Judiciário e Justiça
Irmã de Deolane namorou traficante ligado ao PCC e à máfia dos Bálcãs
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Fotos e conversas do casal foram usadas em investigação da Polícia Federal sobre tráfico internacional de cocaína em 2017
Dayanne Bezerra, irmã da influenciadora e advogada Deolane Bezerra, manteve namoro com um traficante internacional que possuía ligações com a facção paulista Primeiro Comando da Capital (PCC) e com membros da máfia dos Bálcãs, no Leste Europeu, envolvidos no tráfico de cocaína escondida em contêineres de navios.
Jamiriton Marchiori Calmon, conhecido como Jamir, foi preso pela Polícia Federal (PF) no começo da manhã de 4 de setembro de 2017, no sobrado em que morava na Cidade Patriarca, zona leste de São Paulo, onde dormia na companhia de Dayanne. Quatro anos depois, ele foi condenado por tráfico e organização criminosa.
O Metrópoles foi atrás da investigação da PF contra Jamir e descobriu que Dayanne não foi investigada formalmente, mas diálogos interceptados e fotos do casal acabaram sendo usados no inquérito para confirmar informações. Os investigadores também suspeitavam que ela e sua mãe, Solange Bezerra, poderiam ter sido usadas como laranja no esquema.
Exatamente sete anos depois da prisão de Jamir, no último dia 4 de setembro, Deolane e Solange foram presas em uma operação da Polícia Civil de Pernambuco contra um esquema de lavagem de dinheiro para empresas de apostas esportivas e jogo do bicho.
Apesar de a polícia não ter mencionado uma ligação entre as duas investigações, o delegado responsável pelo caso mais recente, Paulo Gustavo, referiu no pedido das prisões sobre um suposto envolvimento de Solange com o tráfico de drogas. A acusação foi baseada em “mídia negativa”, um termo genérico que abrange notícias e registros nas redes sociais que associam a pessoa a atividades ilegais. Assim como Dayanne, Solange não foi investigada formalmente por tráfico pela PF.
Ao chegar à residência em que Jamir e Dayanne dormiam, a Polícia Federal foi surpreendida por uma tentativa de ocultação de provas, quando alguém arremessou talões de cheque e extratos bancários pela janela do banheiro, que dava para o teto da área de serviço do térreo. No entanto, todos os documentos acabaram apreendidos.
Foi também durante o cumprimento da prisão de Jamir que a PF apreendeu uma Mercedes-benz Gla 200 avaliada em R$ 134 mil, que estava no nome de Solange Bezerra, mãe de Dayanne e Deolane. Os investigadores consideraram que havia “fortes indícios de que o carro foi adquirido com proveito dos crimes de exportação de grande vulto de quantidade de cocaína”. Solange nega envolvimento e até tentou recuperar o carro na Justiça, mas não conseguiu.
Além disso, dentro de um outro veículo na casa de Jamir foram encontrados U$ 386 mil em espécie. Na ocasião, ele disse que era comerciante de eletrônicos, negou envolvimento com tráfico de drogas e garantiu que aquele dinheiro todo era “fruto do trabalho de toda vida”. Enquanto era algemado e conduzido pela equipe da PF, pediu para fazer uma ligação para uma advogada: Deolane Bezerra.
Cocaína em contêineres
Jamir foi preso no contexto da Operação Brabo, uma mega investigação da PF que prendeu cerca de 80 pessoas. O grupo criminoso, que era complexo e tinha vários núcleos, era responsável por enviar remessas de cocaína para o Leste Europeu, escondidas em contêineres de navios.
Segundo relatório do Ministério Público Federal (MPF), os compradores das drogas eram integrantes da facção criminosa PCC e estrangeiros ligados a grupos mafiosos no exterior.
O então namorado de Dayanne Bezerra foi acusado de ser o braço operacional do traficante Ronaldo Bernardo, o Roni, que chefiava o núcleo da organização responsável diretamente pela logística do embarque da cocaína nos navios, de acordo com a PF.
“Metróoles”
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Carla Zambelli diz que deixou o Brasil, dias após ter sido condenada à prisão pelo STF
Por: Guilherme Caetano
A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) afirmou nesta terça-feira, 3, que deixou o Brasil. Ela viajou ao exterior inicialmente para buscar tratamento médico, segundo ela, e vai pedir licença não remunerada de seu mandato na Câmara dos Deputados.
Ela disse estar fora do País há alguns dias, e que vai morar na Europa, onde tem cidadania. Também afirmou ter escolhido o continente como destino para poder atuar pelo fortalecimento da direita nos países da região e “resistir, voltar a ser a Carla que eu era antes das amarras que essa ditadura nos impôs”.
Ela mencionou a articulação feita pelo deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) nos Estados Unidos, onde ele vem se empenhando para tentar influenciar o governo Trump a impor sanções contra autoridades brasileiras, como exemplo do que ela pode fazer na Europa. A declaração foi feita em entrevista ao vivo ao canal do YouTube AuriVerde Brasil nesta manhã.
“Estadão”



