Medida Provisória foi encaminhada ao Congresso no dia 5 de julho e o prazo de validade se esgota na próxima semana

Lira consulta PT sobre derrubar MP de Guedes e Campos Neto que atende bancos

Publicado em

JUSTIÇA

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), consultou na manhã desta terça-feira (8) interlocutores do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre a possibilidade de deixar caducar uma Medida Provisória formulada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, e pelo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.

Trata-se da MP 1128, que permite que os bancos deduzam na determinação do lucro real e da base de cálculo da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) perdas com créditos não pagos por clientes.

A MP foi encaminhada ao Congresso no dia 5 de julho.

Nesta terça, Lira se reuniu com lideranças da oposição na residência oficial da Câmara dos Deputados em Brasília e se posicionou contrário a MP por entender, segundo parlamentares presentes, que ela favorece os bancos e prejudica os clientes.

O presidente da Câmara disse ainda que o governo Bolsonaro apoiava a medida, mas que se o governo eleito se posicionasse contra ela, não a colocaria para votar o que na prática a derrubaria. Isso porque seu prazo de validade se esgota na semana que vem e o texto ainda precisa passar pelo Senado.

Leia Também:  PGR acha mensagens conspiratórias de coronéis da PM de Brasília; ‘agiram para viabilizar golpe’

Os petistas ficaram de consultar a coordenação da equipe de transição, assim como outros itens da pauta em novembro e dezembro uma vez que Lira deixou claro que só colocará para votar o que atender simultaneamente o governo atual e o eleito.

Lira não se manifestou.

“CNN”

COMENTE ABAIXO:
Propaganda

JUSTIÇA

8 de Janeiro: dos mais de 1,4 mil presos, 141 continuam na cadeia e 44 estão em prisão domiciliar

Publicados

em

Por Reynaldo Turollo Jr,

Estátua 'A Justiça', de Alfredo Ceschiatti, pichada por vândalos do 8 de janeiro, em frente à sede do STF, em Brasília — Foto: Joédson Alves/Agência Brasil

               Estátua ‘A Justiça’, de Alfredo Ceschiatti, pichada por vândalos do 8 de janeiro, em frente à sede do STF, em Brasília — Foto: Joédson Alves/Agência Brasil

Dos mais de 1,4 mil presos do 8 de Janeiro e de outros processos relacionados aos ataques à democracia, 141 permanecem na cadeia e 44 estão em prisão domiciliar — parte desses com tornozeleira eletrônica, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro.

Dos 141 que estão na cadeia, 112 já foram condenados por crimes como golpe de Estado e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito.

Os outros 29 estão em prisão preventiva aguardando o julgamento — incluindo o general Walter Braga Netto, ex-ministro de Bolsonaro.

Os dados são de um levantamento feito pelo Supremo Tribunal Federal (STF) nesta terça-feira (12) a pedido do g1.

Em 8 de janeiro de 2023 e no dia seguinte em frente ao quartel-general do Exército, 1.406 pessoas foram presas em flagrante.

Leia Também:  Ministério da Justiça proíbe venda de iPhone sem carregador de bateria

Após a realização das audiências de custódia ainda naquele mês, o ministro Alexandre de Moraes, relator dos processos no STF, manteve 942 pessoas presas preventivamente.

A maioria já deixou a cadeia porque cometeu crimes menos graves e, por isso, respondeu em liberdade e já cumpriu a pena. Houve também pessoas que fizeram acordo para se livrar do processo e de uma eventual condenação.

Crimes menos graves

Segundo os dados atualizados, 552 investigados pelo 8 de janeiro assinaram Acordo de Não Persecução Penal (ANPP) com a Procuradoria-Geral da República, homologado pelo STF.

Pela lei, o ANPP é possível quando a pessoa é acusada de cometer crimes menos graves, com pena mínima inferior a quatro anos. Esse era o caso da maioria dos presos no acampamento em frente ao QG do Exército, em Brasília, acusados de praticar incitação ao crime e associação criminosa.

Ao fecharem acordo, essas pessoas assumiram os delitos e se comprometeram a cumprir uma série de condições impostas pelo Supremo, como não reincidir, prestar serviços à comunidade e pagar multa de R$ 5 mil.

Leia Também:  TJ concede liberdade a donos de creche acusados de agredir crianças

Dos acusados dos crimes menos graves que não assinaram acordo, 359 foram condenados, mas já não estão na prisão. O tribunal informou que 131 ações foram extintas por cumprimento integral da pena.

Crimes mais graves

Já entre os acusados dos crimes mais graves — tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa e deterioração de patrimônio público —, 279 foram condenados pelo Supremo.

As penas chegam a até 17 anos de prisão, dependendo do nível de envolvimento do réu nos atos violentos.

É nesse grupo que estão os 112 que continuam presos em regime fechado. O restante deixou a cadeia, por exemplo, progredindo de regime.

Somadas, as condenações por crimes menos graves (359) e por crimes mais graves (279) totalizam 638, de acordo com o Supremo. Houve também dez absolvições ao final dos processos.

A Corte informou que arrecadou quase R$ 3 milhões em prestação pecuniária, um valor pago por condenados como parte da punição e destinado à reparação dos danos causados pelos crimes

COMENTE ABAIXO:
Continue lendo

CIDADES

POLÍTICA

MULHER

POLÍCIA

MAIS LIDAS DA SEMANA