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A DHPP investigou o envolvimento de uma facção que ordenou o sequestro, assassinatos e ocultação dos corpos das vítimas; crimes ocorreram em maio de 2021

Operação Kalýpto cumpre 18 mandados judiciais contra grupo que assassinou quatro rapazes do Maranhão em Cuiabá

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POLÍCIA

A Polícia Civil de Mato Grosso deflagrou, nesta terça-feira (24), a Operação Kalýpto para cumprimento de 18 mandados de prisão temporária e de busca e apreensão contra integrantes de uma facção criminosa investigados pelo sequestro seguido de homicídio e ocultação de cadáver de quatro vítimas do Maranhão, que desapareceram há quase dois anos, no bairro Jardim Renascer, na Capital.

A operação, coordenada pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa de Cuiabá, tem como alvos um grupo criminoso que praticou os crimes ordenados por uma facção, que determinou um ‘tribunal do crime’ porque julgaram que as quatro vítimas pertenciam a outro grupo rival e, desta forma, resolveram assassinar os rapazes – dois irmãos, um cunhado e um amigo.

A investigação, coordenada pelo delegado Caio Fernando Albuquerque, da DHPP de Cuiabá, reuniu diversas informações coletadas durante inúmeras diligências realizadas na Capital e também no estado do Maranhão, que levaram à identificação dos envolvidos na execução dos quatro rapazes.

As ordens judiciais da Operação Kalýpto são cumpridas em endereços na Capital e contam com apoio da Gerência de Operações Especiais (GOE), da Diretoria de Atividades Especiais da Polícia Civil. 

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Suposto desaparecimento

As vítimas vieram do Maranhão para Mato Grosso em busca de trabalho devido à escassez de oportunidades no estado nordestino. Em Cuiabá, conseguiram trabalho com salário e podiam suprir as despesas de alimentação e moradia.

Tiago Araújo, 32 anos, Paulo Weverton Abreu da Costa, 23 anos, Geraldo Rodrigues da Silva, 20 anos e Clemilton Barros Paixão, também de 20 anos, desapareceram no dia 02 de maio de 2021, de um conjunto de quitinetes onde moravam, no Jardim Renascer, em Cuiabá. Os quatro foram retirados do local por um grupo armado. Tiago e Geraldo eram irmãos, Clemilton cunhado deles e Paulo era amigo dos três.

No dia seguinte, familiares de duas vítimas procuraram a Polícia Civil e registraram um boletim pelo desaparecimento. Quatro dias após o desaparecimento, a Polícia Civil recebeu informações de que um morador do Jardim Renascer teria suposto envolvimento com o sumiço das vítimas.

Coação de familiares

Além de condenar as quatro vítimas a um tribunal da facção, supostamente porque essas conheciam faccionados no estado do Maranhão, os integrantes da organização criminosa responsável pelas mortes também coagiram familiares das vítimas, que foram obrigados a ir embora de Cuiabá.

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Mortes

A investigação da DHPP apurou que as vítimas foram cruelmente mortas – sofreram decapitação, amputação dos dedos e uma delas foi atingida por um disparo no peito. Outras duas foram mortas com disparos na nuca.

Os investigados responderão pelo homicídio triplamente qualificado – impossibilidade de defesa, motivo torpe e meio cruel – além de ocultação de cadáver, sequestro e integração de organização criminosa.

A DHPP realizou inúmeras buscas por indícios que pudessem levar à localização dos corpos das vítimas, que permanecem desaparecidos até o momento.

“Em se tratando de crimes praticados por integrantes de organização criminosa, a busca do maior e melhor suporte informativo possível é necessária para esclarecer o completo rol de autores e respectivas condutas, assim como as demais circunstâncias dos fatos, inclusive, para a localização dos corpos”, destacou o delegado Caio Fernando.

 

Nome da operação

Kalýpto vem do grego e significa cobrir, esconder ou velar.

 

 

“PJCMT”

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POLÍCIA

Polícia prende pai por torturar filha MT

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Um pai suspeito de torturar a filha menor de idade em Cáceres (225 km de Cuiabá), foi preso pela Polícia Civil, por meio da Delegacia Especializada de Defesa da Mulher do município, na tarde de sexta-feira, (31).

A ação foi realizada para cumprimento de mandado de prisão preventiva e de busca e apreensão domiciliar, deferido pelo juízo da 2 ª Vara Criminal da Comarca local, após investigação para apurar os fatos.

Além da prisão em decorrência da ordem judicial expedida pelo crime de tortura, o suspeito de 45 anos, foi autuado em flagrante por posse ilegal de munição, conforme a Lei n. 10.826/2003.

As diligências iniciaram após a Delegacia Especializada de Defesa da Mulher de Cáceres, ser comunicada sobre o ocorrido no dia 13 de março. A vítima de 17 anos foi ouvida e relatou as agressões físicas cometidas pelo seu genitor.

A adolescente contou que não esperou o seu pai buscá-la na saída da escola, e ao chegar em casa, o investigado a mandou ajoelhar e de posse de um fio de luz na mão passou a surrá-la, batendo em suas costas e pernas.

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Conforme apurado, o pai também puxou os cabelos da filha, bateu a cabeça da menor na parede, desferiu chutes e murros em várias partes do seu corpo, além de ameaçá-la de morte a todo o tempo.

Com base nos indícios colhidos, a delegada Paula Gomes Araújo, representou pelo pedido de busca e prisão preventiva do suspeito, pelo crime de tortura, decretado pela 2ª Vara Criminal de Cáceres.

De posse do mandado, os policiais civis foram até o endereço do pai, onde também funcionava um bar na frente do imóvel, e localizaram 23 munições ilegais.

O suspeito foi encaminhado até a Delegacia Especializada de Defesa da Mulher, interrogado, e depois do devido cumprimento da prisão preventiva, o conduzido foi autuado em flagrante por posse ilegal de munição.

Após a confecção dos autos, o preso foi apresentado e colocado à disposição da Justiça.

“PJCMT”

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