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Denúncia de Gonet contra Bolsonaro está pronta para ser enviada ao STF

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PGR está finalizando os últimos detalhes e deve enviar o documento ao Judiciário já na próxima semana

A denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro por suposta tentativa de golpe de Estado está finalizada. De acordo com fontes na Procuradoria-Geral da República (PGR), ouvidas pelo Correio, a peça deve ser enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF) na próxima semana.

O procurador-geral, Paulo Gonet, teria desistido de enviar uma denúncia conjunta envolvendo fraudes nos cartões de vacina e o tráfico de joias, casos que também estão em tramitação no órgão. Neste primeiro momento, de acordo com as fontes consultadas pela reportagem, a ideia seria acusar Bolsonaro de ser o principal beneficiado de uma organização golpistaque pretendia anular o resultado das eleições.

Gonet fez um passo a passo com diversos elementos que ligariam Bolsonaro a militares golpistas, apontando que a intenção seria que ele continuasse no cargo, mesmo após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ter sido eleito.

As provas têm como base encontros no Palácio do Planalto e no Alvorada, reuniões na Asa Sul, em Brasília, depoimentos e conversas de rede social e e-mails envolvendo os suspeitos que foram indiciados pela Polícia Federal.

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Gonet aguarda a finalização dos últimos detalhes pela equipe técnica para enviar o documento ao Supremo. A acusação deve ser rígida e a pena solicitada ao ex-presidente pode passar de 20 anos.

“CB”

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Planalto e STF sinalizam ao Senado aceitar “anistia light”

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Projeto se diferenciaria do que vem sendo discutido na Câmara por não impor um perdão judicial, como deseja parte da bancada bolsonarista

Palácio do Planalto e uma ala do STF (Supremo Tribunal Federal) sinalizaram à cúpula do Congresso Nacional que aceitam a “anistia light” que vem sendo debatida no Senado.

Segundo fontes que vêm ajudando na confecção do texto, a proposta que parte do STF sinaliza aceitar envolve quatro aspectos:

  • Redução de penas para crimes de tentativa de golpe de Estado e abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
  • Agravamento da pena se a abolição violenta do Estado Democrático de Direito for cometida mediante tentativa de golpe de Estado;
  • Criação de um tipo penal específico, com penas menores, para quem comete crimes contra a democracia influenciado por multidão, mas sem ter exercido papel de liderança ou financiamento;
  • Aumento da pena para quem liderar atos antidemocráticos.

Essa “anistia light” se diferenciaria da que vem sendo discutida na Câmara por não impor um perdão judicial, como deseja parte da bancada bolsonarista, mas por propor uma mudança nos tipos penais e na forma de aplicação das penas.

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Na prática, ela teria impacto reduzido nas penas aplicadas a Jair Bolsonaro (PL) e demais condenados na semana passada, mas alteraria significativamente a situação dos julgados pelos atos de 8 de janeiro.

O Planalto sinalizou a senadores que aceita esse formato, desde que o STF concorde. Um ministro da Corte disse à CNN que uma posição definitiva só poderá ser tomada após a análise do texto do projeto em si, que ainda não existe.

Segundo senadores, alguns esboços já foram elaborados por consultores legislativos a pedido do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP). O projeto alteraria a Lei 14.321, de 2021, sancionada por Bolsonaro, que trata de crimes contra a democracia.

Hoje, a lei prevê reclusão de 4 a 8 anos para o crime de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, e de 4 a 12 anos para tentativa de golpe de Estado. O texto em construção, além de reduzir essas penas, consideraria que a punição para abolição do Estado Democrático de Direito seria agravada se cometida mediante tentativa de golpe de Estado.

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Isso porque, segundo o entendimento dos consultores que tratam do assunto, toda tentativa de golpe é uma abolição violenta do Estado Democrático de Direito, mas nem toda abolição do Estado Democrático de Direito configura uma tentativa de golpe.

O problema para o avanço dessa proposta é que parte dos bolsonaristas a rejeita por ela ter impacto reduzido na pena imposta aos condenados na semana passada pela trama golpista, como Bolsonaro e generais da reserva. O Planalto e o STF já sinalizaram não aceitar nenhum texto que implique, na prática, em perdão ao ex-presidente.

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