Aeronaves fazem parte de um lote de 36 adquiridas pela FAB
Caças Gripen comprados pelo Brasil recebem batismo operacional
POLÍTICA

Os caças Gripen FAB 4101 e FAB 4102 foram apresentados hoje (22) na Base Aérea de Santa Cruz, na zona oeste do Rio de Janeiro, com a presença do presidente Jair Bolsonaro. Os dois primeiros aviões Gripen E, dos 36 contratados pelo Brasil, receberam o batismo operacional, marcando o início da integração das aeronaves à Aviação de Caça brasileira.
A apresentação fez parte da cerimônia militar pelo Dia da Aviação de Caça, que marcou ainda a imposição da medalha Mérito Operacional Brigadeiro Nero Moura e teve a entrega pelo comandante da Aeronáutica, tenente-brigadeiro do ar Carlos de Almeida Baptista Junior, do prêmio de piloto mais eficiente aos que se destacaram nos esquadrões de caça.
Os dois aviões, desenvolvidos pela empresa sueca de defesa e segurança Saab, chegaram ao Brasil no dia 1º de abril, e a previsão da Força Aérea Brasileira (FAB) é que outras quatro aeronaves sejam entregues até o fim deste ano. Conforme o contrato, em 2027 todos os 36 aviões estarão no Brasil. Como o acordo é também de transferência tecnológica, parte dos caças comprados serão fabricados na planta da Embraer, em Gavião Peixoto, São Paulo.
Agora, os caças vão passar pelo processo de certificação militar para receberem a licença de operação inicial no país. Os testes serão feitos por pilotos de prova da FAB, da Embraer e da Saab, no Centro de Ensaios em Voo, em Gavião Peixoto. De acordo com o piloto de ensaio, major Abdon Rezende de Vasconcelos, do Instituto de Pesquisas e Ensaio de Voo da FAB, que é um dos três habilitados para operar o caça até agora, os aviões devem entrar em operação no segundo semestre.
Para o piloto, que está no projeto do caça desde 2018, a aquisição da aeronave representa um salto tecnológico da Aeronáutica no Brasil, que vai resultar na soberania do espaço aéreo do país. “É uma aeronave multimissão, executa missões em ar e em solo de reconhecimento com equipamentos mais modernos dos que temos e também novos sensores estão sendo incorporados”, explicou.
“Isso permite com que o piloto tenha maior consciência situacional em combate e, com isso, ele consegue empregar os seus armamentos de forma mais eficiente. No final, o que a gente procura com esta aeronave é eficiência”, disse, acrescentando que inicialmente as aeronaves irão para a Base Aérea de Anápolis, em Goiás, para o Esquadrão Jaguar.
Na visão do comandante da Força Aérea Brasileira, o elevado grau tecnológico das aeronaves colocará o Brasil novamente na vanguarda da defesa aeroespacial do cenário mundial. O brigadeiro disse que uma alteração no contrato autorizada pelo presidente vai permitir a aquisição de mais quatro aeronaves.
“Nos possibilitará iniciar os estudos para implantação desses vetores em mais uma base aérea a ser decidida oportunamente pelo alto-comando da Aeronáutica. Em paralelo, iniciaremos estudos preliminares para a aquisição de um segundo lote dessas aeronaves a fim de garantir que a desativação das aeronaves de caça mais antigas não acarrete perda da capacidade de cumprirmos nossa missão de defesa da pátria”, disse.
Após a cerimônia, o presidente Jair Bolsonaro visitou duas torres instaladas na Base de Santa Cruz e acompanhou demonstrações militares de aviões com lançamento de artefatos em alvos.
“EBC”


POLÍTICA
Planalto e STF sinalizam ao Senado aceitar “anistia light”

Projeto se diferenciaria do que vem sendo discutido na Câmara por não impor um perdão judicial, como deseja parte da bancada bolsonarista
O Palácio do Planalto e uma ala do STF (Supremo Tribunal Federal) sinalizaram à cúpula do Congresso Nacional que aceitam a “anistia light” que vem sendo debatida no Senado.
Segundo fontes que vêm ajudando na confecção do texto, a proposta que parte do STF sinaliza aceitar envolve quatro aspectos:
- Redução de penas para crimes de tentativa de golpe de Estado e abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
- Agravamento da pena se a abolição violenta do Estado Democrático de Direito for cometida mediante tentativa de golpe de Estado;
- Criação de um tipo penal específico, com penas menores, para quem comete crimes contra a democracia influenciado por multidão, mas sem ter exercido papel de liderança ou financiamento;
- Aumento da pena para quem liderar atos antidemocráticos.
Essa “anistia light” se diferenciaria da que vem sendo discutida na Câmara por não impor um perdão judicial, como deseja parte da bancada bolsonarista, mas por propor uma mudança nos tipos penais e na forma de aplicação das penas.
Na prática, ela teria impacto reduzido nas penas aplicadas a Jair Bolsonaro (PL) e demais condenados na semana passada, mas alteraria significativamente a situação dos julgados pelos atos de 8 de janeiro.
O Planalto sinalizou a senadores que aceita esse formato, desde que o STF concorde. Um ministro da Corte disse à CNN que uma posição definitiva só poderá ser tomada após a análise do texto do projeto em si, que ainda não existe.
Segundo senadores, alguns esboços já foram elaborados por consultores legislativos a pedido do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP). O projeto alteraria a Lei 14.321, de 2021, sancionada por Bolsonaro, que trata de crimes contra a democracia.
Hoje, a lei prevê reclusão de 4 a 8 anos para o crime de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, e de 4 a 12 anos para tentativa de golpe de Estado. O texto em construção, além de reduzir essas penas, consideraria que a punição para abolição do Estado Democrático de Direito seria agravada se cometida mediante tentativa de golpe de Estado.
Isso porque, segundo o entendimento dos consultores que tratam do assunto, toda tentativa de golpe é uma abolição violenta do Estado Democrático de Direito, mas nem toda abolição do Estado Democrático de Direito configura uma tentativa de golpe.
O problema para o avanço dessa proposta é que parte dos bolsonaristas a rejeita por ela ter impacto reduzido na pena imposta aos condenados na semana passada pela trama golpista, como Bolsonaro e generais da reserva. O Planalto e o STF já sinalizaram não aceitar nenhum texto que implique, na prática, em perdão ao ex-presidente.
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