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Em Brasília, Lula e Xi Jinping assinam acordos de cooperação no Alvorada

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Os dois presidentes se reuniram nesta quarta-feira (20/11) no Alvorada, com a participação de ministros e de autoridades do Brasil e da China

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente da China, Xi Jinping, assinaram 37 acordos de cooperação entre os dois países nesta quarta-feira (20/11), no Palácio da Alvorada.

Os acordos incluem abertura do mercado chinês para produtos agrícolas brasileiros, intercâmbio cultural, cooperação tecnológica, infraestrutura, indústria, energia, mineração, finanças, comunicações, desenvolvimento sustentável, turismo, esportes e saúde,
Os dois presidentes farão uma declaração conjunta após a assinatura dos acordos.
Xi foi recebido por Lula e pela primeira-dama Rosângela da Silva, no começo da manhã. Ele passou em revista as tropas da Presidência e os hinos dos dois países foram tocados. Em seguida, os presidentes assistiram a uma apresentação de canto, acompanhada por crianças hasteando bandeiras da China e do Brasil.
Participaram também da reunião ampliada entre os dois governos, do lado brasileiro, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, e os ministros Rui Costa (Casa Civil), Fernando Haddad (Fazenda), Mauro Vieira (Relações Exteriores), Carlos Fávaro (Agricultura), Alexandre Silveira (Minas e Energia), Juscelino Filho (Cidades), Luciana Santos (Ciência e Tecnologia), e Simone Tebet (Planejamento). 
Também estiveram presentes o assessor especial da Presidência para assuntos internacionais, Celso Amorim, o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, e o presidente indicado ao Banco Central, Gabriel Galípolo. Outra presença foi da presidente do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), a ex-presidente da República Dilma Rousseff. A instituição é conhecida como o “Banco do Brics”.
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Congresso está dividido e empurra tudo para o Supremo, diz Fux

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Durante evento em Brasília, ministro do STF também criticou as “orgias legislativas” que levam a inseguranças jurídicas

O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal, criticou o comportamento do Congresso Nacional que, segundo ele, “empurra” para a Corte temas sobre os quais não quer discutir. O magistrado também comentou sobre as sucessivas mudanças na legislação, as quais chamou de “orgias legislativas” que levam a inseguranças jurídicas no país.
 
“O parlamento está dividido e não quer pagar o preço social das suas decisões, e empurra tudo para o Supremo. O Supremo, segundo a cláusula constitucional, é obrigado a decidir porque nenhuma lesão ou ameaça deve escapar apreciação do Judiciário”, argumentou o ministro durante evento promovido pelo Instituto de Estudos Jurídicos Aplicados (Ieja), nesta quinta-feira (12/12) em Brasília. 

Fux argumentou que, em casos em que o Supremo não tem capacidade institucional, “decidir não decidir” é a melhor forma de prestar justiça.

“Eu, particularmente, sou contrário a essa postura (de obrigação) e interpreto essa Constituição, às vezes, como obrigação do Supremo decidir não decidir e devolver. É a melhor forma de prestar justiça em casos em que o Supremo não tem capacidade institucional’, frisou o ministro. 

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O magistrado citou como exemplo a regulamentação das redes sociais e da inteligência artificial.

“Estamos agora nos deparando com um problema dificílimo que é a regulação das redes, da inteligência artificial. Estão surgindo legislações de inteligência artificial, e é um momento muito prematuro, a ponto de dizer: tudo que se sabe hoje sobre inteligência artificial é que ninguém sabe nada de inteligência artificial”, observou. 

Fux criticou também o aumento do número de legislações no Brasil, o que gera insegurança jurídica e pode afastar possíveis investidores para o país. “Se o profissional a cada dia tem quatro leis tributárias, ele tem que ter um conhecimento enciclopédico inimaginável, e isso efetivamente gera insegurança jurídica na elaboração do planejamento econômico-financeiro das empresas.”

“CB”

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