Foram cumpridos 18 mandados de busca e apreensão e quatro de prisão temporária
PF prende 4 suspeitos de esquema de R$ 8 mi com falsas empresas
POLÍCIA
A Polícia Federal deflagrou na manhã de quinta-feira (24) a Operação Dúplice, visando desarticular a atuação criminosa de falsários, em detrimento da Caixa Econômica Federal, que se valiam de empresas inexistentes (“fantasmas”) para a obtenção de crédito junto à instituição financeira.
Foram cumpridos 18 mandados de busca e apreensão e quatro de prisão temporária, bem como medidas de sequestro de bens, nas cidades de Cuiabá/MT e Rondonópolis/MT. As decisões foram expedidas pela 5ª Vara Federal com o objetivo de aprofundar a apuração dos fatos.
A investigação, desenvolvida com o auxílio da Caixa Econômica Federal, teve início junho/2023 e demonstra que intermediários, também conhecidos como “pastinhas”, produziam documentos falsos, inclusive declarações à Receita Federal, para dar suporte à abertura de conta bancária e obtenção de crédito, em benefício próprio e alheio.
No esquema eram utilizadas empresas sediadas em um mesmo endereço, onde não se constata o funcionamento de qualquer atividade econômica. Os criminosos também utilizam múltiplas identidades falsas e “laranjas” como sócios dos empreendimentos “fantasmas”.
Em um dos casos houve a utilização dos dados biométricos de um indivíduo falecido para a confecção de documentos falsos que foram utilizados para obtenção de recursos perante a CEF.
Para tanto, contavam com a participação de profissionais da área contábil, cujo envolvimento é evidenciado pela vinculação a inúmeras empresas que obtiveram crédito fraudulentamente, além do envolvimento de, ao menos, um funcionário da instituição financeira.
Até o momento foram identificadas cerca de 20 empresas e, em média, o valor dos empréstimos era de R$ 300.000,00. Porém em uma das empresas foi constatado empréstimos de R$ 1.500.00,00. Até o momento, as investigações apontam um prejuízo de mais de R$ 7,8 milhões à Caixa Econômica Federal.
Operação Dúplice 05

Operação Dúplice 04

Operação Dúplice 03

Operação Dúplice 02

Operação Dúplice

POLÍCIA
Motta adia votação do PL Antifacção por falta de consenso e marca sessão para terça
O governo ainda é crítico do texto do relator e fala que o parecer de Derrite fragiliza a Polícia Federal
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O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), adiou a votação do projeto de lei antifacção proposta pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a próxima terça-feira, 18, após pedido do próprio relator, Guilherme Derrite (PP-SP), em razão de divergências ainda existentes sobre o texto.
+ Derrite apresenta 4ª versão de PL Antifacção e oposição acusa ‘enfraquecimento’ da PF
“Atendendo a demanda de vários colegas parlamentares, eu peço a Vossa Excelência, encarecidamente, que a gente possa pautar definitivamente esse debate na terça-feira da semana que vem para que essas correções possam ser ajustadas para que a gente não corra o risco de perder essa grande oportunidade”, disse Derrite.
O governo ainda é crítico do texto do relator e fala que o parecer de Derrite fragiliza a Polícia Federal, causando uma “fragmentação orçamentária”. Foi o que disse, por exemplo, o líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (PT). O texto é visto com maus olhos também no Ministério da Justiça. “Se esse texto for aprovado do jeito que está, vamos jogar uma bomba para o sistema existente para o combate a organizações criminosas”, afirmou Marivaldo Pereira, secretário de assuntos legislativos da pasta.
Derrite apresentou a quarta versão do seu relatório substitutivo na noite desta quarta-feira, 12, atendendo a mais uma demanda do governo, e incluiu previsão de recursos para a Polícia Federal no caso de bens apreendidos em operação contra organizações criminosas. A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, disse mais cedo que o relatório anterior de Derrite promovia uma “descapitalização” da PF ao direcionar recursos de fundos federais e destiná-los aos Estados.
“O relator voltou atrás em não retirar as atribuições da Polícia Federal, mas deixou a descapitalização da Polícia Federal. Ao esvaziar todos os fundos federais, ao repartir esses fundos, distribuí-los entre os estados e não deixar nada para o federal. Isso nos preocupa muito, porque a Polícia Federal precisa de recursos para as suas operações“, afirmou. No novo parecer, Derrite diz que a destinação de bens apreendidos devem ir ao Fundo de Segurança Pública do respectivo Estado, se o crime estiver investigado pelas autoridades locais; ao Fundo para Aparelhamento e Operacionalização das Atividades-Fim da Polícia Federal (Funapol), se o delito for investigado pela Polícia Federal. Se houver atuação conjunta, o recurso é dividido igualmente.
Para petistas, essa “descapitalização” continua no texto. Marivaldo aponta, por exemplo, que a maior parte dos recursos obtidos pela Polícia Federal vieram do Fundo Nacional Antidrogas (Funad), e não do Funapol. Apontam também que a concorrência com a Lei de Organizações Criminosas também causaria um “caos jurídico”. “Criminosos vão poder questionar, entrar com inúmeros recursos e protelar processos. O que é essa ‘organização ultraviolenta’? Qual a diferença dela para uma organização criminosa comum? Isso não está no texto”, pondera Marivaldo.
Lindbergh também criticou esse ponto. “O relator insiste em inventar categorias sem fundamento jurídico, como a tal ‘organização ultra violenta’, numa tentativa de apagar a terminologia rigorosa de ‘facção criminosa’ introduzida no texto original do governo federal. Esse tipo de improvisação conceitual enfraquece a política criminal, confunde operadores do direito e mascara o objetivo real: desfigurar a proposta técnica e consistente do Executivo, substituindo-a por um amontoado de conceitos vazios e dispositivos contraditórios”, argumentou. Ao longo desta quarta, Derrite visitou salas de lideranças partidárias para coletar sugestões de alterações na redação do projeto. As principais indicações de mudança vieram do governo.
Além da conversa com o líder do governo, José Guimarães (PT-CE), Motta conversou com deputados do Republicanos, PSD, PP e União Brasil. Após o encerramento da sessão na Câmara, o presidente da Casa elogiou o relator do projeto, afirmando que Derrite demonstrou “maturidade” ao pedir que a votação do projeto de lei antifacção só ocorra na próxima terça-feira, 18. “A discussão se dá no dia a dia. Relator conversou com lideranças e governo. Demonstrou que está aberto ao diálogo, à construção política”, disse.
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