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Aprosoja MT alerta sobre os impactos econômicos da moratória da soja para produtores e municípios

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Lucas Costa Beber destaca a concorrência desproporcional nos municípios e os desafios enfrentados pelos produtores devido às restrições impostas pela moratória

Em entrevista ao podcast Apro 360, na quinta-feira (06/03), o presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja MT), Lucas Costa Beber, analisou os impactos da moratória da soja sobre produtores, municípios e a sociedade. Durante o programa, que contou com a participação da jornalista Fernanda Trindade, Beber abordou as dificuldades enfrentadas pelos produtores rurais, que têm sua liberdade de uso da terra restringida, limitando suas escolhas sobre as culturas a serem cultivadas.

De acordo com Beber, a moratória afeta a livre iniciativa dos produtores, comprometendo sua capacidade de selecionar as culturas mais lucrativas para o seu negócio e família. “Ela afeta a livre escolha do produtor sobre o que ele vai produzir ou comercializar, o direito de uso da terra e a possibilidade de escolher a cultura mais vantajosa”, explicou o presidente da Aprosoja MT.

Além dos impactos diretos aos produtores, Beber ressaltou que a moratória também prejudica os municípios. Em sua análise, ela cria uma competição desigual, favorecendo as regiões onde o desmatamento ocorreu antes de 2008, enquanto impede o desenvolvimento econômico nas áreas onde o desmatamento foi legal após esse ano. Como resultado, esses municípios enfrentam uma redução na arrecadação, na geração de empregos e na infraestrutura local, afetando negativamente a qualidade de vida da população.

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Em relação à atuação da Aprosoja MT, Beber afirmou que a entidade está trabalhando de forma integrada com a Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) e o Governo do Estado em uma audiência pública, com o objetivo de esclarecer à sociedade os impactos da moratória. Ele também destacou que a Aprosoja MT tem se envolvido ativamente em discussões políticas e jurídicas, inclusive com um projeto de lei em Mato Grosso que visa derrubar a moratória da soja no Supremo Tribunal Federal (STF).

A Aprosoja MT, por meio de sua atuação política e comunicação, tem buscado informar o público de maneira clara e precisa sobre o tema, com o intuito de encontrar soluções que atendam tanto às necessidades dos produtores quanto às demandas da sociedade. O primeiro episódio do podcast Apro 360 trouxe à tona as complexidades da moratória da soja e a importância de um debate aberto e construtivo para resolver essas questões.

“Portal do Agronegócio”

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Alta nos fertilizantes pressiona produtores e encarece a safra 2025/26 no Brasil

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Preços de ureia, MAP e cloreto de potássio disparam nos portos brasileiros

Alta nos fertilizantes pressiona produtores e encarece a safra 2025/26 no Brasil

Os custos dos fertilizantes no Brasil têm registrado forte alta nos meses que antecedem a safra 2025/26, elevando a pressão sobre os produtores. Segundo o relatório semanal da StoneX, entre janeiro e meados de agosto, os preços da ureia subiram cerca de 33%, o MAP (fosfatado amplamente usado no país) avançou 19% e o cloreto de potássio registrou alta de 20% nos portos brasileiros.

Relação de troca entre insumos e grãos atinge patamar crítico

O aumento nos preços impacta diretamente a rentabilidade dos produtores. De acordo com Tomás Pernías, analista de Inteligência de Mercado, a relação de troca entre a soja e o MAP está nos piores níveis dos últimos anos, desestimulando o consumo do fertilizante e obrigando os agricultores a adotarem maior cautela na compra de insumos.

“A demanda indiana tem sustentado as cotações do nitrogenado, e a queda do preço do milho reduz a atratividade das relações de troca no Brasil”, explica Pernías.

Alternativas para reduzir custos

Diante do cenário, importadores brasileiros têm buscado alternativas para contornar a pressão de preços. Entre os nitrogenados, o sulfato de amônio é a opção mais procurada. Já entre os fosfatados, os fertilizantes TSP e SSP têm sido utilizados como substitutos do MAP.

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Mesmo com essas alternativas, a aproximação da safra tende a reforçar a pressão sobre os preços no mercado interno, tornando essencial o gerenciamento de custos e riscos por parte dos produtores. Além disso, condições de crédito mais onerosas em 2025 aumentam o desafio financeiro para viabilizar a próxima safra.

Escalada global dos fertilizantes

O aumento de preços não é exclusivo do Brasil. “A Índia, em plena safra Kharif, e os Estados Unidos — mesmo fora de sua alta temporada de compras — também enfrentam preços elevados no complexo NPK”, afirma Pernías.

O movimento de alta está ligado ao aperto entre oferta e demanda global. A China, tradicional fornecedora mundial, restringe exportações para garantir abastecimento interno, enquanto a forte demanda da Índia sustenta os preços internacionais.

Incertezas geopolíticas impactam abastecimento

O cenário internacional também traz desafios para o mercado brasileiro. Tarifas anunciadas pelos Estados Unidos sobre produtos indianos, em reação a fluxos comerciais favoráveis à Rússia, geram alertas entre compradores no Brasil.

“Em 2024, a Rússia foi a principal fornecedora de fertilizantes ao Brasil. Qualquer mudança nas dinâmicas comerciais globais pode afetar diretamente o abastecimento nacional”, conclui Pernías.

Fonte: Portal do Agronegócio

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