Com o dólar em alta consistente e Chicago estendendo os ganhos, o mercado brasileiro de soja abre a quinta-feira com preços firmes. A tendência é de um dia mais movimentado em termos de negócios

Alta de Chicago e do dólar devem sustentar preços domésticos da soja

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AGRONEGÓCIOS

A quarta foi de poucos negócios e preços regionalizados. A volatilidade do dólar prejudicou a comercialização, apesar da firmeza em Chicago.

Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos recuou de R$ 196,00 para R$ 194,00. Na região das Missões, a cotação recuou de R$ 196,00 para R$ 193,00. No Porto de Rio Grande, o preço baixou de R$ 198,00 para R$ 196,00.

Em Cascavel, no Paraná, o preço baixou de R$ 188,00 a saca para R$ 187,00. No porto de Paranaguá (PR), a saca caiu de R$ 195,00 para R$ 194,00.

Em Rondonópolis (MT), a saca permaneceu em R$ 178,00. Em Dourados (MS), a cotação caiu de R$ 181,00 para R$ 180,00. Em Rio Verde (GO), a saca estabilizou em R$ 172,00.

CHICAGO

Os contratos com vencimento em julho registram alta de 0,76% a US$ 16,53 por bushel.

O mercado estende os ganhos da quarta-feira, à espera das exportações semanais norte-americanas, que saem às 9h30 (horário de Brasília). Analistas esperam entre 400 mil e 1,575 milhão de toneladas.

A alta do petróleo e dos óleos vegetais sustenta o mercado.

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Após o prolongado feriado, a aposta é de aumento na demanda chinesa, o que ajuda na alta.

PREMIOS

Os prêmios de exportação da soja estavam em 110 a 145 pontos acima de Chicago no final da quarta no Porto de Paranaguá, para maio. Para junho, o prêmio era de 130 a 135 acima. Para julho, o prêmio estava em 147 a 152 pontos acima, conforme dados de SAFRAS & Mercado.

Os prêmios subiram e houve maior atividade em Paranaguá. Em Santos, o ritmo foi mais lento. A elevação reflete a expectativa de retomada das compras chinesas, após o prolongado feriado. Com isso e com a alta de Chicago, os preços FOB subiram.

CÂMBIO

O dólar comercial registra alta de 0,95% a R$ 4,949. O Dollar Index registra alta de 0,75% a 103,36 pontos.

INDICADORES FINANCEIROS

As principais bolsas da Ásia encerraram mistas. Xangai retornou do feriado com alta de 0,68%. Em Tóquio, não houve sessão por feriado.

As principais bolsas na Europa registram índices firmes. Londres, +1,55% e Paris, +1,88%.

O petróleo opera em alta. Junho do WTI em NY: US$ 109,26 o barril (+1,35%).

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AGENDA

    • Exportações semanais de grãos dos EUA – USDA, 9h30min.
    • Dados de desenvolvimento das lavouras argentinas – Bolsa de Cereais de Buenos Aires, 15hs.
    • Dados das lavouras no Rio Grande do Sul – Emater, na parte da tarde.
    • Resultados financeiros da Petrobras e da Rumo, após o fechamento do mercado.
  • Sexta-feira (6/05)
    • Alemanha: A produção industrial de março será publicada às 3h pelo Destatis.
    • A Fundação Getulio Vargas (FGV) divulga, às 8h, o Indice Geral de Preços
    • Disponibilidade Interna (IGP-DI) referente a abril. 
    • Relatório de condições das lavouras da Argentina – Ministério da Agricultura, na parte da manhã.
    • EUA: O número de empregos criados ou perdidos pela economia (payroll) e a taxa de desemprego referentes a abril serão publicados às 9h30 pelo
    • Departamento do Trabalho.
    • A Anfavea divulga às 10h o resultado das vendas, produção e exportação de veículos referente a abril.
    • Dados de desenvolvimento das lavouras no Mato Grosso – Imea, na parte da tarde.

“Portal do Agroneócio”

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AGRONEGÓCIOS

Soja inicia semana com avanço do plantio no Brasil e volatilidade nos preços internacionais

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Produção segue firme nos estados do Centro-Sul, enquanto o mercado global reage à incerteza nas compras da China e oscilações no óleo e farelo de soja

Soja inicia semana com avanço do plantio no Brasil e volatilidade nos preços internacionais
Avanço do plantio e estabilidade de preços no Sul do Brasil

O início da semana foi marcado por avanços significativos no plantio da soja nas principais regiões produtoras do Brasil. Segundo dados da TF Agroeconômica, o Paraná mantém o melhor quadro produtivo da região Sul, impulsionado pela liberação das áreas de trigo e pela boa regularidade climática.

Em Paranaguá, a saca foi cotada a R$ 142,00 (+0,15%), enquanto em Cascavel o preço ficou em R$ 129,77 (-0,68%). Em Maringá, a cotação chegou a R$ 130,59 (-0,31%), e em Ponta Grossa, R$ 133,26 (-0,15%) por saca FOB. No balcão, os preços locais ficaram em torno de R$ 120,00.

No Rio Grande do Sul, o avanço do plantio ocorre em meio à recuperação das lavouras após um período de excesso de umidade. Os preços no porto foram reportados a R$ 144,00/sc (+2,86%), e no interior do estado, em torno de R$ 133,00/sc (+1,53%), com destaque para Passo Fundo, que chegou a R$ 137,00/sc (+4,58%).

Já em Santa Catarina, o mercado se manteve estável, refletindo um ambiente de cautela entre produtores e compradores. No porto de São Francisco do Sul, a saca foi negociada a R$ 140,53 (+0,38%).

Mato Grosso e Mato Grosso do Sul concluem plantio com boas perspectivas

No Centro-Oeste, o ritmo do plantio é considerado exemplar. Em Mato Grosso do Sul, as lavouras estão praticamente concluídas e com desempenho amplamente favorável. As estruturas de armazenamento operam com tranquilidade, permitindo um ritmo de comercialização moderado.

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Em Dourados, a saca foi cotada a R$ 126,05 (+0,28%), valor repetido em Campo Grande, Maracaju e Sidrolândia, enquanto em Chapadão do Sul a cotação ficou em R$ 123,31 (-0,36%).

O Mato Grosso, maior produtor nacional, também encerrou o plantio em quase todas as regiões. Em Campo Verde e Rondonópolis, o preço foi de R$ 123,16 (-0,19%); em Lucas do Rio Verde e Nova Mutum, R$ 119,05 (+0,08%); e em Primavera do Leste, R$ 123,16 (-0,19%).

Soja se recupera em Chicago após quedas anteriores

Na Bolsa de Chicago (CBOT), os contratos futuros da soja registraram recuperação nesta terça-feira (2), revertendo as perdas da sessão anterior. Por volta das 6h50 (horário de Brasília), as altas variavam entre 4,50 e 5,75 pontos, com o vencimento janeiro cotado a US$ 11,33/bushel e o maio a US$ 11,52/bushel.

Enquanto o farelo de soja operava de forma estável após quedas de mais de 1% na véspera, o óleo de soja avançava cerca de 0,5%, contribuindo para a valorização do grão.

A volatilidade no mercado segue alta, impulsionada por fatores geopolíticos e pela incerteza em torno da demanda chinesa. A expectativa de novos acordos comerciais entre Estados Unidos, China e Japão também influencia as decisões dos investidores. Além disso, as condições climáticas no Brasil, que já provocaram perda do teto produtivo da safra 2025/26, permanecem no centro das atenções.

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Pressão externa volta a derrubar preços em Chicago

Apesar da recuperação pontual, o mercado internacional de soja ainda enfrenta pressão. A falta de novas compras pela China e o ritmo lento das exportações norte-americanas levaram a nova queda nas cotações.

De acordo com a TF Agroeconômica, o contrato janeiro recuou 0,86%, o março caiu 0,70% e o farelo de dezembro teve baixa de 1,05%, enquanto apenas o óleo de soja manteve leve alta de 0,58%.

A consultoria destaca que, para cumprir o volume anunciado após as negociações entre os governos chinês e norte-americano, a China precisaria manter um ritmo de compras de 250 mil toneladas diárias até o fim do ano. No entanto, a ausência de novas aquisições tem ampliado a cautela dos investidores e provocado liquidações de lucro.

No acumulado do ano, os compromissos de vendas externas dos EUA estão 37,6% abaixo do registrado em 2024, enquanto os embarques — que refletem as exportações efetivas — recuaram 45,61% no mesmo período.

No Brasil, o avanço do plantio e as previsões de safra recorde contribuem para reforçar a pressão baixista sobre os preços em Chicago, consolidando um cenário de ajustes no curto prazo.

Fonte: Portal do Agronegócio

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