Mato Grosso

Suinocultores de Mato Grosso terão 100% de incentivo para retenção de matrizes suínas

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Agronegócios

Os suinocultores mato-grossenses terão 100% de incentivo das linhas de crédito do Fundo Constitucional de Financiamento do Centro Oeste (FCO) para a retenção de matrizes suínas com idade de seis meses a 40 meses. A aprovação foi definida por meio da resolução nº 048/2021 do Conselho Estadual de Desenvolvimento Econômico de Mato Grosso (Codem) que estabeleceu os novos critérios de referência para a cadeia produtiva.

O preço da matriz suína reprodutora para retenção também sofreu alteração, passou de R$ 380,00 para R$ 2.250,00, valor a ser considerado para concessão do fundo. Os cálculos foram baseados nos altos preços das commodities usadas na alimentação dos animais, a ração é composta por soja e milho, que conforme o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), de janeiro de 2020 ao mesmo período de 2021, subiram respectivamente 155% e 88%.

Os parâmetros recém-definidos estabelecem que o novo valor de referência para retenção de matriz suína será composto pela multiplicação da média de peso de matrizes que tem como base 250 quilos (critério Embrapa suínos e aves) multiplicado pelo valor atual do quilo do suíno vivo comercializado (disponibilizado no site do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária-Imea) e o seu resultado multiplicado pelo fator de 1.5 matriz/ano, obtendo assim, 100% do valor de referência para efeitos de retenção com recursos do fundo.

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Entenda observando o modelo da tabela abaixo:

Peso Kg médio matriz: 250 kg

Valor do Kg suíno vivo(Imea): R$ 6,00

Valor para retenção de matriz: R$ 1.500

Multiplicado por fator 1,5 matriz: R$ 2.250,00

Valor 100% para retenção de matriz suína via FCO: R$ 2.250,00

(Dados de referência do dia em que foi elaborada a tabela)

A medida atende à demanda da Associação dos Criadores de Suínos de Mato Grosso (Acrismat) que alegava prejuízos do setor devido aos altos custos de produção da carne suína, em função do valor da ração.

“Após analisarmos a solicitação e estudos apresentados foi elaborada uma nota técnica e a partir desses dados decidimos alterar os percentuais do FCO, de modo que irão favorecer o setor granjeiro. Sabemos das dificuldades do custeio de produção da suinocultura e que esse incentivo irá impulsionar a cadeia de retenção de matrizes. O reajuste da matriz reprodutora também era muito necessário, já que desde 2016 o preço era o mesmo, estava defasado”, explica o secretário de Desenvolvimento Econômico de Mato Grosso e presidente do Codem, César Miranda.

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Dados

Segundo dados do Indea-MT, a suinocultura mato-grossense é uma das áreas da pecuária em crescente desenvolvimento no estado com rebanho de aproximadamente 3,32 milhões cabeças, em 2021.

“Guarantã News”

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Agronegócios

Alta nos fertilizantes pressiona produtores e encarece a safra 2025/26 no Brasil

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Preços de ureia, MAP e cloreto de potássio disparam nos portos brasileiros

Alta nos fertilizantes pressiona produtores e encarece a safra 2025/26 no Brasil

Os custos dos fertilizantes no Brasil têm registrado forte alta nos meses que antecedem a safra 2025/26, elevando a pressão sobre os produtores. Segundo o relatório semanal da StoneX, entre janeiro e meados de agosto, os preços da ureia subiram cerca de 33%, o MAP (fosfatado amplamente usado no país) avançou 19% e o cloreto de potássio registrou alta de 20% nos portos brasileiros.

Relação de troca entre insumos e grãos atinge patamar crítico

O aumento nos preços impacta diretamente a rentabilidade dos produtores. De acordo com Tomás Pernías, analista de Inteligência de Mercado, a relação de troca entre a soja e o MAP está nos piores níveis dos últimos anos, desestimulando o consumo do fertilizante e obrigando os agricultores a adotarem maior cautela na compra de insumos.

“A demanda indiana tem sustentado as cotações do nitrogenado, e a queda do preço do milho reduz a atratividade das relações de troca no Brasil”, explica Pernías.

Alternativas para reduzir custos

Diante do cenário, importadores brasileiros têm buscado alternativas para contornar a pressão de preços. Entre os nitrogenados, o sulfato de amônio é a opção mais procurada. Já entre os fosfatados, os fertilizantes TSP e SSP têm sido utilizados como substitutos do MAP.

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Mesmo com essas alternativas, a aproximação da safra tende a reforçar a pressão sobre os preços no mercado interno, tornando essencial o gerenciamento de custos e riscos por parte dos produtores. Além disso, condições de crédito mais onerosas em 2025 aumentam o desafio financeiro para viabilizar a próxima safra.

Escalada global dos fertilizantes

O aumento de preços não é exclusivo do Brasil. “A Índia, em plena safra Kharif, e os Estados Unidos — mesmo fora de sua alta temporada de compras — também enfrentam preços elevados no complexo NPK”, afirma Pernías.

O movimento de alta está ligado ao aperto entre oferta e demanda global. A China, tradicional fornecedora mundial, restringe exportações para garantir abastecimento interno, enquanto a forte demanda da Índia sustenta os preços internacionais.

Incertezas geopolíticas impactam abastecimento

O cenário internacional também traz desafios para o mercado brasileiro. Tarifas anunciadas pelos Estados Unidos sobre produtos indianos, em reação a fluxos comerciais favoráveis à Rússia, geram alertas entre compradores no Brasil.

“Em 2024, a Rússia foi a principal fornecedora de fertilizantes ao Brasil. Qualquer mudança nas dinâmicas comerciais globais pode afetar diretamente o abastecimento nacional”, conclui Pernías.

Fonte: Portal do Agronegócio

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