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Mais de 70 corpos são achados após ação no Rio; mortos somam 132. Veja vídeo

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De acordo com o Ministério Público do Rio de Janeiro, subiu para 132 o número de mortos na operação mais letal da história do Rio de Janeiro

Megaoperação no Rio de Janeiro. Moradores empilham e fazem contagem de corpos após operação da polícia contra o CV no Rio de Janeiro.

Rio de Janeiro – A coluna apurou que subiu para 132 o número de pessoas mortas durante a megaoperação deflagrada nessa terça-feira (28/10) contra o Comando Vermelho (CV). A informação foi confirmada pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ). Esta já é considerada a ação policial mais letal da história do estado.

Moradores do Complexo da Penha, na Zona Norte do Rio de Janeiro, levaram ao menos 72 corpos para a Praça São Lucas, no interior da comunidade, na madrugada desta quarta-feira (29/10).
Segundo relatos, os cadáveres foram encontrados na área de mata localizada entre os complexos do Alemão e da Penha, onde, na terça-feira (28), foi realizada a maior e mais letal operação policial da história do estado.
A megaoperação, que mobilizou 2,5 mil policiais civis e militares, escancarou a intensificação do confronto entre o Estado e o Comando Vermelho (CV). Investigadores afirmam que a facção opera com poder de fogo capaz de enfrentar tropas de elite de forma prolongada e coordenada.
Pela primeira vez em uma ação dessa dimensão no Rio, criminosos utilizaram drones adaptados para lançar explosivos contra equipes da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core). A tática, segundo policiais, permitiu monitorar o deslocamento das equipes em tempo real e atingir pontos estratégicos do cerco montado pelo Estado.
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Número de mortes em megaoperação do Rio é 650% maior que média diária de letalidade policial no Brasil

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Enquanto ação no estado resultou em ao menos 124 vítimas, país alcançou média de 17 óbitos por dia em decorrência de intervenções policiais em 2024

Moradores levam 54 corpos para praça do Complexo da Penha. Rio

A megaoperação das polícias Civil e Militar que deixou ao menos 124 mortos nos complexos da Penha e do Alemão, na Zona Norte do Rio de Janeiro, superou em cerca de 650% a média diária de óbitos em decorrência de intervenções policiais no Brasil. No ano passado, conforme informações do Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2024, do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), o país registrou 6.243 pessoas mortas em decorrência de intervenções de policiais militares e civis da ativa, tanto em serviço quanto fora dele, alcançando uma média de 17 óbitos por dia.

Até a noite desta terça-feira, haviam 64 mortes confirmadas, sendo quatro policiais. Ao longo da madrugada e da manhã desta quarta-feira, no entanto, outros 60 corpos foram levados até a Praça São Lucas, na Estrada José Rucas, no Complexo da Penha, na Zona Norte do Rio. Os cadáveres foram retirados da mata da Vacaria, na Serra da Misericórdia, onde ocorreram os confrontos mais violentos entre policiais e traficantes.

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Em 2024, houve uma redução de 3,1% nesse tipo de ocorrência na comparação com o ano anterior, quando o país registrou 6.413 mortes. Do número total obtido no ano passado, 703 foram no estado do Rio de Janeiro, uma média de 1,9 mortes diária devido à intervenções policiais.

A polícia do Amapá segue sendo a mais letal do país, conforme já registrado em levantamentos anteriores, com uma média de 17,1 homicídios a cada 100 mil habitantes. A Bahia vem em seguida, com 10,5 homicídios cometidos por policiais a cada 100 mil habitantes. A cidade com maior número de mortes por agentes das polícias Militar e Civil foi Santo Antônio de Jesus, na Bahia, com uma taxa de 30,2 de morte decorrente de intervenção policial (MDIP) a cada 100 mil habitantes.

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