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Marina Silva diz que permanência em ministério é decisão de Lula e falta a churrasco no Alvorada

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A ministra do Meio Ambiente e da Mudança do Clima, Marina Silva, trocou um churrasco oferecido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva a auxiliares do primeiro escalão na noite desta sexta-feira, 26, por uma confraternização na casa do novo presidente do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Mauro Pires. A semana termina com Marina tendo de explicar sua permanência no cargo após ver sua pasta esvaziada pelo Congresso com o apoio do governo.

Em entrevistas, Marina disse que cabe ao presidente Lula demitir ministros. “A primeira pessoa que diz quem fica e quem sai é o presidente Lula, que convida”, afirmou Marina à CNN Brasil. “A melhor forma de ajudar o governo é estando dentro do governo, para viabilizar as políticas de combate ao desmatamentodesenvolvimento sustentável. Temos 19 ministérios com agenda do clima, bioeconomia”, disse.

Marina teceu críticas ao Congresso e elogiou Lula pela escolha do Brasil para sediar a COP-30 Foto: WILTON JUNIOR

Marina teceu críticas ao Congresso e elogiou Lula pela escolha do Brasil para sediar a COP-30 Foto: WILTON JUNIOR© Fornecido por Estadão

Os rumores de que Marina poderia sair do governo se deram por causa da aprovação do relatório da comissão mista que avaliou a MP dos Ministérios. Quatro parlamentares petistas votaram a favor do texto, que retira da competência da pasta de Marina a gestão da Agência Nacional de Águas (ANA) e do Cadastro Ambiental Rural (CAR). O Ministério dos Povos Indígenas, de Sônia Guajajara, perde a demarcação de terras para a pasta da Justiça, de Flávio Dino, caso o relatório seja aprovado em plenário.

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A respeito do Congresso, a ministra disse que há “uma situação delicada, em que há uma maioria de parlamentares que gostaria de reeditar a estrutura e as políticas do governo anterior”, e reiterou que o governo Lula é “de frente ampla, e a frente ampla tem suas contradições”.

Na quinta-feira, 25, Lula discursou na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), na capital paulista, e minimizou o episódio. “Tem dias que a gente acorda com notícias parecendo que o mundo acabou. Eu fui ver o que estava acontecendo, era a coisa mais normal”, disse o presidente a empresários, ao lado do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e do vice-presidente Geraldo Alckmin. No dia seguinte, encontrou as ministras no Palácio do Planalto e marcou a confraternização no Alvorada.

Ainda durante viagem ao G-7, no Japão, Lula já havia sinalizado que poderia contrariar Marina a respeito da negativa do Ibama em conceder uma licença para a Petrobras perfurar jazidas de petróleo na foz do Rio Amazonas. O projeto colocou a titular do Meio Ambiente em rota de colisão com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, como mostrou o Estadão.

Sobre a MP dos Ministérios, Marina diz há esforço para manter a estrutura do governo, conforme definido por Lula. “Uma vez eleito, (o governo) tem o direito de estabelecer as estruturas para fazer sua gestão. Há um esforço muito grande para manter a medida provisória”, disse a ministra. “A frente ampla tem suas contradições”, afirmou.

A ministra não deu detalhes sobre a conversa que teve com o presidente, mas sinalizou apoio ao petista. Questionada sobre a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, a COP-30, Marina respondeu que o fato de o evento de 2025 ser realizado em Belém do Pará “é uma vitória do presidente Lula”.

Confraternização

Lula convocou os ministros para um churrasco na residência oficial da Presidência, retomando uma prática de suas gestões anteriores. O gesto é uma tentativa de abrandar o clima. Em entrevista à GloboNews, Marina justificou a ausência por estar na casa do novo presidente do ICMBio, onde também ocorria uma comemoração. De acordo com Marina, o convite para a festa na casa de Pires fora feito antes.

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“Neste momento estou falando aqui na casa do Mauro Pires, que é novo presidentedo ICMBio, que também tinha feito aqui uma confraternização. E essa confraternização já estava combinada com todos os nossos servidores, celebrando que voltou o comitê de busca para escolha do presidente do ICMBio, que foi uma ação feita pelo presidente Lula, garantindo que a gestão das unidades de conservação não ficariam à mercê de indicações políticas”, afirmou a ministra.

Como mostrou a Coluna do Estadão, causou estranhamento no Congresso o fato de Lula não ter convidado os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). É justamente com o Legislativo com quem Marina trava a atual batalha. Desde o primeiro mandato, os churrascos são disputados entre autoridades e eram vistos como momento em que o presidente costumava distensionar relações.

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Lula vê Brasil como “imbatível” em transição energética

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quarta-feira (27) que o Brasil tem potencial para se tornar o país mais competitivo do planeta na produção de energia limpa e sustentável ao longo das próximas décadas. A declaração foi dada durante cerimônia de assinatura dos contratos de concessão decorrentes do primeiro Leilão de Linhas de Transmissão de 2023, realizado em junho. O leilão foi o maior da história do país, com previsão de R$ 15,7 bilhões de investimentos em mais de 6 mil quilômetros de linhas de transmissão em seis estados brasileiros.

“Não tem outro assunto discutido no mundo hoje que não seja a questão climática. E dentro da questão climática, a questão energética. E dentro da questão energética, a transição de uma energia fóssil para uma energia limpa. E, nesse aspecto, eu acho que o Brasil pode se transformar num país imbatível do ponto de vista de competitividade”, afirmou o presidente.

Lula destacou a capacidade de expansão da produção de energia em diferentes segmentos e comparou o Brasil com o papel desempenhado pela Arábia Saudita, um dos maiores produtores de petróleo do planeta.

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“Num país que tem a capacidade de produção eólica, solar, hídrica, biomassa, hidrogênio verde, biodiesel, etanol, é praticamente impossível de sermos batidos por alguém. O que é importante é que a gente tenha dimensão da responsabilidade que está nas nossas mãos, de que os estados pobres do Nordeste podem ganhar com essa transição energética, assim como a região Norte”, disse.

“É por isso que nós colocamos no PAC [Programa de Aceleração do Crescimento] o equivalente ao investimento de R$ 60 bilhões. Aquilo que a Arábia Saudita significou para o combustível fóssil no século 20 e nesse quarto do século 21, o Brasil pode significar na transição energética, da energia limpa”, completou.

 

Linhas de Transmissão

Ao todo, o leilão das linhas de transmissão prevê 33 empreendimentos a serem construídos na Bahia, no Espírito Santo, em Minas Gerais, Pernambuco, no Rio de Janeiro e em Sergipe. O prazo para operação comercial dos empreendimentos varia de 36 a 66 meses, para concessões por 30 anos, contados a partir da celebração dos contratos.

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O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, destacou a relevância dos investimentos, que vão reforçar, principalmente, segundo ele, as redes de transmissão da região Nordeste e do norte da região Sudeste, expandindo a capacidade do transporte de energia limpa e renovável para o Sudeste, que é o centro de carga do país. Das 29 empresas participantes do leilão, 8 eram estrangeiras.

“Nós temos arcabouço regulatório estável, respeito aos contratos, previsibilidade e, sobretudo, estabilidade política e social. Não é a toa que hoje estamos assinando os contratos do maior leilão de transmissão já realizado. Conseguimos mais de 50% de deságio nos valores iniciais previstos, é economia de mais de R$ 1 bilhão por ano para o consumidor brasileiro, além de gerar mais de 60 mil oportunidades de empregos diretos e indiretos”, afirmou o ministro.

“EBC”

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