Judiciário e Justiça
Ex-secretário de Saúde é preso e apontado como líder de esquema na Saúde
A operação Sangria 2 foi deflagrada na manhã desta terça-feira (18). 8 mandados de prisão foram expedidos
Judiciário e Justiça

Por Daffiny Delgado e Rafael Costa
O ex-secretário de Saúde de Cuiabá, Huarck Correa, um dos alvos de mandado de prisão, da segunda fase da operação Sangria, deflagrado na manhã desta terça-feira (18), pela Delegacia Especializada de Crimes Fazendários e Contra a Administração Pública (Defaz), é acusado de ser o líder de uma organização criminosa que monopoliza serviços médicos hospitalares em Mato Grosso.
O delegado Lindomar Tofoli efetuou a prisão do ex-secretário municipal em uma chácara em Santo Antônio do Leverger. Ele está sendo conduzido para a sede da delegacia.
As investigações que culminaram na segunda fase da operação ainda apontam que o ex-secretário e médico agiu para favorecer empresas em licitações e ordenou a destruição de provas para prejudicar o trabalho da Polícia Civil.
“Principal articulador, quiçá, o líder da organização criminosa que atua nas frentes de cargos políticos importantes para proporcionar o direcionamento das licitações e serviços de saúde para as empresas Proclin, Prolabore, Qualycare”, diz trecho da decisão que decretou a prisão preventiva de Huark.
No pedido de prisão encaminhado à Justiça, Toffoli descreveu que o ex-secretário é suspeito de integrar uma organização criminosa responsável em fraudar licitações e lavar dinheiro oriundo da corrupção, atuando em conjunto com outros médicos numa promiscuidade de relação do poder público com o setor privado de saúde.
“É sócio de fato dessas empresas, junto com os sócios acionistas Luciano Correa, Marcus Godoy e Fábio Liberali, havendo fortes indícios de organização criminosa, fraudes a licitações, corrupção e lavagem de dinheiro. Atualmente, é o administrador do principal fornecedor do Hospital Municipal São Benedito, mas após as denúncias realizadas na Câmara Municipal de Cuiabá e as recentes medidas cautelares de busca e apreensão deflagradas pela DEFAZ, passou a emitir ordens para seus colaboradores (Kedna, Fabio Taques, Flávio Taques, Adriano e Celita) destruírem provas. Logo, sua prisão é necessária para cessar a ação criminosa, gravidade concreta e conveniência da instrução crimina”, narrou.
Os alvos da operação são; Huark Douglas Correia, Fábio Liberali Weissheimer, Adriano Luiz Sousa, Kedna Iracema Fonteneli Servo, Luciano Correa Ribeiro, Flávio Alexandre Taques da Silva, Fábio Alex Taques Figueiredo e Celita Natalina Liberali.
No entanto, até a publicação desta matéria sete dos alvos já haviam sido presos. Os acusados são investigados por crimes de obstrução à Justiça praticada por organização criminosa e coação no curso do processo.
A Operação
As investigações tiveram início após denúncias referente a um grupo de médicos com participação societária oculta em três empresas de serviços médicos, na Capital e interior do Estado.
As irregularidades eram cometidas em licitações e contratos firmados com as empresas Proclin (Sociedade Mato-Grossense de Assistência Médica em Medicina Interna), Qualycare (Serviços de Saúde e Atendimento Domiciliar LTDA) e a Prox Participações, firmados com o município de Cuiabá e o Estado.
Segundo a apuração, após a deflagração da primeira fase a organização mantém influência dentro da administração pública, com isso estavam coagindo e destruindo provas das irregularidades.
“Destruindo, ocultando, coagindo testemunhas, usando de força política para atrapalhar o levantamento de informações e ainda fazendo pagamentos pendentes com o fim de arredondar documentos para encobrir as fraudes”, disse a delegada titular da Defaz Maria Alice Barros Martins Amorim.
1° Fase
Em sua primeira fase, a operação da Defaz realizou o cumprimento de onze mandados de busca e apreensão, expedidos pela 7ª Vara Criminal de Cuiabá, ocorridos no dia 4 de dezembro.
A princípio a intenção era arrecadar provas documentais para confirmar denúncia referente a organização criminosa. Na ocasião, a residência e escritório de Huarck foram alvos dos mandados.
Fonte: Gazeta MT


Judiciário e Justiça
Delegado que atirou em três mulheres será transferido para a Papuda

Mikhail Rocha E Menezes teve a prisão em flagrante convertida em preventiva após passar por audiência na manhã desta sexta-feira (17/1)
Após passar por audiência de custódia na manhã desta sexta-feira (17/1), o delegado da Polícia Civil (PCDF) Mikhail Rocha e Menezes, 46 anos, teve a prisão em flagrante convertida em preventiva e será transferido para o Complexo Penitenciário da Papuda.
O crime
A barbárie ocorreu na manhã dessa quinta (15/1). Mikhail tomava café na cozinha de casa, no Condomínio Santa Mônica, no Jardim Botânico, quando atirou contra a mulher, Andréa Rodrigues Machado, 40, e a empregada doméstica, Oscelina Moura Neves de Oliveira, 45.
Policiais militares receberam as informações e montaram uma espécie de cerco para a captura do delegado. Na altura da QI 23 do Lago Sul, Mikhael foi abordado, conforme mostra o vídeo. Na filmagem, os PMs montaram uma barreira e deram ordens de parada.
O delegado estava em posse de duas armas de fogo: uma Glock 9 mm, da PCDF, e uma .40 Taurus. A PMDF levou o filho dele e o cachorro aos familiares. Eles passam bem. O servidor foi levado à Corregedoria da PCDF, onde foi registrada a ocorrência. A princípio, Mikhail vai responder por duas tentativas de homicídio e uma tentativa de feminicídio.
Até a última atualização dessa reportagem, as três vítimas seguiam internadas em estado grave.
“CB”
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