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Justiça mantém prisão de Carla Zambelli na Itália

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Deputada permanecerá no presídio de Rebibbia enquanto pedido de extradição não é avaliado

Carla ZambelliCarla Zambelli Crédito: Vinícius Schmidt/ Metrópoles

A deputada licenciada Carla Zambelli (PL-SP) continuará presa na Itália enquanto aguarda o julgamento do pedido de extradição feito pelo Brasil. A decisão foi tomada nesta sexta-feira (1) pela Quarta Seção do Tribunal de Roma, após a primeira análise judicial do caso, equivalente a uma audiência de custódia.

O Tribunal de Apelação confirmou que Zambelli, atualmente detida no presídio de Rebibbia, nos arredores de Roma, seguirá encarcerada até que haja uma nova deliberação sobre o recurso apresentado por sua defesa. A análise do pedido de libertação está prevista para ocorrer em meados de agosto.

A deputada foi presa na última terça-feira (29), após ser localizada pelas autoridades italianas em um apartamento em Roma. Ela constava na lista de procurados da Interpol e foi alvo de uma operação que cercou o prédio para evitar sua fuga. Embora sua defesa alegue que ela se entregou espontaneamente, documentos e registros policiais indicam que a prisão foi efetivada após a intervenção direta da polícia.

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Segundo o advogado Fábio Pagnozzi informou ao portal G1, Zambelli estava no local pintando e lavando o cabelo no momento da chegada dos agentes. Ainda de acordo com ele, ela não resistiu à prisão, recolheu seus remédios e foi conduzida à delegacia.

Carla Zambelli é considerada foragida da Justiça brasileira desde que deixou o país no fim de maio, poucos dias após ser condenada, por unanimidade, pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF). A pena de 10 anos de prisão foi determinada por sua participação na invasão hacker aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ocorrida em janeiro de 2023.

Antes de chegar à Itália, Zambelli passou por Argentina e Estados Unidos. A condenação já transitou em julgado, o que significa que não há mais possibilidade de recursos no Brasil. Com isso, o governo brasileiro formalizou à Itália o pedido de extradição da parlamentar.

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Chefe da União Europeia tem GPS de avião bloqueado e Rússia é suspeita

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Líder do bloco pousou em segurança ma Bulgária; pilotos tiveram que usar mapas de papel para achar lugar da aterrissagem

Ivana Kottasová, da CNN
Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, tem GPS de avião bloqueado
Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, tem GPS de avião bloqueado  • Reprodução/Reuters

Um avião que transportava a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, foi alvo de interferência no sistema de navegação GPS, enquanto tentava pousar na Bulgária no domingo (31), informou um porta-voz da comissão à CNN.

A comitiva recebeu “informações das autoridades búlgaras de que suspeitam que essa interferência flagrante tenha sido realizada pela Rússia”, disse o porta-voz.

O avião pousou em segurança, disse o porta-voz. Uma fonte familiarizada com a situação disse à CNN que os pilotos pousaram o avião usando mapas de papel.

Von der Leyen e a comissão têm sido firmes apoiadores da Ucrânia enquanto Kiev tenta se defender da agressão não provocada da Rússia. Ela foi uma das líderes europeias que participaram da cúpula do presidente dos EUA, Donald Trump, sobre a Ucrânia na semana passada e tem instado consistentemente os Estados-membros da UE a alocarem mais recursos para ajudar a Ucrânia.

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O incidente ocorreu enquanto ela visitava os Estados-membros na parte oriental do bloco para angariar apoio à Ucrânia. “Este incidente ressalta a urgência da atual viagem da presidente aos Estados-membros da linha de frente, onde ela viu em primeira mão as ameaças diárias da Rússia e seus representantes”, disse o porta-voz da comissão à CNN.

CNN entrou em contato com as autoridades búlgaras para obter comentários e solicitou que a Rússia comentasse as alegações.

A interferência do GPS que causa interrupções em voos e tráfego marítimo está há muito tempo entre as ferramentas do arsenal de guerra híbrida da Rússia.

Autoridades dos países escandinavos e bálticos têm afirmado repetidamente que a Rússia vem bloqueando regularmente o sinal de GPS na região. Após uma equipe de pesquisadores na Polônia e na Alemanha estudarem minuciosamente as interferências de GPS por um período de seis meses a partir de junho de 2024, eles também concluíram que a Rússia era a responsável, e que Moscou estava usando uma frota paralela de navios e seu enclave de Kaliningrado para isso.

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A União Europeia já havia sancionado diversas entidades e indivíduos ligados a Estados russos por estarem por trás de incidentes de interferência.

“Isso reforçará ainda mais nosso compromisso inabalável de aumentar nossas capacidades de defesa e o apoio à Ucrânia”, acrescentou o porta-voz.

A viagem à Bulgária fez parte da visita de von der Leyen a vários Estados da União Europeia que fazem fronteira com a Rússia, a Bielorrússia e o Mar Negro.

A viagem teve como objetivo mostrar força e união enquanto a Rússia continua atacando cidades ucranianas e sabotando qualquer tentativa de chegar a um acordo de cessar-fogo.

A presidente visitou a Letônia e a Finlândia na sexta-feira (29), a Estônia no sábado e a Polônia e a Bulgária no domingo. Ela completou a viagem na segunda-feira (1º), visitando a Lituânia e a Romênia.

Em discurso na capital búlgara logo após o incidente aéreo, mas antes que se tornasse público, von der Leyen disse que a Europa precisava “manter o senso de urgência”.

“(O presidente russo Vladimir) Putin não mudou e não mudará. Ele é um predador. Ele só pode ser controlado por meio de uma forte dissuasão”, disse ela.

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