Bolsonaristas tentaram abaixar a nota do estabelecimento no Google e fizeram um boicote para perder clientes

‘Cancelado’, restaurante Arturito, de Paola Carosella, tem fila na porta

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POLÍTICA

Apesar das ameaças de boicote online, o restaurante Arturito, da cozinheira Paola Carosella, está com as reservas esgotadas e fila de espera. O local foi “cancelado” por  bolsonaristas depois de críticas da ex-Masterchef ao presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus apoiadores. 

“É muito difícil se relacionar com quem apoia Bolsonaro por dois motivos: ou porque é um escroto, ou porque é burro”, disse a chef em entrevista ao podcast ‘DiaCast’. A fala gerou uma polêmica online e atingiu os apoiadores de Bolsonaro. 

 

Nas redes sociais, o boicote ao Arturito começou com uma campanha para os bolsonaristas não irem ao local. O segundo passo do cancelamento foi abaixar a nota da avaliação do estabelecimento no Google, que caiu de 4.5 para 1.6 em um dia. 
Por fim, as redes sociais de Paola foram invadidas com comentários pejorativos sobre sua profissão, nacionalidade e posicionamento político. 

 

 Boicote ao boicote
Mas a autoproclamada “festa da exposição” e “fim da carreira de Paola”, como foram chamadas as ondas de cancelamento online, não geraram resultados presenciais. Além de filas de espera, o Arturito está com a agenda lotada e sem possibilidade de reservas. O restaurante está com mais movimento que o normal, mesmo nos horários de pico, conforme a agenda disponível no Google. O Estado de Minas tentou marcar uma reserva no restaurante, sem sucesso. 

Entrada do restaurante e montagem de avisos de fila de espera
O restaurante está com fila de espera e não tem como fazer reserva(foto: Reprodução Arturito)

 

O lado de Paola também se defendeu na guerra virtual. Perfis no Twitter criticaram o cancelamento da chefe e do restaurante e pontuaram condratições no discurso contra a cozinheira. A principal “arma” foram as tags ‘PAOLA TEM RAZÃO’ e ‘PAOLA LACRA y LUCRA’ no Twitter. 

 

Arturito é massa! 

O Arturito foi fundado em 2008 no Bairro Pinheiros, área nobre na capital paulista. Para os fãs de massa, o restaurante da chef argentina pode ser uma ótima opção. 
As reservas podem ser feitas no site oficial do estabelecimento ou pelo telefone. Entretanto, no momento, a função não está disponível por causa da alta demanda de clientes. 
“Estado de Minas”
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POLÍTICA

Após ser preso em flagrante pela CPMI do INSS, presidente da Conafer é liberado sob fiança

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Voz de prisão foi dada pelo presidente da CPMI, senador Carlos Viana (Podemos-MG), depois de cerca de 9h do falso testemunho

Reunião da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS para tomar depoimentos do Carlos Roberto Ferreira Lopes, presidente da Confederação Nacional dos Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais (Conafer). Foto: Lula Marques/ Agência Brasil. Roberto Ferreira Lopes durante depoimento na reunião da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS

Após ser preso em flagrante na madrugada desta terça-feira (30) enquanto prestava depoimento à CPMI do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), o presidente da Confederação Nacional de Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais (Conafer), Carlos Roberto Ferreira Lopes, foi posteriormente liberado por conta de pagamento de fiança.

A voz de prisão foi dada pelo presidente da CPMI, senador Carlos Viana (Podemos-MG), depois de cerca de 9h de testemunho. Segundo Viana, a ação foi por falso testemunho, como determina o artigo 342 do Código Penal, em flagrante delito. Esta é a segunda prisão que ocorre no âmbito do colegiado. Rubens Oliveira – apontado pela Polícia Federal como intermediário de Antônio Carlos Camilo Antunes, o “Careca do INSS” – foi o primeiro a ser preso, na semana passada.

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O presidente da Conafer foi chamado para a CPMI na condição de testemunha, o que o obriga a dizer a verdade durante a oitiva. A CPMI advertiu o depoente desde o início de sua obrigação legal de dizer a verdade. Entretanto, durante a sessão, ficou constatado que o depoente omitiu diversas informações deliberadamente, entrou em contradição em várias delas e, ao ser questionado novamente pelo relator e pelos membros da comissão, manteve essas afirmações. “Essas contradições configuram mentira deliberada e ocultação de informações com o intuito de prejudicar as investigações dessa comissão”, argumentou Viana.

Uma das omissões apontadas por membros da CPMI foi a resposta dada por Lopes ao relator da comissão, deputado Alfredo Gaspar (União-AL). A Gaspar, Lopes disse não saber quem era o sócio da Santos Agroindustria Atacadista e Varejista, empresa que recebeu R$ 800 milhões, segundo o relator, da Conafer. O sócio em questão é Cícero Marcelino, funcionário da Conafer. Cícero Marcelino foi alvo de operação da Polícia Federal em maio Ele é apontado pela investigação como operador financeiro da Conafer. Ele teria recebido mais de R$ 100 milhões do INSS.

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Ele também é suspeito de ter comprado veículos de alto valor com recursos da fraude aos aposentados. Depois, Lopes admitiu conhecer Marcelino, mas negou que ele seria funcionário da Conafer. “Cícero sempre foi um fornecedor de bens e serviços da Conafer por mais de 15 anos. E pegou essa pecha aí de falar que assessor – assessor são os egos da amizade, né? Como nós todos vimos aqui. É o querido, é o amigo”, afirmou. A Conafer é a segunda entidade associativa com mais descontos nas mensalidades dos aposentados. A investigação da Polícia Federal aponta que esses descontos eram ilegais sem autorização dos pensionistas, por isso a Conafer entrou na mira das apurações.

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