Por: Branca Morais 

A novela Lava Jato já rendeu muitos capítulos, com episódios cheios de revelações extraordinárias e pelo visto não vai parar tão cedo. Novas descobertas fazem dessa novela um verdadeiro longa-metragem, que nos garante emoções à cada cena.

As investigações apontam para o que todo o brasil já sabe, mas a justiça Brasileira (que é lenta e defasada), insiste em arrastar por mais tempo o que não é novidade para ninguém.

Dinheiro Público sendo gasto com investigações que por mais que se prove o óbvio, não se tem grandes resultados e nem o seu tão esperado fim. Devolução do dinheiro roubado e punição severa aos criminosos.

O cidadão Brasileiro não merece passar por isso, apesar de pagar seus impostos absurdos e nunca ter o respeito merecido por isso, a novela Lava Jato continua sendo a principal atração do país do carnaval.

O que esperar de todo esse espetáculo?

A seguir mais um capítulo

E agora o empreiteiro Marcelo Odebrecht resolveu apresentar à Polícia Federal, na Operação Lava Jato, quatro recibos com doações de R$ 1 milhão cada ao Instituto Lula.

O executivo, delator da Operação Lava Jato, vincula os repasses à planilha de propinas "italiano" – codinome usado por empreiteiros do grupo para o ex-ministro Antônio Palocci (Fazenda/Casa Civil – Governos Lula e Dilma), agora um dos principais investigados e considerado peça-chave da operação Lava Jato.

As notas apresentadas à PF têm as datas de 16 de dezembro de 2013, 31 de janeiro de 2014, 5 de março de 2014 e 31 de março de 2014. São numeradas – 0094, 108, 119 e 0129, respectivamente. Três estão carimbadas.

"Recebemos de Construtora Norberto Odebrecht S.A a importância de um milhão de reais", diz o recibo. "Correspondentes a doação depositada na conta corrente do Banco do Brasil."

Marcelo Odebrecht afirmou a PF que 'as cópias de todos os recibos foram extraídas do computador de Fernando Migliaccio'.

"O que comprova que os valores foram efetivamente descontados da planilha italiano, senão não haveria razão para estar de posse dele (Migliaccio)", relatou

O executivo.

Marcelo entregou à Lava Jato uma troca de e-mails entre ele e executivos do grupo sobre a doação de R$ 4 milhões.

Marcelo, afirma que os e-mails foram entregues em agosto deste ano, pois não haviam sido localizados na época em que fechou seu acordo e apresentou os anexos. Alegando assim o repasse de todas essas provas somente agora para a PF.

As mensagens foram anexadas aos processos da Lava Jato na quinta-feira, 21.

A primeira mensagem foi enviada por Marcelo Odebrecht em 26 de novembro de 2013, às 12h32, para os executivos Alexandrino Alencar e Hilberto Silva – chefe do Setor de Operações Estruturadas, o departamento de propinas da empreiteira.

Obs: Todos são delatores da Lava Jato.

"Italiano disse que o Japonês vai lhe procurar para um apoio formal ao inst de 4m (nao sabe se todo este ano, ou 2 este ano e 2 do outro).

Vai sair de um saldo que o amigo de meu pai ainda tem comigo de 14 (coordenar com HS no que tange ao Credito) mas com MP no que tange ao discurso pois será formal", afirmou Marcelo.

Em depoimento à PF, Marcelo explicou as siglas inseridas no e-mail.

Que tem tudo muito bem organizado por sinal.

"Japonês” corresponde a Paulo Okamotto

"Inst." corresponde ao Instituto Lula

"4M" corresponde ao valor de R$ 4 milhões

"HS" são as iniciais de Hilberto Silva

"MP" deve corresponder ao responsável pela comunicação na construtora, já que tudo seria formal e teriam que ter um discurso para eventual esclarecimento público", declarou.

COM A PALAVRA, O ADVOGADO FERNANDO FERNANDES, QUE DEFENDE OKAMOTTO

Fernando Augusto Fernandes advogado de Paulo Okamotto informa que a defesa não teve acesso a supostos e-mails que Marcelo teria entregue à PF

No entanto não há qualquer relação de doações ao Instituto com qualquer propina.

As "delações" vão sendo moldadas as necessidades acusatórias e as formas com que vão construindo as mentiras processuais.

Fosse diferente o fato já constaria de delações passadas. Paulo Okamotto já foi absolvido na única ação que recaía sobre meu cliente, afirma.