488,00 (cinco milhões, cinquenta e seis mil, quatrocentos e oitenta e oito reais), perfazendo um aumento de 38% com relação aos pagamentos realizados em 2018.

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SUPERFATURAMENTO

Entre as irregularidades encontradas, foram ressaltadas pelo conselheiro João Batista superfaturamento de R$ 1.918.812,14 milhões referentes a pagamento de taxas abusivas de administração de 2015 a 2019 vínculos de parentesco entre a Oscip IPGP. Dentre esses valores R$  1.151.903,23 se referem aos pagamentos realizados na Gestão Noboru Tomiyoshi

 

ANO

TAXA

PAGAMENTO

TOTAL DA TAXA

2015

30%

R$ 870.051,56

R$ 261.015,47

2016

30%

R$ 1.686.311,46

R$ 505.893,44

2017

20%

R$ 548.132,00

R$ 164.439,60

2018

20%

R$ 1.284.684,39

R$ 256.936,88

2019

20%

R$ 3.652.633,76

R$ 730.526,75

 

TOTAL

R$ 8.041.813,17

R$ 1.918.812,14

 

Assim, a Corte de Contas homologou parcialmente a Medida Cautelar, divulgada na edição nº 1656 do Diário Oficial de Contas, do dia 25 de junho de 2019, e manteve a indisponibilidade de bens não financeiros, em valor suficiente para atingir o montante do suposto dano de “decretar a indisponibilidade de bens do Instituto de Pesquisas e Gestão de Políticas Públicas, CNPJ n.º 09.540.390/0001-67, bem como da sua Presidente, Srª Ana Lúcia Vieira de Souza, CPF nº 403.843.499-00, do seu Vice-presidente, Srª Márcia Panato Passos, CPF n.º 354.776.101-82 e dos seguintes membros associados do Instituto de Pesquisa e Gestão de Políticas Públicas (IPGP): Dilmara Santana Ramos, CPF n.º 536.339.899-00, Márcio Ricardo Gomes de Souza, CPF n.º 902.846.401-82, Hélio Tonda Netto, CPF n.º 007.353.331-90, Karin Elizabeth Rees de Azevedo, CPF n.º 390.867.391-72, Oraida Maria dos Reis, CPF n.º 588.934.669-53, Lea Maria Apolinário, CPF n.º 836.561.119-87 e Taiomara Vieira Mania, CPF n.º 038.016.199-07, até atingir o montante de   R$ 1.918.812,14   (um milhão, novecentos e dezoito mil, oitocentos e doze reais e catorze centavos), tendo em vista a desconsideração da personalidade jurídica do referido Instituto, com fulcro no art. 83, inciso II, da Lei Complementar n.º 267 (LO – TCE/MT) c/c o art. 298, inciso II da Resolução Normativa – TCE/MT n.º 14/2007 (RI – TCE/MT);”

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Foi determinada a expedição de cópia digitalizada ao Ministério da Justiça para providências cabíveis. 

 Segundo o relator, foi detectado pela Secex de Contratações Públicas que o modus operandi irregular foi notado em todos os outros contratos existentes com os demais municípios.

Foram determinadas também a abertura de Tomadas de Contas Ordinária em todos os termos de parceria entre os municípios, inclusive Colíder e a Oscip em andamento, para que seja mensurado possível dano ao erário.


A nossa reportagem ainda não conseguiu contato com Noboru Tomiyoshi nem com o secretário de administração Vanderlei Borges para falarem sobre a decisão do TCE e as irregularidades apontadas na decisão da Corte.

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Líder do PT aciona AGU contra falas de Bolsonaro em ato na Paulista

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Segundo Lindbergh Farias (PT-RJ), o ex-presidente espalhou desinformação e incentivou o ataque às instituições democráticas

O líder no PT na Câmara, Lindbergh Farias (PT-RJ), pediu nesta quarta-feira (9/4) à Advocacia-Geral da União (AGU) que apure falas de Jair Bolsonaro (PL) no ato pró-anistia do último domingo (6) e tome providências legais. Segundo o deputado, as afirmações do ex-presidente sobre as urnas eletrônicas, o Judiciário e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva “ultrapassam os limites da liberdade de expressão”.

Na representação enviada à Procuradoria Nacional de Defesa da Democracia (PNDD), que integra a AGU, o parlamentar pede também a adoção de ações judiciais cabíveis, o envio de representações ao Ministério Público e ao Supremo Tribunal Federal (STF), bem como medidas educativas, para “contrapor as narrativas de desinformação”, e cautelares.

Para Lindbergh, as falas do ex-presidente disseminam desinformação sobre o sistema eleitoral e atacam a honra de autoridades públicas — referindo-se aos ministros do STF, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o presidente Lula e o vice, Geraldo Alckmin.

Também argumentou que Bolsonaro minimizou os atos de 8 de janeiro de 2023 e insinuou que houve um golpe, com participação do Judiciário, para eleger Lula.

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A representação cita ainda uma declaração de 26 de março, data em que o ex-presidente foi declarado réu pelo Supremo por tentativa de golpe de Estado. No dia, Bolsonaro criticou o Judiciário, Lula e as provas do processo a que responde no Supremo, e disse que o TSE influenciou sua derrota em 2022.

“As urnas são inauditáveis. Não sou eu que disse isso. (…) O TSE influenciou, jogou pesado contra eu (sic) e a favor do candidato Lula”, comentou na ocasião. Também defendeu penas mais brandas para os presos pelo 8 de janeiro e negou ter participado da tentativa de golpe.

“As declarações ora relatadas revelam um padrão reiterado de comportamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, caracterizado pela disseminação sistemática de desinformação, pelo ataque às instituições republicanas, especialmente ao Supremo Tribunal Federal e ao Tribunal Superior Eleitoral, e pela tentativa de reescrever a história recente sob uma ótica de perseguição pessoal e vitimização política”, escreveu o líder do PT.

O que disse Bolsonaro

Nos atos pró-anistia de domingo (6), Bolsonaro fez novas críticas contra o sistema eleitoral e afirmou que o TSE só voltará a ser confiável em 2026 — quando a presidência será exercida pelo ministro Nunes Marques, indicado por ele para o STF.

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Disse, também, que o verdadeiro golpe em 2022 foi a atuação do Judiciário para, segundo ele, prejudicar sua campanha e colocar Lula na Presidência da República. Bolsonaro destacou, ainda, que recebeu uma espécie de aviso divino para sair do país no fim de 2022.

“O golpe deles só não foi perfeito porque em 30 de dezembro eu saí do Brasil. Algo me avisou (disse, apontando para o alto) que alguma coisa iria acontecer. Se eu estivesse no Braisl, seria preso na noite de 8 de janeiro. E estaria apodrecendo na cadeia até hoje ou até mesmo assassinado por esses mesmos que botaram esse vagabundo na Presidência”, ressaltou, no alto de um trio elétrico na Avenida Paulista, em São Paulo.

O ato do qual participou tinha como objetivo pressionar o Congresso — e em especial o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB) — a pautar o texto que anistia os golpistas e que pode beneficiar o próprio ex-presidente.

 

 

“CB”

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