A premiação da Academy of Chocolate de Londres é uma das mais importantes do ramo de chocolates finos.
Chocolate branco 100% paraense é reconhecido como um dos melhores do mundo
Gastronomia
O chocolate branco da Gaudens, chocolateria paraense, conquistou o paladar de alguns dos maiores especialistas do ramo de chocolate da Grã-Bretanha e recebeu o selo bronze da Academy of Chocolate de Londres.
A combinação do cupuaçu com chocolate branco, produzida quase toda artesanalmente, foi eleita para uma das mais importantes premiações de chocolates finos. Além dele, a versão com bacuri recebeu uma recomendação da organização. O concurso aconteceu no final do ano passado e o resultado foi divulgado esse mês.
A ACADEMIA
A academia, criada em 2005, nasceu com o objetivo de valorizar o consumo da iguaria, melhorar o padrão, conhecimento, produção sustentável do cacau e o consumo do chocolate “real”. Ela é composta por cinco dos principais profissionais da área.
A organização também encoraja consumidores a olharem além da marca e entender os ingredientes do chocolate, do grão à barra.
O selo da Academy of Chocolate de Londres é certificado internacionalmente, e é concedido a produtos identificados como chocolates premium. Com o resultado, a partir de agora, todas as embalagens da barra de chocolate de cupuaçu da Gaudens serão identificadas com o selo bronze da academia internacional. O chocolate de bacuri, apesar de não ganhar o selo, recebeu indicação especial dos críticos.
O chef e chocolatier Fabio Sicilia é o responsável pelas receitas nomeadas. Fabio diz que se inspirou em sobremesas típicas da culinária paraense, e nos bombons, que, segundo ele, têm “sabores únicos” e buscou uma forma de atualizá-la.
Toda a matéria-prima das receitas vem de produtores da região transamazônica, que fornecem o cacau e as frutas regionais usadas na composição dos sabores. A linha tem outros sabores típicos do estado do Pará.
A maior parte do cacau vem de Medicilândia, que é uma das maiores produtoras do país, e de Barcarena, na região metropolitana. Fabio diz que a escolha de receber de produtores locais é um dos diferenciais para a qualidade do produto final, e que a decisão não se deu apenas pela abundância, mas pela qualidade das amêndoas.
“Hoje temos um fornecedor de Medicilândia, o seu Ivan, cujas amêndoas sempre ganham primeiro lugar em concursos em Paris, por exemplo. De Barcarena, recebemos um tipo de cacau, que é nativo, com uma fermentação específica que usamos em algumas receitas”, explica.
Fabio também diz que apesar da produção passar por alguns maquinários modernos, a maior parte do processo de fabricação é artesanal. Segundo ele, essa é uma das formas de garantir que não haja perda de qualidade.
A produção não é feita em larga escala, e atende apenas a loja física e a pedidos de e-commerce.
A marca Gaudens nasceu em 2012, mas Fabio começou a articular o projeto em 2004, quando estava em Medicilândia.
Neste mesmo ano nasceu a primeira fábrica, em Ananindeua, região metropolitana de Belém. A demanda era baixa, atendendo somente ao restaurante do chef, em Belém. A primeira criação do chocolatier foi a de cupuaçu com chocolate, em 2018, e a de Bacuri veio em 2022. O sucesso desta última durante ma feira local foi o impulsionador para o chef candidatá-la para o concurso internacional.
“Fiquei muito surpreso de terem escolhido a barra de cupuaçu. Mas fez todo sentido pela acidez da fruta, que se encaixou mais no paladar dos europeus, que estão acostumados com frutas cítricas”. declarou o chocolatier.
Fabio diz considerar o resultado um marco na produção de chocolate na região, e que coloca o estado como o maior produtor de chocolate do país.
“É um marco histórico, um novo momento da gastronomia paraense. Com esse passo, chamamos atenção para o que é produzido aqui, porque não somos só um cacau maravilhoso, mas cupuaçu, bacuri, muruci, taperebá, farinha de tapioca, e isso vai trazendo tudo o que temos para agregar, a criatividade não acaba”, disse.
“BT Mais”
Gastronomia
Cesta de Natal: Carne e outros 14 produtos com preços que mais caíram em 2023
Derivados de leite estão entre os itens que tiveram maior queda. Já a cebola e o azeite de oliva são os vilões da ceia deste ano.
A poucos dias do Natal, uma pesquisa realizada pela Associação Paulista de Supermercados (Apas) em parceria com a Fipe trouxe boas notícias para os consumidores, indicando uma elevação média de 1,2% nos preços dos 65 produtos que compõem a cesta natalina em comparação ao ano anterior. Esse índice contrasta com a inflação média de cerca de 4% no mesmo período.
Em dezembro do ano passado, a elevação de preços havia sido substancial, atingindo 16,1% em relação a dezembro de 2021. “Em comparação com os anos anteriores, o comportamento do preço da cesta de 2023 será o melhor desde 2017, quando houve uma deflação de 4,2%”, destacou Felipe Queiroz, economista-chefe da Apas.
Pequeno alívio no bolso dos brasileiros nesse Natal ( foto reprodução/ banco de imagens)
Entretanto, vale ressaltar que a análise da Apas-Fipe considera uma média de preços, e alguns produtos específicos registraram aumentos expressivos neste período festivo. Dentre os 65 itens avaliados, a cebola e o azeite de oliva se destacaram no grupo dos produtos que mais subiram de preço.
A pesquisa identificou que as proteínas animais, o leite e os derivados de leite são os índices de maior destaque da cesta de Natal deste ano, apresentando redução significativa de preços. O maior ganho de poder de compra neste final de ano será para os consumidores que optarem pelo churrasco, uma vez que a carne bovina, segundo dados acumulados até novembro, registra deflação de 11,08%.
A Apas reforça a importância de os consumidores ficarem atentos a essas variações e realizarem pesquisas nos supermercados para garantir uma escolha econômica e satisfatória durante as festividades de fim de ano.
“Ampost”
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