Agronegócios
Novo Desafio de Máxima Produtividade de Soja 2024/25: Sojicultores Visam Superar 100 Sacas por Hectare
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Com 4.725 inscrições, iniciativa do CESB almeja elevar a produtividade da soja e consolidar o Brasil como líder mundial no setor
O Desafio Nacional de Máxima Produtividade de Soja, tradicionalmente organizado pelo Comitê Estratégico Soja Brasil (CESB), registra um novo marco com a adesão de 4.725 sojicultores para a safra 2024/25, reafirmando o compromisso da sojicultura brasileira com inovação e altos índices de produtividade. Este recorde reflete o esforço contínuo dos produtores em superar desafios e alcançar a excelência no cultivo da soja.
Ao longo das últimas safras, as médias de produtividade dos participantes do Desafio têm apresentado uma evolução constante, o que levou o CESB a revisar o patamar de auditoria. Anteriormente fixado em 95 sacas por hectare, o novo objetivo estabelecido para 2024/25 é de 100 sacas por hectare, visando estimular ainda mais o aumento da produtividade no setor.
Marcelo Habe, presidente do CESB, destaca a importância de manter as metas de crescimento. “Apesar dos desafios climáticos enfrentados na última safra, as práticas de alta produtividade mostraram-se resilientes, sustentáveis e eficazes em momentos críticos”, observa. Habe prevê uma safra de 2024/25 com resultados melhores que a anterior, mesmo com o atraso no plantio, e aposta na possibilidade de superar a marca de 140 sacas por hectare.
Manejo Agrícola e Resiliência
Mesmo com a volatilidade climática, a Coordenadora Técnica do CESB, Lorena Moura, ressalta que os produtores participantes do Desafio são reconhecidos pelo manejo agrícola diferenciado, o que confere maior resiliência ao sistema produtivo. “Esses produtores, mesmo em safras anteriores enfrentando dificuldades, mantiveram excelentes índices de produtividade. Para a safra 2024/25, esperamos que novos recordes sejam alcançados”, afirma Lorena.
Estímulo ao Espírito Competitivo
Uma das mudanças significativas na edição 2024/25 do Desafio é a atualização do patamar de produtividade para 100 sacas por hectare. Para produções que atinjam esse novo nível, o CESB continuará a cobrir os custos de auditoria. No entanto, para aqueles que ficarem abaixo desse patamar, o custo da auditoria será de responsabilidade do participante. Esta mudança visa intensificar o espírito competitivo e incentivar os produtores a buscar novos níveis de excelência.
O CESB reforça que esta atualização não apenas motiva os sojicultores a superarem seus próprios limites, mas também consolida o compromisso da instituição com a inovação e a melhoria contínua da sojicultura no Brasil. A elevação do patamar é vista como uma oportunidade para os produtores alcançarem resultados ainda mais expressivos, solidificando o Brasil como líder global na produção de soja.
Transparência e Rigor no Processo de Auditoria
Luiz Silva, Diretor Executivo do CESB, explica que a auditoria do Desafio segue rigorosos protocolos que garantem total transparência. “A cada ano, avaliamos o processo de auditagem para aprimorar a metodologia, garantindo que os auditores estejam sempre atualizados e capacitados para aplicar as novas regras do Desafio”, afirma Silva.
Ao final do processo, todos os participantes receberão um laudo técnico detalhado, que incluirá informações sobre a área auditada, práticas de manejo adotadas, georreferenciamento, registro fotográfico e um certificado de participação, com a classificação nacional, regional e estadual no Desafio.
Atentem-se às Datas Importantes
O CESB informa que as auditorias para a safra 2024/25 devem ser acionadas até 15 de abril de 2025, com realização até 25 de abril de 2025. Sojicultores interessados devem ficar atentos aos prazos para garantir sua participação no Desafio Nacional de Máxima Produtividade de Soja.
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Alta nos fertilizantes pressiona produtores e encarece a safra 2025/26 no Brasil
Preços de ureia, MAP e cloreto de potássio disparam nos portos brasileiros

Os custos dos fertilizantes no Brasil têm registrado forte alta nos meses que antecedem a safra 2025/26, elevando a pressão sobre os produtores. Segundo o relatório semanal da StoneX, entre janeiro e meados de agosto, os preços da ureia subiram cerca de 33%, o MAP (fosfatado amplamente usado no país) avançou 19% e o cloreto de potássio registrou alta de 20% nos portos brasileiros.
Relação de troca entre insumos e grãos atinge patamar crítico
O aumento nos preços impacta diretamente a rentabilidade dos produtores. De acordo com Tomás Pernías, analista de Inteligência de Mercado, a relação de troca entre a soja e o MAP está nos piores níveis dos últimos anos, desestimulando o consumo do fertilizante e obrigando os agricultores a adotarem maior cautela na compra de insumos.
“A demanda indiana tem sustentado as cotações do nitrogenado, e a queda do preço do milho reduz a atratividade das relações de troca no Brasil”, explica Pernías.
Alternativas para reduzir custos
Diante do cenário, importadores brasileiros têm buscado alternativas para contornar a pressão de preços. Entre os nitrogenados, o sulfato de amônio é a opção mais procurada. Já entre os fosfatados, os fertilizantes TSP e SSP têm sido utilizados como substitutos do MAP.
Mesmo com essas alternativas, a aproximação da safra tende a reforçar a pressão sobre os preços no mercado interno, tornando essencial o gerenciamento de custos e riscos por parte dos produtores. Além disso, condições de crédito mais onerosas em 2025 aumentam o desafio financeiro para viabilizar a próxima safra.
Escalada global dos fertilizantes
O aumento de preços não é exclusivo do Brasil. “A Índia, em plena safra Kharif, e os Estados Unidos — mesmo fora de sua alta temporada de compras — também enfrentam preços elevados no complexo NPK”, afirma Pernías.
O movimento de alta está ligado ao aperto entre oferta e demanda global. A China, tradicional fornecedora mundial, restringe exportações para garantir abastecimento interno, enquanto a forte demanda da Índia sustenta os preços internacionais.
Incertezas geopolíticas impactam abastecimento
O cenário internacional também traz desafios para o mercado brasileiro. Tarifas anunciadas pelos Estados Unidos sobre produtos indianos, em reação a fluxos comerciais favoráveis à Rússia, geram alertas entre compradores no Brasil.
“Em 2024, a Rússia foi a principal fornecedora de fertilizantes ao Brasil. Qualquer mudança nas dinâmicas comerciais globais pode afetar diretamente o abastecimento nacional”, conclui Pernías.


