POLÍTICA

Lula diz em entrevista que empresários inventaram propina para culpar políticos de corrupção

“A diferença é que agora transformaram as doações em propina…”

Publicado em

POLÍTICA

Por Branca Morais 

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, na manhã de segunda-feira, (24) que o setor empresarial, com o aval do Ministério Público, teria "transformado" doações de campanha em propina para "tentar culpar" os políticos de participação em esquemas de corrupção no país.

O que se espera é que se prove isso em juízo, já que ele foi um dos acusados por corrupção passiva e outras coisas mais. Mas vamos às declarações do ex-presidente que são interessantíssimas, diga-se de passagem.

Em entrevista concedida à rádio Tiradentes, do Amazonas, o petista também insinuou que o PT deve atuar de forma separada nas eleições presidenciais no próximo ano.

“A palavra propina foi inventada pelos empresários para tentar culpar os políticos – ou pelo Ministério Público. Por tudo o que leio na imprensa, os empresários sempre deram dinheiro para campanha. Eu não conheço um político em Manaus ou em São Paulo que vendeu a casa para ser candidato. Todos eles pedem dinheiro para empresário, a vida inteira, desde que foi proclamada da República. A diferença é que agora transformaram as doações em propina, então ficou tudo criminoso. Se os políticos não tiverem coragem de mudar a legislação eleitoral, de criar um fundo de financiamento de campanha para que não fiquem mais dependentes de empresário, o Brasil não vai ter jeito”, declarou Lula.

Leia Também:  Juscelino contraria Lula e recontrata bolsonaristas na pasta das Comunicações

Durante a entrevista, Lula revisou o processo de impeachment contra Dilma Rousseff e admitiu que as ações da ex-presidente, em seu segundo mandato, teriam sido diferentes do que prometido em campanha.

No entanto, alegou que as divergências políticas entre o partido e aliados deram espaço a um "erro histórico" cometido contra Rousseff, gerando desconfiança para as próximas eleições.

“É por isso que nessas eleições de agora (2018) eu pedi para que saísse separado para demarcar um pouco o nosso discurso. Porque pode dar a impressão de que está todo mundo na mesma bacia e não é verdade. É preciso que a gente mostre diferença política nesse momento”

Condenado a nove anos de prisão pelo caso do tríplex do Guarujá, ao qual alega ser inocente, o petista teve mais de R$ 600 mil em bens confiscados pelo juiz Sergio Moro na última semana, além do sequestro de R$ 9 milhões em planos de previdência privada, também por determinação do juiz. Lula afirmou que a defesa deve recorrer em segunda instância, no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4).

Leia Também:  Governo Lula pressiona para colocar Mantega na presidência da Vale

“Eu não posso utilizar isso (bens confiscados) enquanto esse processo estiver correndo. Vamos entrar com um recurso hoje, lá em Porto Alegre (no TRF-4), e ver se desmontamos isso”.

Mesmo sem ter fugido às questões sobre Lava Jato, o petista se irritou ao ouvir que teria dado tratamento “duro” aos seus críticos e disse ser “um homem controlado” para falar dos processos pelos quais responde.

“O dia que você for acusado de ladrão, que te acusarem de lavagem de dinheiro, o dia em que seu neto vier perguntar se é verdade o que estão falando, você vai ser muito mais duro do que eu.

Vai ficar com muito mais raiva do que eu, porque eu sou um homem controlado. Eu tenho noção de responsabilidade, eu sei o que eu sou, o que tenho nesse país. Não posso permitir que nenhum brasileiro tenha autoridade para me chamar de ladrão ou de dizer que pratiquei lavagem de dinheiro, finalizou o ex-presidente.

COMENTE ABAIXO:
Propaganda

POLÍTICA

Mais de 5 milhões podem ter o título de eleitor cancelado

Publicados

em

O prazo para que eleitores regularizem os seus títulos vence na próxima segunda-feira (19). De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), cerca de cinco milhões de pessoas ainda têm pendências com a Justiça Eleitoral e podem ter o documento cancelado após o fim desse prazo. 

Os dados mostram que, desde o dia 7 de março, mais de 111 mil eleitores procuraram a Justiça Eleitoral para regularizar a situação. “Não seja um eleitor faltoso. Evite o cancelamento do título: ele é sua identidade cidadã”, destacou o TSE, em comunicado.

Entenda

Considera-se faltosa a pessoa que não tenha votado nem justificado a falta, tampouco tenha pago a multa referente à ausência nos três últimos pleitos (regulares ou suplementares), sendo cada turno considerado uma eleição.   

Somente com o título em dia é possível votar, tomar posse em concurso público, obter passaporte ou Cadastro de Pessoa Física (CPF), renovar matrícula em estabelecimento de ensino oficial, participar de concorrência pública e praticar qualquer ato para o qual se exija quitação eleitoral.   

O cancelamento do título não se aplica a:   

Leia Também:  TSE autoriza cada candidato a gastar até R$ 88 milhões na campanha para presidente

– eleitores facultativos (menores de 18 anos, pessoas com 70 anos ou mais e pessoas não alfabetizadas); 

– pessoas com deficiência que comprovem dificuldade impeditiva para votar; 

– casos de justificativa aceitos pela Justiça Eleitoral.

Como regularizar 

Para consultar a situação, eleitores devem acessar os sites do TSE ou dos tribunais regionais eleitorais (TREs) para verificar se constam da lista de títulos passíveis de cancelamento. O serviço é gratuito e deve ser realizado somente em sites oficiais da Justiça Eleitoral.

Caso haja débitos existentes, é preciso acessar o autoatendimento eleitoral nos sites da Justiça Eleitoral ou o aplicativo e-Título e fazer o pagamento. Também é possível comparecer ao cartório eleitoral, no horário de expediente, portando os seguintes documentos (a depender da situação de cada eleitor):   

– documento oficial com foto que comprove sua identidade (obrigatório);   

– título eleitoral ou e-Título;   

– comprovantes de votação;   

– comprovantes de justificativas eleitorais;

– comprovante de dispensa de recolhimento ou, caso não tenha sido dada baixa, os comprovantes do recolhimento das multas.

Leia Também:  Moraes toma posse nesta terça-feira como presidente do TSE

Justificativa

Eleitores que estavam no exterior no dia da eleição podem justificar a ausência após o pleito pelo e-Título, pelo Autoatendimento Eleitoral ou enviando o Requerimento de Justificativa Eleitoral (RJE pós-eleição) com documentação comprobatória à zona eleitoral responsável. 

O prazo é de 60 dias após cada turno ou de 30 dias após o retorno ao Brasil. 

Se não houver justificativa, aplicam-se os procedimentos para quitação de multa.   

“Agência Brasil”

COMENTE ABAIXO:
Continue lendo

CIDADES

POLÍTICA

MULHER

POLÍCIA

MAIS LIDAS DA SEMANA