Flávia Sampaio Torres tem cargo comissionado na liderança do governo com salário de mais de R$ 10 mil. Anderson Torres, ex-ministro da Justiça de Bolsonaro, foi exonerado da função de secretário de Segurança Pública do DF depois dos ataques terroristas às sedes dos Três Poderes.
Esposa de Anderson Torres mantém cargo especial na Câmara Legislativa do DF
POLÍTICA

Mesmo após Anderson Torres ter sido exonerado do cargo de secretário de Segurança Pública (SSP-DF), a esposa dele continua vinculada ao governo do Distrito Federal. Flávia Sampaio Torres tem um cargo especial no gabinete da liderança do GDF na Câmara Legislativa (CLDF).
Nomeada em fevereiro de 2021, ela ganha um salário bruto de R$ 10.779,27. Na CLDF, o líder do governo é um deputado que trabalha como uma espécie de “embaixador do GDF”, defendendo os interesses do governo.
Na época em que Flávia foi contratada, o líder do governo era o deputado Hermeto (MDB). Atualmente, a liderança é exercida pelo deputado Robério Negreiros (PSD), que manteve a esposa do ex-ministro da Justiça de Jair Bolsonaro (PL) no cargo.
Flávia Torres era funcionária de carreira do Banco do Brasil, como assistente operacional júnior, com salário de R$ 4,2 mil. Atualmente, o salário de mais de R$ 10,7 mil é pago integralmente pela CLDF.
Segundo o líder do governo na CLDF, Robério Negreiros, Flávia Torres está de férias e só deve voltar dia 23 de janeiro. “Estou montando a nova equipe e não tive a oportunidade de conhecê-la ainda”, diz o deputado.
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Resposta de Robério Negreiros, sobre Flávia Torres, esposa de Anderson Torres — Foto: TV Globo/Reprodução
Exoneração de Anderson Torres
Durante os atentados terroristas às sedes dos Três Poderes em Brasília, no dia 8 de janeiro, o então secretário de segurança e ex-ministro da Justiça Anderson Torres não estava no Brasil.
Torres tinha viajado para Florida, nos Estados Unidos. Como ele mesmo divulgou, “eram as férias há meses sonhadas pela família”.
Anderson Torres foi exonerado naquele mesmo domingo e voltou ao Brasil no último sábado (14). Ele embarcou sozinho, sem celular e escoltado por policiais americanos.
O ex-ministro está preso no batalhão da Polícia Militar no Guará 2, por ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Ele é suspeito de ter sido conivente com os atos terroristas na Esplanada dos Ministérios.
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Bolsonaristas invadiram e depredaram as sedes dos três Poderes em Brasília nem 8 de janeiro — Foto: JOEDSON ALVES/ANADOLU AGENCY VIA GETTY IMAGES
“G1”


POLÍTICA
Planalto e STF sinalizam ao Senado aceitar “anistia light”

Projeto se diferenciaria do que vem sendo discutido na Câmara por não impor um perdão judicial, como deseja parte da bancada bolsonarista
O Palácio do Planalto e uma ala do STF (Supremo Tribunal Federal) sinalizaram à cúpula do Congresso Nacional que aceitam a “anistia light” que vem sendo debatida no Senado.
Segundo fontes que vêm ajudando na confecção do texto, a proposta que parte do STF sinaliza aceitar envolve quatro aspectos:
- Redução de penas para crimes de tentativa de golpe de Estado e abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
- Agravamento da pena se a abolição violenta do Estado Democrático de Direito for cometida mediante tentativa de golpe de Estado;
- Criação de um tipo penal específico, com penas menores, para quem comete crimes contra a democracia influenciado por multidão, mas sem ter exercido papel de liderança ou financiamento;
- Aumento da pena para quem liderar atos antidemocráticos.
Essa “anistia light” se diferenciaria da que vem sendo discutida na Câmara por não impor um perdão judicial, como deseja parte da bancada bolsonarista, mas por propor uma mudança nos tipos penais e na forma de aplicação das penas.
Na prática, ela teria impacto reduzido nas penas aplicadas a Jair Bolsonaro (PL) e demais condenados na semana passada, mas alteraria significativamente a situação dos julgados pelos atos de 8 de janeiro.
O Planalto sinalizou a senadores que aceita esse formato, desde que o STF concorde. Um ministro da Corte disse à CNN que uma posição definitiva só poderá ser tomada após a análise do texto do projeto em si, que ainda não existe.
Segundo senadores, alguns esboços já foram elaborados por consultores legislativos a pedido do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP). O projeto alteraria a Lei 14.321, de 2021, sancionada por Bolsonaro, que trata de crimes contra a democracia.
Hoje, a lei prevê reclusão de 4 a 8 anos para o crime de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, e de 4 a 12 anos para tentativa de golpe de Estado. O texto em construção, além de reduzir essas penas, consideraria que a punição para abolição do Estado Democrático de Direito seria agravada se cometida mediante tentativa de golpe de Estado.
Isso porque, segundo o entendimento dos consultores que tratam do assunto, toda tentativa de golpe é uma abolição violenta do Estado Democrático de Direito, mas nem toda abolição do Estado Democrático de Direito configura uma tentativa de golpe.
O problema para o avanço dessa proposta é que parte dos bolsonaristas a rejeita por ela ter impacto reduzido na pena imposta aos condenados na semana passada pela trama golpista, como Bolsonaro e generais da reserva. O Planalto e o STF já sinalizaram não aceitar nenhum texto que implique, na prática, em perdão ao ex-presidente.
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