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Advogados afirmam que foram vítimas de truculência da Polícia Militar e prisão arbitrária em Cuiabá; OAB acompanha o caso

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POLÍCIA

Por Joel Teixeira

Dois advogados foram presos pela Polícia Militar, ontem(23) por volta das 22h25 quando atendiam um cliente na Rua Maringá, 220 no Bairro Pedregal. O Dr. Rodrigo Marinho foi chamado para acompanhar um caso em que um homem era agredido por PMs e conforme ele, o cliente era prensado no muro, enquanto levava tapas no rosto, desferidos por um policial. Marinho se identificou como advogado da vítima, mas foi empurrado e alertado que mantivesse distância do homem espancado. O advogado foi alertado pelos PMs que seu carro estava na contramão, mas quando ele foi retirar o carro do local apontado, policiais o teriam impedido de sair, cercando-o por motocicletas. Sentindo-se violado em sua prerrogativa como advogado, Rodrigo ligou para o Dr. Márcio Camargo da Silva e para a Dra. Ariane Ferreira Martins a fim de que o acompanhasse. Durante a confusão, Dr. Marcio começou a filmar toda a ação dos PMs, mas eles não gostaram da atitude do advogado e o prenderam.

Marcas de agressões

Em um vídeo gravado por Dra. Ariane Ferreira Martins , Dr. Rodrigo Marinho aparece com sinais avermelhados na testa, pescoço e braços, perguntado se havia mais alguma marca, disse “eu já apanhei tanto que nem sei mais”. Dr. Márcio mostra os punhos inchados , marcas supostamente de spray de pimenta e uma marca avermelhada no peito, “isso aqui é uma porrada que eles me deram. Ariane pergunta o que aconteceu na orelha de Marcio ele diz, “porrada, tapa.”

O o Sub Ten. PM Jardel prende o advogado Marcio, por ele ter filmado a ação

Câmeras de segurança e os advogados, gravaram ação dos PMs

O TV Notícias teve acesso a vídeo e áudio registrados durante momentos antes da prisão dos advogados. Nas imagens é possível ver uma grande movimentação de policiais, um PM fala com Márcio, “o que é que você está gravando aí, você quer que eu leve o senhor preso? quando Márcio responde: “então pega. Faça o que o senhor tem que fazer.” Nesse momento o PM o domina e, com ajuda de outros policiais, o advogado é algemado. Alguém diz: “Pega o celular dela aí” referente a advogada Dra. Ariane Ferreira Martins que filma a ação. Ela diz várias vezes, “não faça isso com meu esposo.”

A segunda prisão

Em outro momento, entre gritos de ”socorro” do advogado Rodrigo, enquanto é imobilizado e preso, a Dra.  Ariane Ferreira Martins, pede a um PM, “pega por favor a chave de meu carro que está no bolso de meu marido ( referente ao advogado  Dr. Marcio) .” O policial que dá apoio à ação diz, “na hora em que a senhora desligar o celular eu pego.” Em seguida ele diz, “a senhora quer que pega? Ela responde, “a chave sim” ele diz, “então há uma negociação. O PM se afasta e após efetuada a prisão de Dr. Rodrigo Marinho o Sub Ten. PM Jardel diz, “você também quer ir, dona? Então para de filmar eu. A mulher responde: Eu não tô filmando o senhor. 

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 O que dizem a OAB e os advogados envolvidos no caso

Uma comitiva da OAB esteve na delegacia para acompanhar os advogados Dr. Rodrigo Marinho Dr. Márcio Camargo da Silva e Dra Ariane Ferreira Martins envolvidos na ocorrência. Por volta da 1h dessa terça-feira, o conselheiro federal da OAB, Ulisses Rabaneda gravou um vídeo em que repudiou a atitude dos PMs, “estamos aqui na frente do Cisc Verdão na Grande Cuiabá, 1 hora da manhã do dia 24 de janeiro, terça-feira, em uma grande comitiva da OAB, viemos dar todo suporte ao Dr. Rodrigo Marinho, ao Dr. Marcio, Dra Ariane que estavam atendendo clientes e vieram conduzidos pela Polícia Militar, de uma maneira absolutamente arbitrária.

 Conversamos com do delegado de polícia, mostramos para a ele a arbitrariedade da condução pela Policia Militar, o delegado já nos afiançou que não vai lavrar nenhum procedimento contra os advogados, sequer termo circunstanciado de ocorrência. Fica comprovado que esses advogados não praticaram nenhuma ilicitude. A partir de agora, pegaremos esse procedimento, as imagens que nós temos e levaremos isso à Corregedoria da PM e cobraremos de maneira dura e firme, providências nesse caso, “disse.

O outro lado

Conforme boletim de ocorrência lavrado pela Polícia Militar, na noite de ontem (23) por volta das 20h33, a Equipe de Raio II por meio de moto-patrulhamento, avistou um veículo Corolla, cor preta com vidros cobertos de insulfilm que entrou em uma borracharia na Avenida Dante Martins de Oliveira; os policiais abordaram o condutor do carro e avistaram, além do motorista, uma mulher e uma criança de colo dentro do veículo.

Ainda conforme o B. O, foi solicitado que todos saíssem do carro, o motorista teria dito, “de novo a polícia.” foi feita uma busca pessoal no homem e não encontraram ilícitos. Em entrevista, os PMs pediram os documentos de porte obrigatório do Corolla, o abordado disse que a documentação estava na casa da mãe dele e solicitou que os policiais o acompanhassem até a residência de sua genitora para comprovar a veracidade da informação. Quando chegaram ao local, a casa estava fechada, mas ele teria ligado para sua irmã e pedira para que ela trouxesse os documentos do carro, porém após um tempo, uma mulher apareceu na rua e disse que ali não era a casa dele. Nesse momento, o homem teria dito aos policiais que “ninguém iria apreender o seu carro e que não iria entregar os documentos. “

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Suposta desobediência

O 2º Sargento PM Amorim teria se aproximado do motorista e ele disse: “Podem me prender, seus policiais de merda.” Naquele momento um homem teria se aproximado da equipe sem se identificar; o SD PM Marcel ordenou para que ele se afastasse, mas não foi obedecido, o O 2º Sargento PM Amorim teria pedido para que se identificasse e apresentasse seu documento, mas não fora acatado; ainda conforme os PMs, o homem disse inúmeras vezes que seria advogado, “não era um advogado de merda e vou ligar para a imprensa. Vocês vão ver.”

Segundo os PMS, o homem foi informado que se não apresentasse nenhum documento. Não poderia acompanhar a ocorrência policial e, que só nesse momento ele apresentou a carteira funcional como advogado e em seguida ligou para a OAB – Ordem dos Advogados do Brasil e disse aos PMs que a equipe policial “arrumou um grande problema.” O 2º Sargento PM Amorim disse ao advogado que ele poderia acompanhar a ocorrência, mas primeiro teria que tirar seu veículo que fora estacionado na contramão da via, obstruindo a passagem dos demais veículos. O advogado teria dito que não tiraria nada do local, pois estaria em serviço e que poderia chamar o guincho.

Após o advogado, DR. Rodrigo ter negado tirar o carro que estaria na contramão, o 2º Sargento PM Amorim, o informou que chamaria uma equipe do Batalhão de Trânsito para remover o veículo do local; quando o homem que fora abordado sem os documentos do Corolla, chamado David começou a desacatar a equipe policial, “aí doutor, esses policiais de merda.” Após os xingamentos, os PMs ordenaram para que ele ficasse quieto, mas David retrucou, dizendo que “poderiam prendê-lo e foda-se.” Foi dada voz de prisão a David que resistiu ao algemamento, sendo necessário o uso de técnicas de submissão para contê-lo e algemá-lo.

A Equipe Raio II solicitou apoio de uma viatura do Batalhão de Trânsito, quando chegou, o 2º Sargento PM Amorim acompanhou o Sub Tem. PM Jardel que teria pedido a documentação do veículo a Márcio Camargo da Silva e que ele disse que ‘não entregaria documento nenhum para policial vagabundo.” Foi dada voz de prisão a Márcio por desacato e desobediência; e diante da resistência do preso, foi usada força moderada para contê-lo e algemá-lo. 

Assista a vídeos gravados por câmeras de segurança e pelos advogados

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Polícia prende pai por torturar filha MT

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Um pai suspeito de torturar a filha menor de idade em Cáceres (225 km de Cuiabá), foi preso pela Polícia Civil, por meio da Delegacia Especializada de Defesa da Mulher do município, na tarde de sexta-feira, (31).

A ação foi realizada para cumprimento de mandado de prisão preventiva e de busca e apreensão domiciliar, deferido pelo juízo da 2 ª Vara Criminal da Comarca local, após investigação para apurar os fatos.

Além da prisão em decorrência da ordem judicial expedida pelo crime de tortura, o suspeito de 45 anos, foi autuado em flagrante por posse ilegal de munição, conforme a Lei n. 10.826/2003.

As diligências iniciaram após a Delegacia Especializada de Defesa da Mulher de Cáceres, ser comunicada sobre o ocorrido no dia 13 de março. A vítima de 17 anos foi ouvida e relatou as agressões físicas cometidas pelo seu genitor.

A adolescente contou que não esperou o seu pai buscá-la na saída da escola, e ao chegar em casa, o investigado a mandou ajoelhar e de posse de um fio de luz na mão passou a surrá-la, batendo em suas costas e pernas.

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Conforme apurado, o pai também puxou os cabelos da filha, bateu a cabeça da menor na parede, desferiu chutes e murros em várias partes do seu corpo, além de ameaçá-la de morte a todo o tempo.

Com base nos indícios colhidos, a delegada Paula Gomes Araújo, representou pelo pedido de busca e prisão preventiva do suspeito, pelo crime de tortura, decretado pela 2ª Vara Criminal de Cáceres.

De posse do mandado, os policiais civis foram até o endereço do pai, onde também funcionava um bar na frente do imóvel, e localizaram 23 munições ilegais.

O suspeito foi encaminhado até a Delegacia Especializada de Defesa da Mulher, interrogado, e depois do devido cumprimento da prisão preventiva, o conduzido foi autuado em flagrante por posse ilegal de munição.

Após a confecção dos autos, o preso foi apresentado e colocado à disposição da Justiça.

“PJCMT”

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