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Safrinha recorde de milho deve pressionar ainda mais as cotações no Brasil

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De acordo com a SAFRAS Consultoria, a proximidade do ingresso de uma safrinha recorde no mercado, com volume previsto superior a 97,8 milhões de toneladas, deixa os consumidores ainda mais retraídos nas intenções de compra do cereal.

O analista de SAFRAS & Mercado, Paulo Molinari, ressaltou que os preços do cereal ainda podem não ter “chegado ao fundo do poço”. “A colheita da safrinha iniciou no Mato Grosso, ainda é lenta, mas deve ganhar forma a partir de junho. Assim, é possível que as cotações venham a cair ainda mais, até levando em conta o cenário internacional, uma vez que o plantio e o desenvolvimento da safra norte-americana estão muito bons até agora”, avalia.

Em meio à perspectiva de uma safra recorde no Brasil na temporada 2022/23, com volumes previstos acima de 136,9 milhões de toneladas, segundo SAFRAS & Mercado, e com maiores dificuldades na exportação com o atraso nos embarques de soja, a tendência é de que o quadro de pressão nas cotações do milho perdure no curto e médio prazo.

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O valor médio da saca de milho foi cotado ontem (25) a R$ 54,20, frente aos R$ 55,39 registrados na semana passada, queda de 2,15%. No mercado disponível ao produtor, o preço do milho em Cascavel, Paraná, foi cotado a R$ 55,00, estável frente à semana passada na base de venda. Em Campinas/CIF, a cotação seguiu em R$ 58,00 a saca. Na região Mogiana paulista, o cereal durante a semana continuou em R$ 53,00 a saca.

Em Rondonópolis, Mato Grosso, a cotação da saca seguiu cotada a R$ 49,00 na semana. Já em Erechim, Rio Grande do Sul, o preço no balanço semanal retrocedeu 3,17%, de R$ 63,00 para R$ 61,00 a saca na venda.

Em Uberlândia, Minas Gerais, o preço na venda na semana retrocedeu 9,26%, de R$ 54,00 para R$ 49,00 a saca. E em Rio Verde, Goiás, o preço na venda seguiu em R$ 50,00 a saca.

Exportações de milho seguem enfraquecidas em maio

As exportações de milho do Brasil apresentaram receita de US$ 57,055 milhões em maio (14 dias úteis), com média diária de US$ 4,075 milhões. A quantidade total de milho exportada pelo país ficou em 149,999 mil toneladas, com média de 10,714 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 380,40.

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Em relação a maio de 2022, houve baixa de 76,1% no valor médio diário da exportação, retração de 78,3% na quantidade média diária exportada e valorização de 10,3% no preço médio. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.

“Agência SAFRAS”

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Soja inicia semana com avanço do plantio no Brasil e volatilidade nos preços internacionais

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Produção segue firme nos estados do Centro-Sul, enquanto o mercado global reage à incerteza nas compras da China e oscilações no óleo e farelo de soja

Soja inicia semana com avanço do plantio no Brasil e volatilidade nos preços internacionais
Avanço do plantio e estabilidade de preços no Sul do Brasil

O início da semana foi marcado por avanços significativos no plantio da soja nas principais regiões produtoras do Brasil. Segundo dados da TF Agroeconômica, o Paraná mantém o melhor quadro produtivo da região Sul, impulsionado pela liberação das áreas de trigo e pela boa regularidade climática.

Em Paranaguá, a saca foi cotada a R$ 142,00 (+0,15%), enquanto em Cascavel o preço ficou em R$ 129,77 (-0,68%). Em Maringá, a cotação chegou a R$ 130,59 (-0,31%), e em Ponta Grossa, R$ 133,26 (-0,15%) por saca FOB. No balcão, os preços locais ficaram em torno de R$ 120,00.

No Rio Grande do Sul, o avanço do plantio ocorre em meio à recuperação das lavouras após um período de excesso de umidade. Os preços no porto foram reportados a R$ 144,00/sc (+2,86%), e no interior do estado, em torno de R$ 133,00/sc (+1,53%), com destaque para Passo Fundo, que chegou a R$ 137,00/sc (+4,58%).

Já em Santa Catarina, o mercado se manteve estável, refletindo um ambiente de cautela entre produtores e compradores. No porto de São Francisco do Sul, a saca foi negociada a R$ 140,53 (+0,38%).

Mato Grosso e Mato Grosso do Sul concluem plantio com boas perspectivas

No Centro-Oeste, o ritmo do plantio é considerado exemplar. Em Mato Grosso do Sul, as lavouras estão praticamente concluídas e com desempenho amplamente favorável. As estruturas de armazenamento operam com tranquilidade, permitindo um ritmo de comercialização moderado.

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Em Dourados, a saca foi cotada a R$ 126,05 (+0,28%), valor repetido em Campo Grande, Maracaju e Sidrolândia, enquanto em Chapadão do Sul a cotação ficou em R$ 123,31 (-0,36%).

O Mato Grosso, maior produtor nacional, também encerrou o plantio em quase todas as regiões. Em Campo Verde e Rondonópolis, o preço foi de R$ 123,16 (-0,19%); em Lucas do Rio Verde e Nova Mutum, R$ 119,05 (+0,08%); e em Primavera do Leste, R$ 123,16 (-0,19%).

Soja se recupera em Chicago após quedas anteriores

Na Bolsa de Chicago (CBOT), os contratos futuros da soja registraram recuperação nesta terça-feira (2), revertendo as perdas da sessão anterior. Por volta das 6h50 (horário de Brasília), as altas variavam entre 4,50 e 5,75 pontos, com o vencimento janeiro cotado a US$ 11,33/bushel e o maio a US$ 11,52/bushel.

Enquanto o farelo de soja operava de forma estável após quedas de mais de 1% na véspera, o óleo de soja avançava cerca de 0,5%, contribuindo para a valorização do grão.

A volatilidade no mercado segue alta, impulsionada por fatores geopolíticos e pela incerteza em torno da demanda chinesa. A expectativa de novos acordos comerciais entre Estados Unidos, China e Japão também influencia as decisões dos investidores. Além disso, as condições climáticas no Brasil, que já provocaram perda do teto produtivo da safra 2025/26, permanecem no centro das atenções.

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Pressão externa volta a derrubar preços em Chicago

Apesar da recuperação pontual, o mercado internacional de soja ainda enfrenta pressão. A falta de novas compras pela China e o ritmo lento das exportações norte-americanas levaram a nova queda nas cotações.

De acordo com a TF Agroeconômica, o contrato janeiro recuou 0,86%, o março caiu 0,70% e o farelo de dezembro teve baixa de 1,05%, enquanto apenas o óleo de soja manteve leve alta de 0,58%.

A consultoria destaca que, para cumprir o volume anunciado após as negociações entre os governos chinês e norte-americano, a China precisaria manter um ritmo de compras de 250 mil toneladas diárias até o fim do ano. No entanto, a ausência de novas aquisições tem ampliado a cautela dos investidores e provocado liquidações de lucro.

No acumulado do ano, os compromissos de vendas externas dos EUA estão 37,6% abaixo do registrado em 2024, enquanto os embarques — que refletem as exportações efetivas — recuaram 45,61% no mesmo período.

No Brasil, o avanço do plantio e as previsões de safra recorde contribuem para reforçar a pressão baixista sobre os preços em Chicago, consolidando um cenário de ajustes no curto prazo.

Fonte: Portal do Agronegócio

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