Bloco classifica interrupção deliberada da infraestrutura energética europeia como “inaceitável” e promete resposta “dura”

UE fala em “sabotagem” após vazamentos em gasoduto russo

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Líderes da UE (União Europeia) acusaram a Rússia de “sabotagem” nos vazamentos no gasoduto russo Nord Stream 2, que abastece a Europa.

Em post no Twitter, na 3ª feira (28.set.2022), a chefe da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, disse que “qualquer interrupção deliberada da infraestrutura energética europeia é inaceitável e levará à resposta mais dura possível”.

Também segundo a política alemã, as causas dos 2 grandes vazamentos detectados na 2ª feira (26.set) estão sendo investigadas. 

Ainda não se sabe se os incidentes foram ou não causados intencionalmente e por quem. As suspeitas caíram sobre a Rússia porque, além de ser a administradora da estrutura, recentemente reduziu as entregas de gás para o continente em resposta a sanções pela guerra na Ucrânia.

Na mesma linha de von der Leyen, o chefe de política externa da UE, Josep Borrell, apontou “sabotagem”. Em entrevista à emissora alemã NTV, o diplomata disse que esse tipo de ação “é totalmente inaceitável e será recebida com uma resposta robusta e unida” pelos países do bloco.

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Já o ministro da Defesa da Dinamarca, Morten Bodskov, afirmou na manhã desta 4ª feira (28.set) haver motivos para preocupação com a segurança na região do Mar Báltico. Declaração foi dada em comunicado emitido depois de uma reunião com o secretário-geral da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), Jens Stoltenberg, em Bruxelas.

No texto, Bodskov também informou que pode levar algum tempo para que seja conhecida a extensão total dos danos e a causa dos vazamentos.

A primeira-ministra da Suécia, Magdalena Andersson, por sua vez, disse em entrevista a jornalistas na 3ª feira (27.set) que as duas explosões foram detectadas por sismólogos da Suécia e Dinamarca. Incidentes teriam ocorrido próximos à superfície, e não no fundo do mar, o que pode indicar que não tenham causas naturais.

A Rússia nega ação deliberada.

Os oleodutos Nord Stream têm sido focos de uma crescente guerra energética entre a Rússia e países europeus. O embate elevou os preços do gás e provocou uma busca por suprimentos alternativos.

“Poder360”

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Chefe da União Europeia tem GPS de avião bloqueado e Rússia é suspeita

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Líder do bloco pousou em segurança ma Bulgária; pilotos tiveram que usar mapas de papel para achar lugar da aterrissagem

Ivana Kottasová, da CNN
Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, tem GPS de avião bloqueado
Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, tem GPS de avião bloqueado  • Reprodução/Reuters

Um avião que transportava a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, foi alvo de interferência no sistema de navegação GPS, enquanto tentava pousar na Bulgária no domingo (31), informou um porta-voz da comissão à CNN.

A comitiva recebeu “informações das autoridades búlgaras de que suspeitam que essa interferência flagrante tenha sido realizada pela Rússia”, disse o porta-voz.

O avião pousou em segurança, disse o porta-voz. Uma fonte familiarizada com a situação disse à CNN que os pilotos pousaram o avião usando mapas de papel.

Von der Leyen e a comissão têm sido firmes apoiadores da Ucrânia enquanto Kiev tenta se defender da agressão não provocada da Rússia. Ela foi uma das líderes europeias que participaram da cúpula do presidente dos EUA, Donald Trump, sobre a Ucrânia na semana passada e tem instado consistentemente os Estados-membros da UE a alocarem mais recursos para ajudar a Ucrânia.

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O incidente ocorreu enquanto ela visitava os Estados-membros na parte oriental do bloco para angariar apoio à Ucrânia. “Este incidente ressalta a urgência da atual viagem da presidente aos Estados-membros da linha de frente, onde ela viu em primeira mão as ameaças diárias da Rússia e seus representantes”, disse o porta-voz da comissão à CNN.

CNN entrou em contato com as autoridades búlgaras para obter comentários e solicitou que a Rússia comentasse as alegações.

A interferência do GPS que causa interrupções em voos e tráfego marítimo está há muito tempo entre as ferramentas do arsenal de guerra híbrida da Rússia.

Autoridades dos países escandinavos e bálticos têm afirmado repetidamente que a Rússia vem bloqueando regularmente o sinal de GPS na região. Após uma equipe de pesquisadores na Polônia e na Alemanha estudarem minuciosamente as interferências de GPS por um período de seis meses a partir de junho de 2024, eles também concluíram que a Rússia era a responsável, e que Moscou estava usando uma frota paralela de navios e seu enclave de Kaliningrado para isso.

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A União Europeia já havia sancionado diversas entidades e indivíduos ligados a Estados russos por estarem por trás de incidentes de interferência.

“Isso reforçará ainda mais nosso compromisso inabalável de aumentar nossas capacidades de defesa e o apoio à Ucrânia”, acrescentou o porta-voz.

A viagem à Bulgária fez parte da visita de von der Leyen a vários Estados da União Europeia que fazem fronteira com a Rússia, a Bielorrússia e o Mar Negro.

A viagem teve como objetivo mostrar força e união enquanto a Rússia continua atacando cidades ucranianas e sabotando qualquer tentativa de chegar a um acordo de cessar-fogo.

A presidente visitou a Letônia e a Finlândia na sexta-feira (29), a Estônia no sábado e a Polônia e a Bulgária no domingo. Ela completou a viagem na segunda-feira (1º), visitando a Lituânia e a Romênia.

Em discurso na capital búlgara logo após o incidente aéreo, mas antes que se tornasse público, von der Leyen disse que a Europa precisava “manter o senso de urgência”.

“(O presidente russo Vladimir) Putin não mudou e não mudará. Ele é um predador. Ele só pode ser controlado por meio de uma forte dissuasão”, disse ela.

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