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Bolsonaro tem a pior avaliação entre presidentes de 1º mandato

A gestão do presidente Jair Bolsonaro foi reprovada por 30% dos brasileiros ante a 18% de Mourão

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30% avaliaram como ruim ou péssimo

59% ainda esperam 1 bom governo

Mourão tem menor reprovação: 18%

No entanto, 59% não sabiam sobre o vice

Governo completa 100 dias esta semana

Jair Bolsonaro completou 3 meses no Palácio do Planalto e registra a pior avaliação nesse período de governo entre todos os presidentes eleitos para 1º primeiro mandato desde a redemocratização: 30% dos brasileiros consideram a gestão atual ruim ou péssima.

O presidente completa 100 dias de mandato na próxima 4ª feira (10.abr.2019). Com o mesmo tempo de governo, antecessores de Bolsonaro tiveram melhor desempenho.

Fernando Collor (então no PRN) era reprovado por 19% em 1990, enquanto Fernando Henrique Cardoso (PSDB) marcava 16% de índices ruim ou péssimo em 1995.

Os petistas Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, alvos frequentes de críticas do atual presidente, eram mal avaliados apenas por 10% e 7% da população ao fim dos primeiros 3 meses de governo.

Na série histórica, Dilma é quem teve numericamente a melhor avaliação no período de mandato: 47% de ótimo ou bom em 2011.

Os dados são do levantamento Datafolha divulgada neste domingo (7.abr.2019) pela Folha de S. Paulo. Foram 2.086 entrevistados com mais de 16 anos em 130 municípios nos dias 2 e 3 de abril. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.

Não foram considerados os períodos de avaliação de governos reeleitos.

O resultado da avaliação negativa também é próximo ao daqueles que consideram o governo ótimo ou bom (32%) ou regular (33%). Dos entrevistados, 4% não souberam opinar.

Apesar da rejeição, 59% dos entrevistados ainda acreditam que Bolsonaro fará uma gestão ótima ou boa, sendo que 16% acreditam que será uma gestão regular e 23%, péssima.

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Antes da posse, essa mesma expectativa era manifestada por 65% dos brasileiros, sendo que 17% esperava uma gestão regular e 12%, ruim ou péssima.

Os índices já eram os piores entre os presidentes eleitos para 1º mandato desde a redemocratização.

O levantamento mostra que a aprovação de Bolsonaro é maior entre os homens (38%) do que entre as mulheres (28%).

Já considerando a renda e escolaridade dos entrevistados, os que ganham mais de 10 salários mínimos e os que têm curso superior registram a maior rejeição ao governo: 37% e 35%, respectivamente, avaliam a gestão como ruim ou péssima.

Os que recebem até 2 salários mínimos são os menos contentes com o governo: 26% de ótimo e bom.

Já o eleitorado evangélico (34% da população) segue mais entusiasmado com o presidente. Acham que o início do governo foi ótimo ou bom, 42%. O índice cai para 27% entre católicos, que representam 50% dos brasileiros.

Brancos são os que mais aprovam Bolsonaro (39%). Pretos e pardos são os que mais desaprovam (29% para cada 1 dos grupos).

Considerando as regiões, o Nordeste é a região que mais rejeita o governo, com 39% de ruim ou péssimo e 24% de ótimo ou bom. Também lá existe a menor expectativa positiva: 50%.

O Sul deu a maior aprovação: 39%, contra 22% de desaprovação.

AVALIAÇÃO DAS MEDIDAS DO GOVERNO

Ainda segundo o Datafolha, para 61% dos entrevistados, Bolsonaro fez menos do que se esperava no exercício do cargo. Já 13% consideram que ele fez mais, enquanto 22% avaliam que ele fez o que era esperado.

Nessa avaliação, Bolsonaro também perde para os primeiros mandatos de Lula e de Dilma. Em 2003, o petista fez menos do que poderia para 45%, e, em 2011, a ex-presidente pontuou 39% no quesito.

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MOURÃO TEM MENOR REPROVAÇÃO

O levantamento também aponta que o vice-presidente Hamilton Mourão possui menor reprovação dos brasileiros em comparação com o presidente Jair Bolsonaro (PSL): 18% frente aos 30% do chefe do Executivo.

Os índices de ótimo ou bom (32%) e regular (32%) de Mourão são similares aos de Bolsonaro (32% e 33%). A diferença na aprovação de Mourão pode estar relacionada ao fato de ele ser menos conhecido que o presidente.

De acordo com os dados, 59% dos entrevistados não souberam dizer quem era o vice-presidente da República, 37% acertaram seu nome e 4% erraram. Devido a isso, 18% dos brasileiros não souberam responder a pesquisa.

A proporção de desconhecimento se aproxima dos dados sobre aqueles que desconheciam Michel Temer no início do governo de Dilma Rousseff, em 2010: 63%.

Quando se separa o eleitorado por faixa de renda, a diferença se mantém. Entre aqueles que têm mais de 10 salários mínimos por família, Mourão tem 23% de reprovação, ante 37% de Bolsonaro. Já entre os que possuem nível superior completo, o vice-presidente tem 20% de reprovação frente a 35% do presidente.

Entre os que têm renda familiar de até 2 salários mínimos, 34% avaliam que o desempenho do presidente é ruim ou péssimo e 20% dizem o mesmo do vice.

Já entre os eleitores que cursaram até o ensino fundamental, 16% consideram a atuação de Mourão reprovável e 36% dizem o mesmo de Bolsonaro.

No grupo de entrevistados com ensino médio completo, 26% reprovam Bolsonaro e 18%, Mourão.

Fonte: Poder 360

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Mais de 5 milhões podem ter o título de eleitor cancelado

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O prazo para que eleitores regularizem os seus títulos vence na próxima segunda-feira (19). De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), cerca de cinco milhões de pessoas ainda têm pendências com a Justiça Eleitoral e podem ter o documento cancelado após o fim desse prazo. 

Os dados mostram que, desde o dia 7 de março, mais de 111 mil eleitores procuraram a Justiça Eleitoral para regularizar a situação. “Não seja um eleitor faltoso. Evite o cancelamento do título: ele é sua identidade cidadã”, destacou o TSE, em comunicado.

Entenda

Considera-se faltosa a pessoa que não tenha votado nem justificado a falta, tampouco tenha pago a multa referente à ausência nos três últimos pleitos (regulares ou suplementares), sendo cada turno considerado uma eleição.   

Somente com o título em dia é possível votar, tomar posse em concurso público, obter passaporte ou Cadastro de Pessoa Física (CPF), renovar matrícula em estabelecimento de ensino oficial, participar de concorrência pública e praticar qualquer ato para o qual se exija quitação eleitoral.   

O cancelamento do título não se aplica a:   

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– eleitores facultativos (menores de 18 anos, pessoas com 70 anos ou mais e pessoas não alfabetizadas); 

– pessoas com deficiência que comprovem dificuldade impeditiva para votar; 

– casos de justificativa aceitos pela Justiça Eleitoral.

Como regularizar 

Para consultar a situação, eleitores devem acessar os sites do TSE ou dos tribunais regionais eleitorais (TREs) para verificar se constam da lista de títulos passíveis de cancelamento. O serviço é gratuito e deve ser realizado somente em sites oficiais da Justiça Eleitoral.

Caso haja débitos existentes, é preciso acessar o autoatendimento eleitoral nos sites da Justiça Eleitoral ou o aplicativo e-Título e fazer o pagamento. Também é possível comparecer ao cartório eleitoral, no horário de expediente, portando os seguintes documentos (a depender da situação de cada eleitor):   

– documento oficial com foto que comprove sua identidade (obrigatório);   

– título eleitoral ou e-Título;   

– comprovantes de votação;   

– comprovantes de justificativas eleitorais;

– comprovante de dispensa de recolhimento ou, caso não tenha sido dada baixa, os comprovantes do recolhimento das multas.

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Justificativa

Eleitores que estavam no exterior no dia da eleição podem justificar a ausência após o pleito pelo e-Título, pelo Autoatendimento Eleitoral ou enviando o Requerimento de Justificativa Eleitoral (RJE pós-eleição) com documentação comprobatória à zona eleitoral responsável. 

O prazo é de 60 dias após cada turno ou de 30 dias após o retorno ao Brasil. 

Se não houver justificativa, aplicam-se os procedimentos para quitação de multa.   

“Agência Brasil”

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