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Governo pretende mudar fórmula de reajuste do Fundo Constitucional do DF, diz Haddad

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Se aprovada pelo Congresso, a medida fará com que Brasília perca recursos para investir em áreas como saúde e segurança

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou, na manhã desta quinta-feira (28/11), que o governo pretende alterar a fórmula de cálculo do Fundo Constitucional do Distrito Federal. A medida, se aprovada pelo Congresso, na prática fará com que a capital do país perca recursos para investir em áreas como saúde e segurança.

O anúncio do ministro ocorreu durante coletiva de imprensa para tratar do corte de gastos e da isenção do imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil.

“Por fim, tem uma questão específica, a emenda constitucional que criou o fundo regional da reforma tributária, ela prevê uma capitalização deste fundo que vai chegar em 2042 a 60 bilhões. O que nós estamos prevendo é que o fundo constitucional do Distrito Federal vai ter a mesma cláusula de reajuste do fundo do desenvolvimento regional, qualquer que seja. Hoje é o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor)”, disse Haddad.

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De acordo com o ministro, a medida ocorre para que a regra aplicada ao resto do país seja adotada também para os repasses que são feitos ao DF. “Não pode ter um descasamento entre o fundo de desenvolvimento regional de um ente federado e o fundo de um país inteiro consagrado na reforma tributária. Então nós vamos compatibilizar pelo IPCA neste momento aquilo que vai ser acrescido também no espírito de manter as despesas obrigatórias também nos limites do arcabouço fiscal”, destacou ele.

As medidas anunciadas pelo ministro serão enviadas em um projeto que será encaminhado ao Congresso e devem ser discutidas ao longo de 2025 pelos deputados e senadores, para implementação em 2026. No ano passado, o governo tentou, via Congresso, reduzir os valores do Fundo Constitucional. No entanto, a mobilização de parlamentares da capital do país junto aos demais congressistas impediu que a perda de receita fosse aprovada.

“CB”

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Congresso está dividido e empurra tudo para o Supremo, diz Fux

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Durante evento em Brasília, ministro do STF também criticou as “orgias legislativas” que levam a inseguranças jurídicas

O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal, criticou o comportamento do Congresso Nacional que, segundo ele, “empurra” para a Corte temas sobre os quais não quer discutir. O magistrado também comentou sobre as sucessivas mudanças na legislação, as quais chamou de “orgias legislativas” que levam a inseguranças jurídicas no país.
 
“O parlamento está dividido e não quer pagar o preço social das suas decisões, e empurra tudo para o Supremo. O Supremo, segundo a cláusula constitucional, é obrigado a decidir porque nenhuma lesão ou ameaça deve escapar apreciação do Judiciário”, argumentou o ministro durante evento promovido pelo Instituto de Estudos Jurídicos Aplicados (Ieja), nesta quinta-feira (12/12) em Brasília. 

Fux argumentou que, em casos em que o Supremo não tem capacidade institucional, “decidir não decidir” é a melhor forma de prestar justiça.

“Eu, particularmente, sou contrário a essa postura (de obrigação) e interpreto essa Constituição, às vezes, como obrigação do Supremo decidir não decidir e devolver. É a melhor forma de prestar justiça em casos em que o Supremo não tem capacidade institucional’, frisou o ministro. 

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O magistrado citou como exemplo a regulamentação das redes sociais e da inteligência artificial.

“Estamos agora nos deparando com um problema dificílimo que é a regulação das redes, da inteligência artificial. Estão surgindo legislações de inteligência artificial, e é um momento muito prematuro, a ponto de dizer: tudo que se sabe hoje sobre inteligência artificial é que ninguém sabe nada de inteligência artificial”, observou. 

Fux criticou também o aumento do número de legislações no Brasil, o que gera insegurança jurídica e pode afastar possíveis investidores para o país. “Se o profissional a cada dia tem quatro leis tributárias, ele tem que ter um conhecimento enciclopédico inimaginável, e isso efetivamente gera insegurança jurídica na elaboração do planejamento econômico-financeiro das empresas.”

“CB”

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