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Brasil abre 76 novos mercados para o agro em 2023

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Agronegócios

As exportações do agronegócio brasileiro também registraram recorde em 2023, com US$ 139,58 bilhões em dez meses

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), por intermédio da Secretaria de Comércio e Relações Internacionais (SCRI), fechou 76 novos acordos comerciais com 38 países em 2023, o que representa um recorde para o setor do agronegócio brasileiro.

As aberturas de mercados abrangem uma ampla variedade de produtos, incluindo carnes, grãos, frutas, vegetais, sementes e produtos florestais. Os principais destinos foram as Américas e a Ásia, com destaque para o México, a China e o Chile.

México

A abertura do mercado mexicano para carnes bovinas e suínas brasileiras foi uma das principais conquistas do ano. A medida, que já era esperada há 20 anos, permitirá que o Brasil exporte esses produtos in natura para o México, sem a necessidade de processamento térmico prévio.

O México é o segundo maior importador mundial de carne suína in natura, com importações de 1,2 milhão de toneladas em 2021. A abertura do mercado representa uma enorme oportunidade para o setor de carne suína brasileiro.

China

O Brasil também obteve importantes avanços nas negociações com a China, seu principal parceiro comercial. Em março, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, anunciou a derrubada do embargo à carne bovina brasileira, que havia sido imposto em razão de um caso isolado de Encefalopatia Espongiforme Bovina (mal da “vaca louca”).

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A transparência e a celeridade das informações prestadas pelo Brasil foram elogiadas pelo governo chinês. Além disso, o Mapa também conseguiu a habilitação de novas plantas frigoríficas brasileiras para exportação à China e a retomada das exportações de algumas plantas que estavam suspensas.

Chile e União Europeia

O Brasil também fechou acordos importantes com o Chile e a União Europeia. Com o Chile, o país assinou um acordo para adotar o sistema de “pre-listing” no comércio de carnes, simplificando a habilitação de frigoríficos para exportação.

O Brasil é o primeiro país latino-americano a ter esse mecanismo de habilitação delegada com o Chile. O acordo tem como objetivo expandir esse sistema para outros produtos além das carnes no futuro.

Com a União Europeia, o Mapa retomou o Mecanismo de Diálogo SPS, que não se reunia desde 2016. Esse mecanismo é essencial para restabelecer o diálogo com a União Europeia para avançar em temas sanitários e fitossanitários de interesse mútuo.

Comércio exterior

As exportações do agronegócio brasileiro bateram o recorde de US$ 139,58 bilhões nos dez primeiros meses do ano. O crescimento foi superior a 3% em valor e de quase 10% em volume, na comparação com o mesmo período de 2022.

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Os principais impulsionadores desse êxito foram os setores do complexo soja, complexo sucroenergético e cereais, farinhas e preparações.

Em termos de região, a Ásia destacou-se como o principal destino (foram US$ 74,60 bilhões em exportações); seguida pela União Europeia, com US$ 18,43 bilhões. A China manteve-se como um destaque notável, absorvendo US$ 51,10 bilhões em exportações.

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Agronegócios

Alta nos fertilizantes pressiona produtores e encarece a safra 2025/26 no Brasil

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Preços de ureia, MAP e cloreto de potássio disparam nos portos brasileiros

Alta nos fertilizantes pressiona produtores e encarece a safra 2025/26 no Brasil

Os custos dos fertilizantes no Brasil têm registrado forte alta nos meses que antecedem a safra 2025/26, elevando a pressão sobre os produtores. Segundo o relatório semanal da StoneX, entre janeiro e meados de agosto, os preços da ureia subiram cerca de 33%, o MAP (fosfatado amplamente usado no país) avançou 19% e o cloreto de potássio registrou alta de 20% nos portos brasileiros.

Relação de troca entre insumos e grãos atinge patamar crítico

O aumento nos preços impacta diretamente a rentabilidade dos produtores. De acordo com Tomás Pernías, analista de Inteligência de Mercado, a relação de troca entre a soja e o MAP está nos piores níveis dos últimos anos, desestimulando o consumo do fertilizante e obrigando os agricultores a adotarem maior cautela na compra de insumos.

“A demanda indiana tem sustentado as cotações do nitrogenado, e a queda do preço do milho reduz a atratividade das relações de troca no Brasil”, explica Pernías.

Alternativas para reduzir custos

Diante do cenário, importadores brasileiros têm buscado alternativas para contornar a pressão de preços. Entre os nitrogenados, o sulfato de amônio é a opção mais procurada. Já entre os fosfatados, os fertilizantes TSP e SSP têm sido utilizados como substitutos do MAP.

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Mesmo com essas alternativas, a aproximação da safra tende a reforçar a pressão sobre os preços no mercado interno, tornando essencial o gerenciamento de custos e riscos por parte dos produtores. Além disso, condições de crédito mais onerosas em 2025 aumentam o desafio financeiro para viabilizar a próxima safra.

Escalada global dos fertilizantes

O aumento de preços não é exclusivo do Brasil. “A Índia, em plena safra Kharif, e os Estados Unidos — mesmo fora de sua alta temporada de compras — também enfrentam preços elevados no complexo NPK”, afirma Pernías.

O movimento de alta está ligado ao aperto entre oferta e demanda global. A China, tradicional fornecedora mundial, restringe exportações para garantir abastecimento interno, enquanto a forte demanda da Índia sustenta os preços internacionais.

Incertezas geopolíticas impactam abastecimento

O cenário internacional também traz desafios para o mercado brasileiro. Tarifas anunciadas pelos Estados Unidos sobre produtos indianos, em reação a fluxos comerciais favoráveis à Rússia, geram alertas entre compradores no Brasil.

“Em 2024, a Rússia foi a principal fornecedora de fertilizantes ao Brasil. Qualquer mudança nas dinâmicas comerciais globais pode afetar diretamente o abastecimento nacional”, conclui Pernías.

Fonte: Portal do Agronegócio

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