JURÍDICO
Encarada em Moraes e post do plenário: as reações de Bolsonaro durante julgamento no STF sobre denúncia do golpe
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Ex-presidente acompanha pessoalmente sessão que analisa se ele se tornará réu
Presente no plenário da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), o ex-presidente Jair Bolsonaro tem alternado momentos em que presta atenção no que dizem os ministros e conversas ao pé do ouvido com seus advogados. Logo no início da sessão que julga se ele se tornará réu por tentativa de golpe, ele postou em uma rede social uma crítica ao processo, comparando o caso a uma partida de futebol em que o juiz “apita contra antes mesmo do jogo começar”.
Durante a primeira parte da sessão, quando ocorreu a leitura do relatório pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, Bolsonaro manteve o telefone celular guardado e manteve o olhar fixo no magistrado.
O ex-presidente acompanha o julgamento com a principal condecoração do Exército presa na lapela do terno, a do Pacificador com Palma – concedida a ele em 2018. De acordo com o site da força, a honraria é dada “a brasileiros que se destacam por atos de bravura, coragem e abnegação”.
O ex-presidente sentou na área central do plenário da Primeira Turma, na primeira fileira da sala, de frente para o procurador-geral da República, Paulo Gonet e o ministro Cristiano Zanin, que preside a Turma. Moraes é o primeiro da esquerda.
Enquanto o relator narrava os crimes imputados a Bolsonaro e falou na organização criminosa liderada por ele, o ex-presidente fez breves comentários com seus dois advogados, sentados ao seu lado, Celso Vilardi e Paulo Cunha Bueno.
Após a leitura do relatório e da sustentação oral pela PGR, quando Vilardi levantou uma questão de ordem para que a sustentação oral da defesa de Mauro Cid fosse feita primeiro, antes das demais, Bolsonaro ajudou o advogado a vestir a toga.
No momento em que os ministros votaram na questão de ordem, Bolsonaro bocejou quando Flávio Dino começou a falar. O ex-presidente não manifestou reação após a negativa dos ministros para esse pedido.
” O globo 100″


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como será o rito do julgamento de Jair Bolsonaro no STF

O julgamento ocorrerá ao longo de três sessões, duas previstas para terça-feira (25/3) e uma na quarta-feira (26/3). Durante essas sessões, os cinco ministros da Primeira Turma decidirão se aceitam ou não a denúncia contra Bolsonaro e seus aliados
O julgamento ocorrerá ao longo de três sessões, duas previstas para amanhã e uma na quarta-feira (26/3). Durante essas sessões, os cinco ministros da Primeira Turma decidirão se aceitam ou não a denúncia contra Bolsonaro e seus aliados. O procedimento segue as normas estabelecidas pela Lei nº 8.038/1990, que regula os processos no STF e no Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Rito do julgamento de Bolsonaro
O julgamento será iniciado com a leitura do relatório pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, que apresentará um resumo sobre o andamento das investigações. Na sequência, a PGR apresentará suas considerações sobre o caso.
O prazo estabelecido para a autora da denúncia é de 30 minutos. O rito é seguido da apresentação de argumentos por parte das defesas, cada uma terá 15 minutos de fala.
A denúncia da PGR foi feita no mês passado, contra Bolsonaro e mais 33 pessoas. O órgão a dividiu em cinco núcleos, que, segundo a PGR estimularam e realizaram atos contra os Três Poderes e contra o Estado Democrático de Direito.Segundo a PGR, Jair Bolsonaro, ex-chefe do Planalto tinha ciência e participação ativa em uma trama golpista para se manter no poder e impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva.
Os denunciados são acusados de organização criminosa armada; tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito; golpe de Estado; dano qualificado pela violência e grave ameaça, contra o patrimônio da União, com considerável prejuízo para a vítima; deterioração de patrimônio tombado.
Até agora, o STF marcou o julgamento de três dos quatro núcleos denunciados pela PGR. Já o julgamento do grupo três ficou para 8 e 9 de abril. O do núcleo dois foi agendado para 29 e 30 de abril e é composto por seis pessoas, entre elas o ex-diretor da PRF, Silvinei Vasques. Dele fazem parte os militares que atuaram ativamente para promover ações que incentivassem a trama golpista.
“CB”