Agronegócios
Preços Futuros do Milho Registram Queda nas Bolsas Nacional e Internacional
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Cotações na B3 e Chicago iniciam a semana em baixa, refletindo os altos estoques de milho e soja
Nesta segunda-feira, 14 de outubro, os preços futuros do milho nas Bolsas Brasileira (B3) e de Chicago (CBOT) abriram em terreno negativo. Às 10h14 (horário de Brasília), as principais cotações na B3 variavam entre R$ 68,26 e R$ 73,15. O contrato com vencimento em novembro de 2024 era cotado a R$ 68,26, apresentando uma queda de 0,35%. O contrato para janeiro de 2025 estava a R$ 71,68, com uma diminuição de 0,15%, enquanto o vencimento em março de 2025 tinha seu valor em R$ 73,15, com uma desvalorização de 0,18%.
No mercado externo, a Bolsa de Chicago também iniciou suas operações em baixa, registrando recuos por volta das 09h44 (horário de Brasília). O vencimento de dezembro de 2024 era cotado a US$ 4,12, com uma perda de 3,50 pontos. O contrato de março de 2025 valia US$ 4,29, com queda de 3,50 pontos; o vencimento em maio de 2025 era negociado a US$ 4,38, apresentando desvalorização de 3,75 pontos; e, por fim, o contrato de julho de 2025 tinha valor de US$ 4,43, com recuo de 3,50 pontos.
De acordo com informações do site internacional Farm Futures, os futuros de milho e soja caíram para seus níveis mais baixos em mais de duas semanas durante a noite, continuando a tendência de queda observada na semana anterior. Bruce Blythe, analista da Farm Futures, ressaltou que “os relatórios do USDA de sexta-feira serviram como lembrete dos grandes estoques de milho e soja que devem pairar sobre os mercados até 2025, o que pode, por ora, limitar as tentativas de altas sustentadas”.
“Portal do Agronegócio”
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Alta nos fertilizantes pressiona produtores e encarece a safra 2025/26 no Brasil
Preços de ureia, MAP e cloreto de potássio disparam nos portos brasileiros

Os custos dos fertilizantes no Brasil têm registrado forte alta nos meses que antecedem a safra 2025/26, elevando a pressão sobre os produtores. Segundo o relatório semanal da StoneX, entre janeiro e meados de agosto, os preços da ureia subiram cerca de 33%, o MAP (fosfatado amplamente usado no país) avançou 19% e o cloreto de potássio registrou alta de 20% nos portos brasileiros.
Relação de troca entre insumos e grãos atinge patamar crítico
O aumento nos preços impacta diretamente a rentabilidade dos produtores. De acordo com Tomás Pernías, analista de Inteligência de Mercado, a relação de troca entre a soja e o MAP está nos piores níveis dos últimos anos, desestimulando o consumo do fertilizante e obrigando os agricultores a adotarem maior cautela na compra de insumos.
“A demanda indiana tem sustentado as cotações do nitrogenado, e a queda do preço do milho reduz a atratividade das relações de troca no Brasil”, explica Pernías.
Alternativas para reduzir custos
Diante do cenário, importadores brasileiros têm buscado alternativas para contornar a pressão de preços. Entre os nitrogenados, o sulfato de amônio é a opção mais procurada. Já entre os fosfatados, os fertilizantes TSP e SSP têm sido utilizados como substitutos do MAP.
Mesmo com essas alternativas, a aproximação da safra tende a reforçar a pressão sobre os preços no mercado interno, tornando essencial o gerenciamento de custos e riscos por parte dos produtores. Além disso, condições de crédito mais onerosas em 2025 aumentam o desafio financeiro para viabilizar a próxima safra.
Escalada global dos fertilizantes
O aumento de preços não é exclusivo do Brasil. “A Índia, em plena safra Kharif, e os Estados Unidos — mesmo fora de sua alta temporada de compras — também enfrentam preços elevados no complexo NPK”, afirma Pernías.
O movimento de alta está ligado ao aperto entre oferta e demanda global. A China, tradicional fornecedora mundial, restringe exportações para garantir abastecimento interno, enquanto a forte demanda da Índia sustenta os preços internacionais.
Incertezas geopolíticas impactam abastecimento
O cenário internacional também traz desafios para o mercado brasileiro. Tarifas anunciadas pelos Estados Unidos sobre produtos indianos, em reação a fluxos comerciais favoráveis à Rússia, geram alertas entre compradores no Brasil.
“Em 2024, a Rússia foi a principal fornecedora de fertilizantes ao Brasil. Qualquer mudança nas dinâmicas comerciais globais pode afetar diretamente o abastecimento nacional”, conclui Pernías.
Fonte: Portal do Agronegócio


