POLÍTICA
Isolado no PSDB, Taques se estranha com Leitão e analisa troca de partido; PPS assedia governador
Governador Pedro Taques e deputado federal Nilson Leitão são principais lideranças do PSDB e brigam por espaço
POLÍTICA

Por: Patrícia Sanches
O ninho tucano está rachado e vive momentos de tensão. A situação se deve a uma briga de grandes proporções entre duas de suas principais lideranças: governador Pedro Taques e o deputado federal Nilson Leitão. O caldo entornou depois que o governador foi comunicado do resultado da reunião da Executiva estadual que, entre os posicionamentos, definiu que vai brigar também para viabilizar Leitão ao Senado.
A situação causou mal estar e bate-boca entre Taques e Leitão no gabinete do governador no Palácio Paiaguás. Uma fonte ouvida pela reportagem, classificou a situação como um “stress grande” entre os dois, mas crê numa reconciliação.
Coube a Leitão comunicar o governador, oficialmente, sobre a definição, assim como sobre a data da eleição da nova diretoria. O chefe do Executivo ouviu e não gostou nada. Entende que Leitão passa a ser um adversário interno, visto que é difícil viabilizar duas candidaturas à majoritária dentro do mesmo partido. O deputado federal, entende que a legenda tem essa força e, por isso, os ânimos estão acirrados.
Tanto que cresce, nos bastidores, a informação de que Taques pode trocar novamente de partido. Foi eleito pelo PDT, depois migrou para o PSDB. Uma das possibilidades seria o PPS, tocado por Cristovam Buarque, com quem o governador tem proximidade.
A gênese do embate ocorreu em reunião da Executiva estadual no início da semana passada. Foi convocada para debater a realização de eleição da nova Executiva em 10 de novembro – atendendo determinação da direção nacional que estipulou este mês para a escolha dos tucanos que vão coordenar as articulações nos estados para as eleições gerais do ano que vem. Isso porque em 10 de dezembro será escolhido o novo presidente nacional do PSDB.
No encontro, estiveram as principais lideranças do partido: Nilson, Thelma de Oliveira (prefeita de Chapada dos Guimarães), Guilherme Maluf (deputado), Ussiel Tavares, Rogério Salles (ex-governador), Paulo Borges (ex-vereador), Renivaldo Nascimento (vereador por Cuiabá), Leopoldo Mendonça, Rui Prado (ex-presidente da Famato), Ricardo Saad (vereador por Cuiabá) e Paola (representando o governador). Entre os ausentes estão o deputado estadual e secretário de Cidades Wilson Santos (em viagem) e o vereador Adevair Cabral.
Após discussão, chegaram a um entendimento de que o novo presidente deveria ser alguém sem a intenção de concorrer às eleições do ano que vem. Depois de sugestão de Rogério, foi escolhido, pela maioria, Paulo Borges.
Foi então montada uma chapa, que, por ser única, será aclamada na sexta (10), quando cerca de 130 tucanos se reúnem para a escolha. O vice-presidente será Rogério. Entre os membros da nova diretoria estão Guilherme, o próprio Leitão, Paola (indicada por Taques) e Renivaldo.
O segundo tema do dia foram as eleições do ano que vem. Foi neste momento que algumas lideranças, como Thelma, Guilherme, Renivaldo e Ussiel, defenderam a indicação de Leitão ao Senado.
O parlamentar reconheceu que tem interesse e que está trabalhando para viabilizar isso. Entre os que foram contra está Paola – que pertence ao núcleo duro de Taques.
Já ciente da situação, ao ser comunicado oficialmente, Taques e Leitão travaram uma longa discussão. O governador teria confidenciado ao seu grupo a insatisfação. Já a turma do “deixa disso” tenta apaziguar a situação. Tucanos aguardam o retorno de Taques do exterior para se reunir com o chefe do Executivo e reforçar a articulação para garantir a sua reeleição. O encontro deve ser liderado por Paulo Borges, que já terá assumido o comando da legenda.
Fonte: RD News


POLÍTICA
Líder do PT aciona AGU contra falas de Bolsonaro em ato na Paulista

Segundo Lindbergh Farias (PT-RJ), o ex-presidente espalhou desinformação e incentivou o ataque às instituições democráticas
O líder no PT na Câmara, Lindbergh Farias (PT-RJ), pediu nesta quarta-feira (9/4) à Advocacia-Geral da União (AGU) que apure falas de Jair Bolsonaro (PL) no ato pró-anistia do último domingo (6) e tome providências legais. Segundo o deputado, as afirmações do ex-presidente sobre as urnas eletrônicas, o Judiciário e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva “ultrapassam os limites da liberdade de expressão”.
Para Lindbergh, as falas do ex-presidente disseminam desinformação sobre o sistema eleitoral e atacam a honra de autoridades públicas — referindo-se aos ministros do STF, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o presidente Lula e o vice, Geraldo Alckmin.
Também argumentou que Bolsonaro minimizou os atos de 8 de janeiro de 2023 e insinuou que houve um golpe, com participação do Judiciário, para eleger Lula.
A representação cita ainda uma declaração de 26 de março, data em que o ex-presidente foi declarado réu pelo Supremo por tentativa de golpe de Estado. No dia, Bolsonaro criticou o Judiciário, Lula e as provas do processo a que responde no Supremo, e disse que o TSE influenciou sua derrota em 2022.
“As urnas são inauditáveis. Não sou eu que disse isso. (…) O TSE influenciou, jogou pesado contra eu (sic) e a favor do candidato Lula”, comentou na ocasião. Também defendeu penas mais brandas para os presos pelo 8 de janeiro e negou ter participado da tentativa de golpe.
“As declarações ora relatadas revelam um padrão reiterado de comportamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, caracterizado pela disseminação sistemática de desinformação, pelo ataque às instituições republicanas, especialmente ao Supremo Tribunal Federal e ao Tribunal Superior Eleitoral, e pela tentativa de reescrever a história recente sob uma ótica de perseguição pessoal e vitimização política”, escreveu o líder do PT.
O que disse Bolsonaro
Nos atos pró-anistia de domingo (6), Bolsonaro fez novas críticas contra o sistema eleitoral e afirmou que o TSE só voltará a ser confiável em 2026 — quando a presidência será exercida pelo ministro Nunes Marques, indicado por ele para o STF.
Disse, também, que o verdadeiro golpe em 2022 foi a atuação do Judiciário para, segundo ele, prejudicar sua campanha e colocar Lula na Presidência da República. Bolsonaro destacou, ainda, que recebeu uma espécie de aviso divino para sair do país no fim de 2022.
“O golpe deles só não foi perfeito porque em 30 de dezembro eu saí do Brasil. Algo me avisou (disse, apontando para o alto) que alguma coisa iria acontecer. Se eu estivesse no Braisl, seria preso na noite de 8 de janeiro. E estaria apodrecendo na cadeia até hoje ou até mesmo assassinado por esses mesmos que botaram esse vagabundo na Presidência”, ressaltou, no alto de um trio elétrico na Avenida Paulista, em São Paulo.
O ato do qual participou tinha como objetivo pressionar o Congresso — e em especial o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB) — a pautar o texto que anistia os golpistas e que pode beneficiar o próprio ex-presidente.
“CB”
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