POLÍTICA
Presidente do PT, Gleisi deve assumir ministério no Palácio do Planalto
POLÍTICA

A deputada federal foi sondada pelo presidente Lula para assumir a Secretaria-Geral da Presidência, pasta que articula com movimentos sociais
Ela deve assumir o cargo ocupado atualmente por Márcio Macêdo. Por sua vez, o ministro ainda não tem destino definido, mas pode ser indicado pelo chefe do Executivo para alguma estatal.
Gleisi é aliada próxima de Lula e considerada uma das principais candidatas para o governo na iminente reforma ministerial. O presidente estuda anunciar uma série de mudanças na Esplanada para ajustar o funcionamento do governo e acomodar forças políticas, especialmente do centro.
A deputada federal tem perfil mais combativo e defende pautas que agradam movimentos sociais mesmo quando vão de encontro a outros vetores do governo. Por exemplo, Gleisi criticou diversas vezes as políticas de austeridade fiscal apresentadas pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
Ajuste no Planalto
A Secretaria-Geral é uma das pastas palacianas, ligadas diretamente ao gabinete de Lula, o que permite articulação próxima entre os ministros e o presidente. Gleisi também tem experiência política e bom trato com parlamentares, auxiliando na defesa de pautas caras ao governo no Congresso.
A gestão de Márcio Macêdo, por sua vez, vem sendo criticada pela falta de diálogo com movimentos sociais, e baixa mobilização. Apesar disso, o ministro é aliado próximo do presidente e frequentemente elogiado.
Interlocutores da Secretaria-Geral procurados pelo Correio destacaram que Macêdo continua trabalhando normalmente na pasta, apesar das movimentações por sua saída, e que inclusive está finalizando o planejamento para 2025 e 2026. Hoje e amanhã (30), ele cumpre agenda em Recife.
A nomeação de Gleisi depende exclusivamente do presidente Lula. Caso se confirme, a deputada terá que deixar o cargo de presidente nacional do PT, que ocuparia até julho deste ano. O prefeito de Araraquara, Edinho Silva, é o mais cotado para substituí-la.
“CB”


POLÍTICA
Planalto e STF sinalizam ao Senado aceitar “anistia light”

Projeto se diferenciaria do que vem sendo discutido na Câmara por não impor um perdão judicial, como deseja parte da bancada bolsonarista
O Palácio do Planalto e uma ala do STF (Supremo Tribunal Federal) sinalizaram à cúpula do Congresso Nacional que aceitam a “anistia light” que vem sendo debatida no Senado.
Segundo fontes que vêm ajudando na confecção do texto, a proposta que parte do STF sinaliza aceitar envolve quatro aspectos:
- Redução de penas para crimes de tentativa de golpe de Estado e abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
- Agravamento da pena se a abolição violenta do Estado Democrático de Direito for cometida mediante tentativa de golpe de Estado;
- Criação de um tipo penal específico, com penas menores, para quem comete crimes contra a democracia influenciado por multidão, mas sem ter exercido papel de liderança ou financiamento;
- Aumento da pena para quem liderar atos antidemocráticos.
Essa “anistia light” se diferenciaria da que vem sendo discutida na Câmara por não impor um perdão judicial, como deseja parte da bancada bolsonarista, mas por propor uma mudança nos tipos penais e na forma de aplicação das penas.
Na prática, ela teria impacto reduzido nas penas aplicadas a Jair Bolsonaro (PL) e demais condenados na semana passada, mas alteraria significativamente a situação dos julgados pelos atos de 8 de janeiro.
O Planalto sinalizou a senadores que aceita esse formato, desde que o STF concorde. Um ministro da Corte disse à CNN que uma posição definitiva só poderá ser tomada após a análise do texto do projeto em si, que ainda não existe.
Segundo senadores, alguns esboços já foram elaborados por consultores legislativos a pedido do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP). O projeto alteraria a Lei 14.321, de 2021, sancionada por Bolsonaro, que trata de crimes contra a democracia.
Hoje, a lei prevê reclusão de 4 a 8 anos para o crime de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, e de 4 a 12 anos para tentativa de golpe de Estado. O texto em construção, além de reduzir essas penas, consideraria que a punição para abolição do Estado Democrático de Direito seria agravada se cometida mediante tentativa de golpe de Estado.
Isso porque, segundo o entendimento dos consultores que tratam do assunto, toda tentativa de golpe é uma abolição violenta do Estado Democrático de Direito, mas nem toda abolição do Estado Democrático de Direito configura uma tentativa de golpe.
O problema para o avanço dessa proposta é que parte dos bolsonaristas a rejeita por ela ter impacto reduzido na pena imposta aos condenados na semana passada pela trama golpista, como Bolsonaro e generais da reserva. O Planalto e o STF já sinalizaram não aceitar nenhum texto que implique, na prática, em perdão ao ex-presidente.
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