POLÍCIA

Polícia Militar aumenta apreensões de drogas em 438%

Publicado em

POLÍCIA

Polícia Militar aumenta apreensões de drogas em 438%

Polícia Militar aumenta apreensões de drogas em 438% e número de operações cresce 148% nos últimos três meses

Números abrangem o primeiro trimestre de vigência da Operação Tolerância Zero em todo o Estado

Maior apreensão do ano ocorreu em Juruena, com 1,5 tonelada de cocaína apreendida – Foto por: PMMT

Polícia Militar aumenta apreensões de drogas em 438% e número de operações cresce 148% nos últimos três meses - Maior apreensão do ano ocorreu em Juruena, com 1,5 tonelada de cocaína apreendida

A Polícia Militar de Mato Grosso apreendeu mais de 9,1 toneladas de drogas e aumentou em 438% as apreensões de entorpecentes nos últimos três meses, em todo o Estado. Os números são do período de 25 de novembro de 2024 até a última terça-feira (25.2), e são referentes às ações dentro do programa Tolerância Zero Às Facções Criminosas do Governo do Estado. No mesmo período do ano anterior, pouco mais de 1,6 tonelada foi apreendida.

Os dados foram divulgados pela Superintendência de Planejamento Operacional e Estatística (Spoe) da Polícia Militar e também mostram que, de novembro de 2024 a fevereiro deste ano, as ações e operações em todos os Comandos Regionais da corporação saltaram de 1.449 para 3.594, representando um aumento de 148%.

O comandante-geral da Polícia Militar de Mato Grosso, coronel Claudio Fernando Carneiro Tinoco, destaca que a Operação Tolerância Zero é realizada diariamente em todos os 142 municípios do Estado e que todo o planejamento operacional está intensificado com ações de combate às facções criminosas e a segurança de todos os cidadãos mato-grossenses.

“Este resultado mostra a consolidação dos investimentos realizados e que continuam sendo feitos pelo Governador Mauro Mendes na área da segurança pública e o compromisso da gestão em dar tolerância zero a todos os tipos de crime. Vamos continuar trabalhando firmemente, com nossos policiais cada vez mais equipados e capacitados, dando pronta resposta às facções e ao crime no combate às facções criminosas”, ressaltou o comandante-geral.

Logo na primeira semana da operação, em novembro de 2024, a Polícia Militar, em ação conjunta com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), apreendeu 484 quilos de maconha, em Santo Antônio do Leverger. Um homem foi preso em flagrante. 

Leia Também:  Ativistas e líder da oposição são condenados em Belarus

Ainda em 2024, no mês de dezembro, ação integrada da Polícia Militar, Polícia Judiciária Civil e PRF resultou na apreensão de mais de 1 tonelada, em Alto Taquari. Mais uma pessoa foi presa em flagrante nesta ocorrência.

Em janeiro de 2025, a Polícia Militar esteve à frente da retirada de circulação de mais 4 toneladas de entorpecentes. Entre os destaques, estão a apreensão de 1,1 tonelada de maconha, na cidade de Itiquira, logo na primeira semana do ano, onde uma pessoa foi presa. Além disso, mais 1 tonelada de cocaína foi apreendida, em conjunto com o Gefron, em Pontes e Lacerda, onde dois homens foram presos em flagrante por tráfico de drogas.

Já no dia 15 de fevereiro, a Polícia Militar e a Polícia Federal realizaram a maior apreensão de drogas do ano, com o encontro de 1,5 tonelada de cocaína, na zona rural de Juruena. As drogas foram localizadas em uma pista clandestina de pouso, após denúncias de fazendeiros da região. Somente nesta ocorrência, mais de R$ 100 milhões foram contabilizados em prejuízo para as facções criminosas.

Leia Também:  Chega a 58 mortos após jejum de seita no Quênia para conhecer Jesus

Mais produtividade

A Polícia Militar também ampliou os registros dos Termos Circunstanciados de Ocorrência (TCOs). Nos últimos 90 dias, foram registrados 944 TCOs. O subchefe de Estado-Maior Geral da Polícia Militar de Mato Grosso, coronel José Nildo de Oliveira, explica que os TCOs são registrados para ocorrências de menor potencial e agilizam o trabalho e a mobilidade das equipes policiais de serviço.

“Os provimentos de TCO são aplicados a delitos com penas máximas que não sejam superiores a dois anos, onde as partes envolvidas já saem com encaminhamento ao Poder Judiciário para andamento do processo. Isso permite uma flexibilização e celeridade do trabalho das equipes de serviço, que ficam assim mais tempos nas ruas e empenhados no atendimento de mais ocorrências e no patrulhamento da segurança aos cidadãos”, explica.

Além disso, a Polícia Militar já conduziu para as delegacias mais de 6,3 mil pessoas, sendo 2.680 prisões em flagrante. Ainda durante a Operação Tolerância Zero, 600 pessoas foragidas da Justiça tiveram mandados de prisões cumpridos, 357 armas de fogo e simulacros foram apreendidos e 238 veículos furtados ou roubados foram localizados pela corporação.

“PMMT”

COMENTE ABAIXO:
Propaganda

POLÍCIA

Articulação pela anistia de Bolsonaro ganha força nesta semana

Publicados

em

Governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, retorna a Brasília para participar das articulações para a votação na Câmara de projeto de anistia a Bolsonaro, condenado, na semana passada, pelo STF a 27 anos de prisão

Nesta semana, a articulação para a votação do projeto de lei de anistia ao
ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Congresso ganha o reforço do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que retorna hoje, a Brasília, para participar das conversas em torno do assunto e visitar o ex-presidente.

A movimentação ocorre após a condenação de Bolsonaro pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), que impôs pena de 27 anos e três meses de prisão em regime fechado no julgamento da trama golpista. O deputado federal Hélio Lopes (PL-RJ) afirmou que os partidos União Brasil e Progressistas já estariam dispostos a apoiar a proposta.

A anistia deve ser pautada essa semana. Eu espero que sim”, afirmou o parlamentar, ontem, a jornalistas em frente ao Hospital DF Star, em Brasília, onde Bolsonaro passou por um procedimento médico para retirada de lesões na pele. “Depois daquele voto do (ministro Luiz) Fux, que quebrou todos os argumentos, União, PP, e vários partidos já estavam com vontade de colocar a anistia em votação”, acrescentou.
  • Leia também: Hélio Lopes acompanha ida de Bolsonaro ao hospital e defende anistia
  • Leia também: Tarcísio volta a Brasília para reforçar articulação por anistia a Bolsonaro

Além de criticar a atuação do ministro Alexandre Moraes, do STF, que relatou o processo contra Bolsonaro, Lopes reforçou que a oposição continuará insistindo pela candidatura presidencial. “Não existe meia-anistia. Nós não vamos desistir nunca. Jair Messias Bolsonaro é o candidato a presidente em 2026. Deixo bem claro isso”, declarou.

O deputado federal Delegado Paulo Bilynskyj (PL-SP) também afirmou ao Correio que vai continuar lutando pela aprovação da anistia ampla, geral e irrestrita. “Agora vamos combater a anistia “light” proposta pelo Senado e insistir na anistia geral e irrestrita”.

A condenação do ex-presidente transformou a pauta da anistia em teste decisivo para Tarcísio, que é um dos nomes cogitados pelo Centrão para ser ungido por Bolsonaro na corrida eleitoral do próximo ano. “Bolsonaro e os demais estão sendo vítimas de uma sentença injusta e com penas desproporcionais”, disse o governador após a condenação.

O líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), tem pressionado para que a proposta volte a tramitar já nesta semana. A expectativa da legenda é de que o tema entre na pauta da reunião de líderes marcada para amanhã, sob a condução do presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB).

Leia Também:  Polícia Militar e Gefron apreendem 40 quilos de drogas e causam prejuízo de cerca de R$ 1 milhão à facção

“Acho que aí já não restam mais alternativas e o presidente vai finalmente poder colocar na pauta na terça-feira e, quem sabe, a gente votar a urgência e mérito na quarta-feira”, afirmou Sóstenes em entrevista coletiva, na semana passada.

  • Leia também: Ex-ministro do STF, Marco Aurélio Mello critica Barroso e defende anistia
  • Leia também: Decisão do STF que condena Bolsonaro e aliados deve ser irrevogável

Sentença histórica

A sentença do Supremo, considerada histórica, também atingiu outros sete réus acusados de participação em atos contra a democracia, incluindo generais de alta patente. O ex-presidente continua em prisão domiciliar e usando tornozeleira eletrônica.

Uma anistia ampla, para executores e planejadores do golpe, enfrenta resistência no Supremo e no próprio Congresso.

Hugo Motta mantém cautela, o que tem gerado apreensão na oposição por falta de previsão para votação — atualmente a relatoria está nas mãos do deputado Rodrigo Valadares (União-SE). O projeto está parado desde outubro do ano passado, mas a oposição insiste em tratar a pauta como prioridade absoluta.

Além disso, diferentes versões do projeto estão em discussão. No Senado, uma proposta mais restrita ganhou força, mas encontra resistência da oposição, que rejeita qualquer texto que não contemple diretamente o ex-presidente. Se por um lado a base bolsonarista cobra celeridade, por outro, ministros do STF e setores do Executivo trabalham para frear a tramitação.

 senador Mecias de Jesus (Republicanos-RR) é autor do Projeto de Lei nº 4441/2025, protocolado no Senado, que busca evitar condenações coletivas em crimes contra a democracia. “Denúncias e sentenças genéricas não podem prevalecer, cada cidadão deve responder apenas pelos seus próprios atos. No Senado, a bancada do Republicanos tem atuado com responsabilidade para defender a democracia, assegurar estabilidade e garantir uma verdadeira pacificação, sem perseguição política e sem condenações por atacado”, declarou ao Correio.

Na avaliação dele, a decisão que condena o ex-presidente Bolsonaro é “insustentável do ponto de vista jurídico”. “Esse cenário reforça a urgência de debatermos a anistia. Além de representar justiça, essa medida contribuirá para a pacificação do país”, disse.

Novo golpe

A deputada Sâmia Bomfim (PSol-SP) afirmou que a decisão do Supremo Tribunal Federal representa um marco de proteção à democracia e não pode ser esvaziada por iniciativas de anistia. “A decisão do STF é uma vacina para futuras tentativas de golpe do futuro, assim como a tentativa de anistia pode significar um salvo-conduto para futuras tentativas de golpe. É por isso que a gente está falando de algo extremamente sério e que não é possível que a gente siga admitindo que parlamentares conspirem contra a democracia mesmo diante da decisão do Supremo e que ousem projetar um projeto de anistia”, declarou.

Leia Também:  Latino tem contas bancárias zeradas para pagar dívida de mais de 500 mil reais

A deputada também criticou a atuação de Eduardo Bolsonaro nos Estados Unidos e as ameaças externas contra o Brasil. “Durante o julgamento, logo após o voto da ministra Cármen Lúcia, Marco Rubio, em nome de Donald Trump, mais uma vez fez graves ameaças ao Brasil, chamando o julgamento de caça às bruxas, dizendo que irão endurecer as sanções e, portanto, nos ataques ao Brasil. É preciso manter a nossa altivez e não admitir esse tipo de golpe, mas a Câmara dos Deputados precisa tomar providências diante do mandato de Eduardo Bolsonaro, que segue com o seu mandato, com a estrutura de gabinete, conspirando contra o nosso país, contra a nossa economia, inclusive, abrindo espaço para ameaças militares”, alertou.

O deputado federal Reginaldo Veras (PV-DF) criticou a movimentação de Tarcísio, que pela segunda vez, apenas neste mês, vem a Brasília para fazer as articulações pró-anistia e associou sua atuação a interesses eleitorais. “Ele está jogando pra galera bolsonarista. É um oportunista. Tarcísio quer os votos do Bolsonaro a qualquer custo”, afirmou ao Correio.

  • Leia também: Anistia a Bolsonaro é rejeitada por 54% dos brasileiros, diz Datafolha

Opinião pública

A ofensiva pela anistia enfrenta ainda o peso da opinião pública. Pesquisa Datafolha divulgada neste ontem, mostra que 54% dos brasileiros rejeitam a possibilidade de perdão ao ex-presidente, contra 39% favoráveis. O índice de rejeição cresce quando a questão envolve os demais condenados pelos atos de 8 de Janeiro: 61% se opõem a qualquer tipo de anistia, enquanto 33% defendem a medida.

O levantamento foi realizado nos dias 8 e 9 de setembro, antes da sentença do STF, com 2.005 entrevistados em 113 municípios. A margem de erro é de dois pontos percentuais. Para o sociólogo Rudá Ricci, cientista político pela Universidade de Campinas (Unicamp), o cenário de aprovação é improvável. “O governo pode até aceitar uma anistia limitada aos chamados ‘peixes pequenos’, mas dificilmente incluirá Bolsonaro. O movimento da oposição é mais uma tentativa de mostrar força do que uma aposta real de vitória”, avaliou. (Com informações da Agência Estado)

Siga o canal do Correio no WhatsApp e receba as principais notícias do dia no seu celular?

COMENTE ABAIXO:
Continue lendo

CIDADES

POLÍTICA

MULHER

POLÍCIA

MAIS LIDAS DA SEMANA