Decisão do conselho de diretores da Academia vem após ator já ter deixado a instituição
Will Smith é banido do Oscar por 10 anos após tapa em Chris Rock
ENTRETENIMENTO
Por Caio Coletti.
Will Smith não poderá comparecer ao Oscar, ou a qualquer evento promovido pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, até 8 de abril de 2032. O banimento de dez anos foi decidido hoje (8) pelo conselho de diretores da instituição, em uma reunião extraordinária para tratar do assunto.
Na sua nota oficial, a Academia apontou que o Oscar 2022 “deveria ter sido uma celebração dos muitos indivíduos em nossa comunidade que fizeram um trabalho incrível durante o ano“, mas que este objetivo foi “ofuscado pelo comportamento inaceitável e ofensivo do Sr. Smith no palco“.
“Durante a transmissão, nós não conseguimos lidar com a situação de forma adequada. Por isso, pedimos desculpas. Esta foi uma oportunidade para dar um exemplo para os nossos convidados, espectadores e para a família acadêmica ao redor do mundo, e nós não fizemos isso. Estávamos despreparados para algo que não tinha precedentes“, escreveram ainda os diretores.
O texto ainda expressa gratidão a Chris Rock por “manter a compostura sob circunstânaicas extraordinárias“, e aos outros apresentadores, indicados e vencedores por “sua estabilidade e graça durante a transmissão“.
“Esta ação que tomamos em resposta ao comportamento de Will Smith é um passo adiante no objetivo maior de proteger a segurança de nossos artistas e convidados, restaurando a confiança na Academia. Também esperamos poder começar um tempo de cura e restauração para todos os envolvidos e impactados“, completaram.
Respondendo à notícia, Smith liberou uma declaração breve em que diz “aceitar e respeitar” a decisão da Academia.
O americano, que venceu o Oscar de melhor ator por King Richard: Criando Campeãs e foi indicado outras duas vezes ao prêmio, já havia se adiantado às punições da Academia – no último dia 1º de abril, ele enviou uma carta à instituição pedindo pela revogação de sua filiação.
No entanto, artistas que não são membros da Academia ainda podem ser indicados e premiados no Oscar. Com a decisão do conselho, Smith não poderá comparecer à cerimônia na próxima década, mesmo que seu nome apareça novamente na lista de indicações.
Segundo fontes do Deadline, a instituição chegou a considerar uma multa em dinheiro ou mesmo um processo judicial contra Smith por “prejudicar a reputação de marca do Oscar“. O que não foi considerado em nenhum momento, enquanto isso, foi a revogação da estatueta de melhor ator concedida a ele.
Relembre o caso do tapa
Durante o Oscar 2022, Chris Rock improvisou uma piada sobre o visual de Jada Pinkett Smith, atriz e esposa de Will Smith. Ela convive com a doença autoimune alopecia, que causa queda de cabelo, e optou por raspar os cabelos. O comediante a chamou de “G.I. Jane 2”, em uma referência a Até o Limite da Honra, filme de 1997 em que Demi Moore aparece careca.
Smith então subiu no palco e deu um tapa na cara do humorista. Ao voltar ao seu lugar, ele gritou “tire o nome da minha esposa da porra da sua boca”.
No dia após a cerimônia, a Academia se pronunciou sobre o tapa: “A Academia não tolera violência de qualquer forma. […] Temos o prazer de celebrar nossos vencedores do 94º Oscar, que merecem este momento de reconhecimento de seus colegas e amantes do cinema em todo o mundo“, dizia o comunicado
De acordo com a Variety, os representantes de Smith conversaram com ele durante o intervalo da premiação. A Academia revelou que pediu que o ator se retirasse da cerimônia, mas ele se recusou.
Em seu discurso ao vencer Melhor Ator, Smith falou sobre Richard Williams, que ele interpreta em King Richard, e disse que ouviu, no intervalo, um conselho de Denzel Washington. Apesar de longo, o discurso do astro não foi interrompido pelos músicos da cerimônia, algo que foge dos padrões do Oscar. Ele ainda pediu desculpas à Academia pelo episódio da agressão.
“Omelete”
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Criador de ‘Peaky Blinders’ escreverá novo filme de James Bond
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Steven Knight, criador da série “Peaky Blinders”, escreverá o novo aguardado filme de James Bond, anunciou o estúdio Amazon MGM nesta quinta-feira (31).
O roteirista trabalhará com o já anunciado diretor Denis Villeneuve (“Duna”) para trazer o mais famoso espião britânico da ficção de volta à tela grande após uma longa ausência.
A Amazon MGM adquiriu o controle criativo dos filmes do agente 007 em fevereiro e avança rapidamente para colocar a franquia em produção, uma das mais lucrativas de Hollywood.
O último filme de James Bond foi “Sem Tempo para Morrer”, lançado em 2021.
Knight é conhecido por ser a mente por trás da série “Peaky Blinders”, sobre uma gangue britânica ambientada na era industrial no início do século XX, que se tornou um sucesso global.
Com seis temporadas e um filme da Netflix a caminho, “Peaky Blinders” deu novo fôlego à carreira de seu protagonista Cillian Murphy, assim como a seu elenco estelar com figuras como Tom Hardy, Anya Taylor-Joy e Kingsley Ben-Adir.
Knight também contribuiu para a criação do concurso televisivo “Quem Quer Ser Milionário?”, e escreveu quatro romances.
Outros títulos do roteirista oriundo de Birmingham, na Inglaterra, que também trabalhou como produtor e diretor, incluem “Taboo”, “See”, “This Town” e “A Luz que Você Não Pode Ver”.
Os filmes de Bond, baseados nos romances de Ian Fleming, arrecadaram mais de 7 bilhões de dólares (cerca de R$ 40 bilhões, na cotação atual) nas bilheterias globais desde a sua estreia em 1962.
Não se sabe qual será a data de lançamento nem o título da 26ª edição da franquia.
Apesar da especulação frenética entre os fãs, não houve nenhum anúncio sobre o ator que substituirá Daniel Craig no papel principal.
Entre os nomes mencionados estão Aaron Taylor-Johnson, Tom Holland, Harris Dickinson, Jacob Elordi e Ben-Adir, mas a Amazon MGM se recusa a revelar o segredo mais bem guardado da franquia.


