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Mendes admite que vai atrasar salários desde o primeiro mês de gestão

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Indiferente à surra que o governador Pedro Taques (PSDB) levou do grande eleitorado de Mato Grosso, que são os servidores públicos, o governador eleito, Mauro Mendes (DEM), não está preocupado em repetir os mesmos erros, e já admitiu que pode repetir a fórmula nefasta implantada pelo atual governador, de escalonar o salário do funcionalismo, desde seu primeiro mês de mandato.

Mendes alega dificuldades financeiras do Estado e o rombo deixado por Taques. O democrata acredita que irá receber o Estado sem recursos o suficientes para honrar com todos os compromissos do mês de dezembro.

“Se neste mês, grande parte dos recursos estão sendo usados para pagar despesas de novembro, muito provavelmente, com a lógica simples e matemática, no mês de janeiro não tem nenhuma receita extraordinária que possa nos dar a previsibilidade da mudança deste cenário”, defendeu-se.

Já com as desculpas na ponta da língua, o futuro gestor afirma que os balancetes do Estado demonstram claramente a dificuldade da atual administração de honrar com a folha de pagamento. “Desde que me propus a estudar um pouco mais as contas públicas eu percebi, claramente, um desequilíbrio. Os números mostram e retratam isso. Esse atraso salarial é mais um passo nessa direção. Se nós não formos capazes de mudar isso, Mato Grosso, em breve, vai se transformar em um Rio de Janeiro, em Minas Gerais, que está registrando dois três meses de salários atrasados, e com enormes prejuízos a população”, comparou.

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A fatalidade pode se estender para os outros meses da gestão, já que Mendes diz que as medidas que pretende adotar para sanear as finanças são projeções de médio prazo. “Nós vamos trabalhar fortemente para tomar as medidas de contenção de despesas", lamenta, ao tempo em que pede compreensão do funcionalismo.

Fonte: Muvuca Popular

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Líder do PT aciona AGU contra falas de Bolsonaro em ato na Paulista

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Segundo Lindbergh Farias (PT-RJ), o ex-presidente espalhou desinformação e incentivou o ataque às instituições democráticas

O líder no PT na Câmara, Lindbergh Farias (PT-RJ), pediu nesta quarta-feira (9/4) à Advocacia-Geral da União (AGU) que apure falas de Jair Bolsonaro (PL) no ato pró-anistia do último domingo (6) e tome providências legais. Segundo o deputado, as afirmações do ex-presidente sobre as urnas eletrônicas, o Judiciário e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva “ultrapassam os limites da liberdade de expressão”.

Na representação enviada à Procuradoria Nacional de Defesa da Democracia (PNDD), que integra a AGU, o parlamentar pede também a adoção de ações judiciais cabíveis, o envio de representações ao Ministério Público e ao Supremo Tribunal Federal (STF), bem como medidas educativas, para “contrapor as narrativas de desinformação”, e cautelares.

Para Lindbergh, as falas do ex-presidente disseminam desinformação sobre o sistema eleitoral e atacam a honra de autoridades públicas — referindo-se aos ministros do STF, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o presidente Lula e o vice, Geraldo Alckmin.

Também argumentou que Bolsonaro minimizou os atos de 8 de janeiro de 2023 e insinuou que houve um golpe, com participação do Judiciário, para eleger Lula.

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A representação cita ainda uma declaração de 26 de março, data em que o ex-presidente foi declarado réu pelo Supremo por tentativa de golpe de Estado. No dia, Bolsonaro criticou o Judiciário, Lula e as provas do processo a que responde no Supremo, e disse que o TSE influenciou sua derrota em 2022.

“As urnas são inauditáveis. Não sou eu que disse isso. (…) O TSE influenciou, jogou pesado contra eu (sic) e a favor do candidato Lula”, comentou na ocasião. Também defendeu penas mais brandas para os presos pelo 8 de janeiro e negou ter participado da tentativa de golpe.

“As declarações ora relatadas revelam um padrão reiterado de comportamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, caracterizado pela disseminação sistemática de desinformação, pelo ataque às instituições republicanas, especialmente ao Supremo Tribunal Federal e ao Tribunal Superior Eleitoral, e pela tentativa de reescrever a história recente sob uma ótica de perseguição pessoal e vitimização política”, escreveu o líder do PT.

O que disse Bolsonaro

Nos atos pró-anistia de domingo (6), Bolsonaro fez novas críticas contra o sistema eleitoral e afirmou que o TSE só voltará a ser confiável em 2026 — quando a presidência será exercida pelo ministro Nunes Marques, indicado por ele para o STF.

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Disse, também, que o verdadeiro golpe em 2022 foi a atuação do Judiciário para, segundo ele, prejudicar sua campanha e colocar Lula na Presidência da República. Bolsonaro destacou, ainda, que recebeu uma espécie de aviso divino para sair do país no fim de 2022.

“O golpe deles só não foi perfeito porque em 30 de dezembro eu saí do Brasil. Algo me avisou (disse, apontando para o alto) que alguma coisa iria acontecer. Se eu estivesse no Braisl, seria preso na noite de 8 de janeiro. E estaria apodrecendo na cadeia até hoje ou até mesmo assassinado por esses mesmos que botaram esse vagabundo na Presidência”, ressaltou, no alto de um trio elétrico na Avenida Paulista, em São Paulo.

O ato do qual participou tinha como objetivo pressionar o Congresso — e em especial o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB) — a pautar o texto que anistia os golpistas e que pode beneficiar o próprio ex-presidente.

 

 

“CB”

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