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13 primeiros colocados de concurso para delegado estão envolvidos em fraude

Notas altas dos candidatos na primeira e segunda fase do certame chamou atenção e desencadeou a investigação de esquema

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Por: Larissa Quixabeira 

As polícias civis de Goiás e do Distrito Federal cumpriram sete mandados de prisão na manhã de segunda-feira (30/10) contra pessoas envolvidas em esquema de fraude em concurso público. Os alvos da ação são operadores, captadores e aliciadores de organização que fraudaram certame para delegado substituto da Polícia Civil de Goiás.

Segundo investigações, a quadrilha tentou fraudar concursos públicos e vestibulares de todas as bancas, não se restringindo apenas aos concursos promovidos pelo Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos (Cebraspe) – o antigo Cespe, da Universidade de Brasília.

“Um funcionário da Cebraspe retirava os cartões resposta para posterior preenchimento das respostas corretas. No caso do concurso para delegado, identificamos que 13 vagas foram efetivamente compradas e mais três candidatos tentaram entrar no esquema, mas desistiram” afirmou o titular da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra a Administração Pública (Dercap), André Bottesini. “Todos eles foram ouvidos e, dentro do inquérito, vamos verificar possibilidade de responderem pelo crime”, completou.

De acordo com o delegado responsável pelas investigações em Goiás, Murilo Matos, os 13 primeiros colocados na primeira fase do concurso foram os mesmos concorrentes que compraram as vagas. A expectativa é de que o certame, que está suspenso, seja anulado ao final das investigações. Os alvos da operação responderão pelos crimes de fraude, corrupção, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro.

Do Estado de Goiás foi preso André Luiz dos Santos Pereira, que teria comprado vaga para um dos certames. De acordo com os delegados, André também está envolvido com o caso da moeda virtual Kriptacoin, investigada no âmbito da Operação Patrik.

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“Depois de se envolver com a quadrilha [para adquirir uma vaga em concurso público], André se interessou e passou a ajudar Hélio Ortiz, também aliciando outros candidatos. Mais recentemente, ele atuou de forma mais próxima a Ricardo. André cresceu nessa organização. Inclusive, parte do dinheiro obtido por ele com a fraude em concursos foi investida na Operação Kriptacoin”, explicou o delegado Adriano Valente, da PC-DF.

DF

No Distrito Federal, a polícia investiga fraude no concurso da Secretaria de Educação do Distrito Federal e, por causa dos alvos em comum, as operações foram deflagradas em conjunto.

De acordo com os investigadores, no caso de vestibulares, a quadrilha cobrava entre R$ 80 mil e R$ 160 mil. Já no caso dos concursos públicos, o valor cobrado era de 20 vezes o valor do salário a ser recebido. “Muitos davam um sinal entre R$ 10 mil e R$ 20 mil e, depois de assumirem o cargo, faziam empréstimos consignados para pagar o restante”, explicou o delegado Maurilio Coelho Lima, da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Deco).

Segundo o delegado-chefe adjunto da Deco, Adriano Valente, o chefe da quadrilha é Hélio Ortiz, preso desde a primeira etapa da operação. “Eles tentavam fraudar todos os concursos, não apenas o Cebraspe. Todas as bancas de todos os concursos sofreram tentativas de fraudes. Todos serão objetos de medidas mais duras pela Polícia Civil do Distrito Federal”.

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Até o final da manhã desta segunda (30), três dos cinco mandados de prisão preventiva já haviam sido cumpridos. Um deles é Ricardo da Silva Nascimento, um ex-funcionário do Cebraspe que já havia sido demitido por suspeitas de participação nessa organização. Ricardo trabalhava no Cebraspe desde 2014, e vinha sendo investigado desde 2016.

“É muito importante frisar que o Cebraspe não participa dessa organização criminosa, e que vem colaborando desde o início, trazendo todas informações necessárias para que pudéssemos pedir a prisão preventiva do Ricardo, que era responsável por digitalizar os gabaritos das provas”, disse o delegado Valente.

Valente informou que só nas contas de Ricardo foram movimentados cerca de R$ 1 milhão com essas fraudes em 2016. “Ele recebia o gabarito e, antes de digitalizá-los, preenchia as questões com a resposta correta”, acrescentou.

“A PCDF vai chegar em todos que fraudaram e que entraram pela porta dos fundos em concurso públicos. Inclusive estamos abertos para quem quer evitar o constrangimento de ser conduzido na frente de familiares ou de colegas de trabalho. Nossa sugestão é que nos procurem antes que isso aconteça, porque temos algumas confissões que explicaram todo o passo a passo”, acrescentou o investigador. Segundo Valente, há mais de 100 suspeitos praticamente confirmados. Alguns dos ouvidos, inclusive, já teriam até mesmo confirmado o cometimento do crime.

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Governo desmente notícia de que arroz importado é de plástico ou contaminado

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BRASÍLIA – O Ministério da Agricultura  desmentiu nesta quarta-feira, 29, em nota, uma notícia falsa de que o arroz importado está contaminado ou é de plástico. Segundo a pasta, as alegações são mentirosas. “O Ministério da Agricultura fiscaliza alimentos que entram no País, e o edital da Conab especifica o tipo de arroz a ser adquirido”, esclarece a pasta.

O ministério lembrou que a autorização do governo para a importação de até 1 milhão de toneladas de cereal beneficiado pela  Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) visa garantir o abastecimento alimentar em todo o território nacional, que poderia ser comprometido pelos impactos das enchentes à produção gaúcha.

“Diante dessas medidas, produtores de desinformação criaram narrativas inverídicas sobre o produto a ser importado. Dentre esses boatos, existe a alegação de que o arroz importado seria contaminado por vermes, vírus ou outros parasitas nocivos ao ser humano. A legislação brasileira e os acordos internacionais para o trânsito de produtos vegetais e insumos agrícolas entre países estabelecem regras para garantia da qualidade, segurança e conformidade dos produtos, bem como a avaliação do risco de disseminação de pragas”, esclareceu o ministério.

A governo ressaltou que, no Brasil, a fiscalização e o controle são feitos por meio do Sistema de Vigilância Agropecuária Internacional (Vigiagro) do Ministério da Agricultura. “Os procedimentos e exigências fitossanitárias são específicos para cada tipo de mercadoria, incluindo sementes e mudas, bebidas, alimentos e insumos agropecuários”, acrescentou.

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Segundo o ministério, também é mentira que o arroz importado seria “de plástico”. “O aviso de compra pública divulgado pela Conab para aquisição do grão é explícito ao especificar como objeto ‘arroz beneficiado, polido, longo fino, tipo 1, safra 2023/2024′?, diz a nota.

A oferta de arroz no País, segundo o governo, é regulamentada pela instrução normativa 6/2009. A norma reconhece apenas grãos provenientes da espécie Oryza sativa L. e classifica o produto em dois grupos: arroz em casca (natural ou parbolizado) e arroz beneficiado (integral, polido, parbolizado integral e parbolizado polido).

Supermercados

O governo federal estima que o arroz que será importado pela Conab deve chegar às gôndolas dos supermercados em até 40 dias, segundo o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro.

“O tempo de chegada vai depender do local do fornecedor do arroz, porque, se vier da Ásia, demora um pouco mais que o dos players do Mercosul. Acredito que em 30 a 40 dias esse arroz estará nas gôndolas dos supermercados ao consumidor”, disse Fávaro, em entrevista ao programa Bom Dia, Ministro da EBC.

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O arroz importado pelo governo será comercializado a R$ 20 por pacote de 5kg, com identificação do governo federal, embalado na origem e preço tabelado, segundo Fávaro. O arroz a ser comprado será o agulhinha tipo 1.

“A medida provisória do Executivo autorizou compra de até 1 milhão de toneladas. Iremos comprar somente o necessário até o mercado se estabilizar mantendo níveis razoáveis de preço ao consumidor”, afirmou. Segundo ele, não haverá racionamento na quantidade de venda por consumidor.

O ministro refutou a ideia de que a medida para importação do arroz pelo governo seja intervenção estatal. “O governo não quer intervir no mercado, mas o mercado deve voltar logo ao preço justo com o combate à especulação. Estamos longe de qualquer intervenção, até porque se o Brasil produz em torno de 10,5 milhões de toneladas de arroz, 300 mil toneladas não farão intervenção”, defendeu.

Ele também disse que o governo não planeja afrontar os produtores com a medida. “Sabemos que o Rio Grande do Sul tem estoque suficiente e não há risco de desabastecimento, mas o governo precisa coibir a especulação. O preço do arroz subiu de 30% a 40% em um mês, o que é inconcebível. Não precisaríamos importar se tivesse situação normal”, disse.

“MSN”

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