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Flávio Taques foge com ajuda de servidora e polícia encontra papeis queimados

O ex-secretário-adjunto de Saúde de Cuiabá está foragido desde terça-feira (18). Ele é acusado de envolvimento em fraudes na Saúde municipal

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Agentes da Delegacia Especializada de Crimes Fazendários e Contra a Administração Pública (Defaz), encontraram documentos queimados no apartamento do ex-secretário-adjunto de saúde de Cuiabá Flavio Alexandre Taques, durante a operação desencadeada na manhã de terça-feira (18), durante a segunda fase da operação Sangria.

Flávio que está sendo considerado foragido da Justiça é acusado de participar de um esquema que monopolizou os serviços da Saúde no Estado.

De acordo com a Polícia Civil, terça-feira pela manhã os policiais foram a dois endereços dele – um em Várzea Grande e outro em Cuiabá -, mas o ex-adjunto não foi encontrado.

Durante revista em um dos endereços do acusado, no condomínio Residencial Mariana, em Cuiabá, foram encontrados diversos documentos queimados dentro da churrasqueira.

Os papeis, mesmo alguns praticamente inelegíveis, foram recolhidos pelos agentes, e encaminhados para análise. A situação foi apontada pela polícia como uma tentativa de eliminar provas do crime.

Servidora ajudou na fuga

Os agentes da Defaz chegaram no edifício às 7h20, e após analisar as câmeras de segurança do local, puderam constatar que Flávio saiu pela garagem do prédio por volta das 7h15.

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Conforme as imagens, a servidora pública Luciana Franco Marcelo Carvalho, foi vista com seu veículo Prisma branco, entrando na garagem do

Divulgação / PJC

Divulgação / PJC

 local. Em seguida, é possível ver Flávio entrando no carro, sem malas, e saindo.

 

Até agora o paradeiro do ex-adjunto é considerado desconhecido. Ainda conforme a polícia, Luciana respondeu a um Termo Circunstanciado de Ocorrência por favorecimento pessoal.

Sangria 2

A operação foi deflagrada contra um grupo que teria sido montado para monopolizar contratos da área de Saúde na Prefeitura de Cuiabá e no Governo do Estado. 

Em sua segunda fase, foram cumpridos oito mandados de prisão após a polícia constatar que os alvos estariam coagindo testemunhas e apagando as provas dos crimes.

As investigações apontaram que Flavio Taques, o ex-secretário municipal de Saúde, Huark Douglas Correa e outras seis pessoas são suspeitos participaram do esquema que monopolizou os serviços da Saúde e atua no Estado há 14 anos, por meio de influência política e econômica, oferecendo propinas, fraudando processos licitatórios e superfaturando contratos administrativos.

De acordo com o delegado Lindomar Aparecido Tofoli, Flávio Taques, atuava com um dos braços-direitos de Huark, dentro do Hospital São Benedito. O ex-secretário está sendo considerado o líder da organização criminosa.

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“Pelo o que foi apurado até agora, Huark é a pessoa que mais influência, a pessoa que mais usa de mecanismo e servidores para atrapalhar a investigação. O Flávio era um dos braços direitos dele lá dentro. Então temos que apurar o que efetivamente está acontecendo”, disse o delegado durante coletiva de imprensa.

O ex-secretário é um dos sócios da empresa Proclin (Sociedade Mato-Grossense de Assistência Médica em Medicina Interna), alvo da primeira e segunda fases da operação.

Também foram expedidos quatro mandados de busca e apreensão, sendo um deles cumprido dentro do Hospital São Benedito e na Secretaria de Saúde de Cuiabá.

A operação é um desdobramento do cumprimento de onze mandados de busca e apreensão, expedidos no dia 4 de dezembro pela 7ª Vara Criminal de Cuiabá para apurar irregularidades em licitações e contratos firmados com as empresas Proclin (Sociedade Mato-Grossense de Assistência Médica em Medicina Interna), Qualycare (Serviços de Saúde e Atendimento Domiciliar LTDA) e a Prox Participações.

Fonte: Gazeta MT

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Copom deve elevar hoje juros para maior nível desde 2016

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Copom deve elevar hoje juros para maior nível desde 2016

Até onde vai a Selic? Copom deve elevar hoje juros para maior nível desde 2016

 

Se não houver surpresas, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) deve elevar nesta quarta-feira, 19, mais uma vez a Selic em 1 ponto percentual, para 14,25%. Com isso, a taxa básica de juros ficará no seu maior patamar desde 2016. 

Dessa forma, as atenções do mercado devem ficar com o comunicado do Banco Central. Na última reunião do Copom, menções à desaceleração da atividade econômica foram a grande surpresa. Apesar disso, os analistas ainda não enxergam uma recessão como provável.

“Recessão em 2025 é muito improvável. O crédito consignado privado e uma safra boa devem prevenir isso. O cenário de desaceleração brasileira que o Copom comentou continua em andamento, mas alguns dados do início do ano sugerem que essa desaceleração não será tão rápida”, comenta Igor Barenboim, economista-chefe da Reach Capital.

A casa projeta uma alta de 1 ponto percentual (p.p.) nesta reunião, seguida por altas de 0,50 p.p. e 0,25 p.p., deixando a taxa básica de juros em 15% no fim do ciclo.

Sérgio Goldenstein, economista-chefe da Warren, frisa que ‘o ponto de atenção é a comunicação’ do Banco Central.

“O Copom deve indicar que antevê como mais adequada, neste momento, a redução do ritmo de ajuste da taxa básica de juros na reunião de maio, refletindo o estágio avançado do ciclo de aperto monetário, cujos efeitos cumulativos se manifestaram ao longo do horizonte relevante”, analisa Goldenstein.

“Nesse sentido, avaliamos como bastante provável que o Copom indique, para a reunião de maio, a redução do ritmo de ajuste da taxa básica de juros”, completa.

A expectativa da casa é por uma redução no ritmo de altas e que a Selic termine o ciclo em 14,75%, dado que após esta reunião do Copom de março, a Selic já esteja ‘em um patamar bastante restritivo’.

Em pesquisa com investidores, o Bank of America (BofA) constatou que dois terços apontam que a taxa de juros atingirá o pico entre 14,25% e 15%. A tese é de que ‘a atividade mais fraca e fortalecimento do Real podem conter as expectativas de inflação no Brasil e abrir caminho para menos aumentos do que o esperado anteriormente’.

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A XP avalia que, do lado baixista, indicadores de atividade ficaram aquém do esperado e a taxa de câmbio se estabilizou mas, por outro lado, a inflação ao produtor e ao consumidor seguem pressionadas, e as expectativas inflacionárias continuam em trajetória de alta.

“Acreditamos que o Copom continuará a descrever o ambiente global como “desafiador”. No lado doméstico, o documento deverá destacar que indicadores de atividade recentemente divulgados ficaram abaixo das expectativas. Esta será uma mudança importante (e dovish) em comparação ao comunicado de janeiro, o qual afirmava que ‘o conjunto dos indicadores de atividade econômica e do mercado de trabalho tem apresentado dinamismo’”, citou a XP.

A expectativa da casa é de uma Selic em 15,50% em junho, após altas de 1p.p., 0,75p.p. e 0,50 p.p. nas próximas três reuniões do Copom

Dólar em queda pode justificar decisões menos restritivas

Desde a última reunião do Copom até então, o câmbio apreciou para cerca de R$ 5,70, após uma volatilidade de semanas anteriores que estava atrelada majoritariamente a fatores externos – incluindo decisões da administração federal dos Estados Unidos.

O dólar fechou cotado a R$ 5,6635 nesta terça-feira, 18, menor cotação desde 24 de outubro.

Em relatório, o Itaú atribui esse movimento à percepção de que a incerteza associada à política econômica nos EUA resultará em um crescimento mais fraco no país. A casa, então, revisou a expectativa do dólar para 2025 de R$ 5,90 para R$ 5,75.

Barenboim, da Reach Capital, destaca que o dólar segue ‘determinante’ para o Copom, e que um dólar em retração ‘seria uma boa justificativa’ para uma política monetária menos restritiva – dovish, no jargão do mercado.

Inflação ainda mostra ‘desancoragem’

O time de pesquisa macroeconômica do Itaú, chefiado por Mario Mesquita, aponta que ‘apesar de uma melhora de dinâmica com relação ao passado recente, ainda permanece um grau relevante de desancoragem’ na inflação.

“Esperamos que o Copom continue a descrever um balanço de riscos assimétrico para cima para a inflação. Com esse pano de fundo, esperamos que as autoridades sinalizem, pelo menos, um novo ajuste, ainda que de menor magnitude, na reunião de maio”, disse a equipe do Itaú.

Goldenstein, da Warren, avalia que ‘as expectativas de inflação noBoletim Focus continuaram a se deteriorar’, mas cita uma eventual ‘reancoragem’ das expectativas a depender da trajetória da atividade econômica.

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“A projeção de inflação do BC utilizará a cotação média de R$ 5,80, ante R$ 6,00 na reunião de janeiro. Esse fator contrabalança o impacto altista da elevação das expectativas de inflação. A persistência do câmbio em patamar mais apreciado conjugada a uma eventual confirmação de um desaquecimento mais forte da atividade doméstica tendem a gerar uma reancoragem parcial das expectativas de inflação ao longo do tempo.”

Sinais ambíguos na atividade econômica

O Itaú avalia que o ritmo de deterioração das expectativas de inflação dá sinais ‘marginais e erráticos de desaceleração’, e que existem ‘sinais ambíguos da atividade econômica’. Nesse contexto, caso o Copom deixe ‘a porta aberta para o final do ciclo de ajuste’, o risco inflacionário poderia ser muito alto.

Na última edição do Boletim Focus, desta segunda-feira, 17, o mercado financeiro cortou as expectativas para o PIB em 2025 e 2026, para 1,99% e 1,6%, respectivamente.

Cristiano Oliveira, Economista-Chefe do Banco Pine, destaca os cortes nas projeções do PIB e frisa que a mediana das expectativas para o crescimento da economia está em 2%, o que ‘parece indicar o ritmo de crescimento potencial estimado ou percebido pelos analistas’.

A casa também projeta alta de 1p.p. para a Selic nesta reunião do Copom, com expectativas de que ‘o comunicado deverá ressaltar aumento da incerteza global com o início do governo Trump 2.0 e deve sinalizar que os próximos passos da política monetária são dependentes dos dados, mas que o BC adotará cautela redobrada por conta do aumento de riscos tanto para a atividade (baixistas) quanto para a inflação (altistas)’.

“ISTOÈ”

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