Aumento vale para as distribuidoras. No Rio, repasse ao consumidor residencial será de cerca de 7%

Petrobras anuncia reajuste de 19% no gás natural a partir de domingo, com impacto em GNV e gás encanado

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ECONOMIA

RIO – A  Petrobras vai reajustar os preços de venda de gás natural  para as distribuidoras de todo o país em 19%, em média. Os novos valores começam a valer a partir de domingo.

O gás natural é o usado nas residências que têm gás encanado e também é o mesmo do GNV, para abastecimento de carros. É ainda um insumo importante para várias indústrias. Este aumento, porém, não tem relação com os preços do gás de botijão.

A alta de 19% chegará para os consumidores finais com variações distintas. No caso do Rio de Janeiro, a Naturgy informou nesta sexta-feira que, no caso do gás residencial, a alta será de cerca de 7%.

Novo preço vale até 31 de julho

Apesar de o preço do gás natural vendido pela Petrobras ser corrigido apenas trimestralmente, os valores do GNV veicular este ano já estavam em forte alta nos postos. Isso porque outros combustíveis, como gasolina e diesel, tiveram grandes reajustes.

Primeira refinaria do Brasil, a RLAM completou 70 anos prestes a ser vendida. A unidade tem capacidade de produção de 333 mil barris/dia. Foto: Saulo Cruz / MME

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Este ano, considerando os preços médios mensais da Agência Nacional do Petróleo (ANP), o custo do GNV nos postos do país subiu 9,74%. A gasolina teve alta de 8,62% e o diesel, de 23,47%.

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Já o valor do gás de botijão, que não tem relação com o preço do gás natural às distribuidoras e  também foi reajustado este ano pela Petrobras, teve alta de 10,94% desde dezembro, segundo a ANP.

Segundo a Petrobras, a alta média de 19% se refere ao reajuste trimestral da molécula (que vincula  a variação do preço do gás às variações do petróleo tipo brent e da taxa de câmbio)  e a atualização anual que ocorre no transporte. 

O objetivo é  atenuar as volatilidades momentâneas e assegurar previsibilidade e transparência, diz a estatal. “Os contratos são públicos e divulgados no site da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis)”, informou a estatal.

Esse novo patamar de preço vai vigorar até 31 de julho,  ” conforme condição previamente negociada e estabelecida nos contratos firmados”, disse a companhia.

A Petrobras esclarece que o preço final do gás natural ao consumidor não é determinado apenas pelo valor de venda da companhia, mas também pelas margens das distribuidoras (e, no caso do GNV, dos postos de revenda) e pelos tributos federais e estaduais.

Esse reajuste médio de 19% é em real por metro cúbico. E vale para toda as distribuidoras de gás natural do país.

Tendência é de alta, diz Gas Energy

O reajuste trimestral nos preços do gás vai valer para todas as  distribuidoras que têm contrato de fornecimento com a estatal. O que muda, dizem analistas, é a fórmula como esse reajuste é calculado.

Em janeiro deste ano, diversas distribuidoras renovaram o contrato de fornecimento de gás que passou passou a atrelar o preço do gás ao valor do petróleo e do câmbio. 

Mas, como algumas empresas entraram na Justiça para brecar esse novo contrato, continuou valendo o uso da fórmula com base em uma cesta de óleos. Estão nesse caso estados como Rio de Janeiro, Santa Catarina, Alagoas, Ceará, Espírito Santo, Sergipe e Minas Gerais.

Rivaldo Moreira, sócio da Gas Energy, lembra que agora os contratos novos estão mais transparentes. Ainda sim, o percentual de reajuste vai depender do aval das agências reguladoras locais, que tendem a definir os aumentos para cada tipo de consumidor.

– De qualquer forma, não há sinalização no curto prazo de que os preços vão ceder. E isso é mais um desafio para a competitividade, em especial à indústria que depende do gás – disse Moreira.

“MSN”

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Lula e Alckmin se reúnem nesta segunda para debater apoio aos atingidos pelo tarifaço

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presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reúne com o vice e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, nesta segunda-feira às 17h. Há a expectativa de que o presidente delibere sobre o pacote de medidas de apoio a setores afetados pelas tarifas de 50% impostas pelo governo dos Estados Unidos a produtos brasileiros.

Alckmin participaria nesta segunda-feira do lançamento do Programa de Qualificação para Exportação (Peiex), em São Paulo, mas o evento foi adiado pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) devido à convocação da reunião no Palácio do Planalto por Lula. Na semana passada, o vice-presidente disse que a decisão sobre as medidas seria anunciada até a próxima terça-feira, 12.

Mais cedo, o presidente abre a semana com a costumeira reunião às 9h com o ministro da Secretaria de Comunicação Social, Sidônio Palmeira, e o secretário de imprensa, Laércio Portela. Às 9h30, Lula recebe a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva.

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Às 14h40, o presidente despacha com o secretário especial para assuntos jurídicos da Casa Civil, Marcos Rogério de Souza, e às 15h participa Cerimônia de entrega do Prêmio MEC da Educação Brasileira, também no Palácio do Planalto.

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