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Mourão é clicado com ex-mulher de traficante que já foi presa pela PF e ficou cara a cara com Moro

Carola Cimini era casada com chefe de quadrilha de tráfico internacional de drogas

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Por: Carol Marques 

RIO —  Recentemente fotografada dando uma colherada de sorvete ao futuro vice-presidente do país, o general Hamilton Mourão, a maquiadora e futura piloto de aviões Carola Cimini já foi presa pela Polícia Federal do Paraná e precisou ficar a cara a cara com o juiz da Lava-Jato, Sergio Moro, confirmado como ministro da Justiça no governo de Jair Bolsonaro (PSL). Em 2014, a Operação Denarius desarticulou uma quadrilha de tráfico internacional de drogas. Carola era casada com Edvaldo Muniz da Silva, o Toni Boiada, apontado à época como chefe da quadrilha e ainda preso.

 Na verdade, já estávamos separados. Me lembro como se fosse hoje. Eu estava dormindo quando os policiais federais chegaram ao meu apartamento. Bateram várias vezes na porta e, quando abri, foram entrando com um mandado de busca e apreensão. Eu não entendi nada. Um delegado mandou eu arrumar uma mala com roupas confortáveis e ir com ele para a sede da PF. Arrumei três. Ele me disse: ‘Bonitona, você não vai viajar pro exterior’. Eu realmente não estava entendendo nada — recorda Carola.

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Ela ficou dez dias presa e foi solta após não encontrarem evidências de seu envolvimento, segundo ela.

— Não acharam nada que me ligasse à quadrilha. Eu realmente não fazia ideia de nada, não tinha nada no meu nome que me comprometesse —  garante:

— Obviamente, eu pensava que podia ter algo errado. Mas o Edvaldo me levava nas fazendas, eu via aquelas cabeças de gado, o patrimônio dele era imenso. Como poderia imaginar que tinha droga envolvida?

Carola Cimini ao lado do futuro vice-presidente general Mourão Foto: Reprodução

Carola Cimini ao lado do futuro vice-presidente general Mourão Foto: Reprodução

Carola chegou a ser processada e ficou cara a cara com o juiz, e agora futuro Ministro da Justiça, Sergio Moro.

— Fui absolvida de tudo. respondi ao processo durante dois anos e ficou provado que nada tinha de errado comigo. Mas isso me atrapalha até hoje. Até para arrumar um namorado —  lamenta ela, que diz ter tido depressão após o episódio.

Enquanto vivia com Edvaldo, Carola conta que recebia dele R$ 30 mil de mesada por mês. Os dois tinham uma união estável e dela tiveram uma filha, hoje com 8 anos.

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 O conheci aos 17 anos. Sou de Rondônia, ele tinha negócios lá, nos apaixonamos e ele me trouxe para o Paraná. Eu era muito ingênua. Só quando tinha oito meses de namoro descobri que ele havia sido preso em 2002, em Campinas. Mas já estava apaixonada — explica.

Nos autos do processo no STF, diz-se que Carola, na época, recebia um salário de R$ 831, e em seu nome havia um apartamento no valor de R$ 192 mil — incompatível, portanto, com seus proventos.

Fonte: O Globo

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Com popularidade em queda Lula é pressionado acelerar reforma ministerial

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Com popularidade em queda Lula é pressionado acelerar reforma ministerial

A ampulheta de Lula para a reforma ministerial está no fim

Governo é pressionado a agilizar mudanças na Esplanada em meio ao aumento na reprovação; Lula mantém estratégia de desconversa

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) quer a pitacos dos presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), nas mudanças na Esplanada dos Ministérios  Foto: Ricardo Stuckert/Presidência da República

A pesquisa Datafolha, que apontou a maior reprovação da história do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ligou o sinal de alerta entre governistas e o Centrão, que avaliam ter chegado ao fim a ampulheta do petista para a reforma ministerial. Na avaliação interna, Lula precisa correr contra o tempo para anunciar as mudanças na Esplanada e evitar o aprofundamento da crise no governo.

À IstoÉ, dois petistas afirmaram que o atraso prejudica a imagem de Lula, aumentando a reprovação, mesmo com as tentativas de mudanças na comunicação do Planalto. De quebra, a demora nas trocas afasta os congressistas de pautas de interesse do Planalto, um dos calos de Lula.

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Em discussão há pelo menos três meses, a reforma ministerial foi prometida para o começo do ano, depois passou para fevereiro e, agora, só deve acontecer depois do carnaval. Até o momento, Lula não deu indicativos das mudanças e, oficialmente, ministros afirmam que o petista não tem o desenho certo da reforma.

As únicas certezas até o momento são que Gleisi Hoffmann assumirá a Secretaria-Geral da Presidência e que Alexandre Padilha deixará a Secretaria de Relações Institucionais. As dúvidas ficam por conta do substituto de Padilha e da alocação de Arthur Lira (Progressistas-AL) e Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Na cabeça de Lula, as trocas devem ser pontuais, mas articuladores do Planalto admitem que a reforma deve ser maior do que o esperado.

Inicialmente, Lira e Pacheco seriam alocados nos ministérios da Agricultura e da Indústria e Comércio, respectivamente. Padilha tende a ir para a Saúde, enquanto Alexandre Silveira (Minas e Energia) e Celso Sabino (Turismo) conseguiram um afago para se manterem nos respectivos cargos. O cenário ainda aponta para mudanças em ministérios como Desenvolvimento Agrário, Mulheres e Ciência e Tecnologia.

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Ao mesmo tempo em que petistas pressionam, correligionários de Lula admitem que a ampulheta está se esgotando com o Centrão. Na avaliação da cúpula, a demora aumenta o poder de barganha do Centrão, que pode avançar na pedida por ministérios maiores, como o da Saúde.

Partidos como PSD e PSB querem maior participação no governo. Enquanto o primeiro quer uma pasta maior que a Pesca, o outro busca mais destaque pela fidelidade dada ao governo Lula.

Ambos os partidos disputam espaços no Ministério da Ciência e Tecnologia, que tem um dos maiores orçamentos da Esplanada.

Já o MDB deve entrar na SRI, no lugar de Padilha, após a interferência do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), que quer o deputado federal Isnaldo Bulhões Júnior (MDB-AL) como o novo chefe do ministério. Outro que deve dar pitacos nas trocas na Esplanada é o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), que já tem indicações no Palácio do Planalto.

“ISTOÉ”

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