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Exportações de milho do Brasil caem 8,3% no início de novembro com perda de competitividade frente a EUA e Argentina

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Embarques de milho iniciam novembro em ritmo mais lento

Exportações de milho do Brasil caem 8,3% no início de novembro com perda de competitividade frente a EUA e Argentina

Foto: APPA – Paranaguá

O Brasil começou o mês de novembro com um desempenho mais fraco nas exportações de milho em relação ao mesmo período do ano passado. Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), o país embarcou 1.140.535,1 toneladas de milho não moído (exceto milho doce) até o momento, o que representa 24,13% do volume total exportado em novembro de 2024, quando o país enviou 4,72 milhões de toneladas ao exterior.

A média diária de embarques nas cinco primeiras sessões úteis do mês foi de 228.107 toneladas, o que representa uma queda de 8,3% em comparação com as 248.755,4 toneladas por dia útil registradas no mesmo período do ano anterior.

Brasil perde espaço para Argentina e Estados Unidos

De acordo com o analista de mercado Enilson Nogueira, da Céleres Consultoria, o principal motivo para o desempenho mais fraco está na baixa competitividade internacional do milho brasileiro, que atualmente tem preços menos atrativos do que os grãos exportados por Argentina e Estados Unidos.

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“O milho brasileiro está caro no mercado internacional, especialmente quando comparado ao produto norte-americano. Por isso, as exportações podem desacelerar naturalmente até o início de 2026, tanto por questões sazonais quanto pela entrada do milho dos Estados Unidos e pela menor competitividade do produto brasileiro”, explica Nogueira.

Mesmo com a retração, o analista acredita que o mercado interno deve absorver boa parte da produção. “O setor de etanol, a indústria de proteína animal e outros segmentos continuam com boa demanda, o que deve garantir liquidez à safra 2024/25 e já movimenta negociações da 2025/26”, complementa.

Receita com exportações também apresenta leve queda

Em termos de receita, o Brasil arrecadou US$ 249,37 milhões com os embarques realizados até agora em novembro, valor que representa cerca de 25% do total faturado em todo o mês de novembro de 2024, quando as exportações somaram US$ 981,57 milhões.

A média diária de faturamento recuou 3,5%, passando de US$ 51,66 milhões por dia útil no ano passado para US$ 49,87 milhões neste mês. Apesar disso, o preço médio pago por tonelada exportada aumentou 5,3%, subindo de US$ 207,70 em novembro de 2024 para US$ 218,60 em novembro de 2025, o que indica valorização do produto brasileiro em dólar, ainda que o volume embarcado tenha diminuído.

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Perspectivas para o restante do mês

O Brasil encerrou outubro com pouco mais de 5 milhões de toneladas de milho exportadas, e a projeção para novembro é de aproximadamente 5,5 milhões de toneladas, segundo estimativas da Céleres. Caso confirmadas, essas exportações devem trazer maior liquidez ao mercado e auxiliar na formação dos preços internos durante a transição entre safras.

Entretanto, a concorrência internacional deve continuar intensa. Com oferta elevada nos Estados Unidos e na Argentina, o milho brasileiro enfrenta dificuldades para competir no mercado global — cenário que tende a se manter até o início de 2026.

Fonte: Portal do Agronegócio

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No Peru, Brasil reforça defesa da ciência pela continuidade do comércio e pela segurança alimentar

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Terceira edição do Road Show 2025 da ABPA debaterá critérios da OMSA para fortalecer o acesso a mercados agropecuários

No Peru, Brasil reforça defesa da ciência pela continuidade do comércio e pela segurança alimenta.
O seminário será realizado sob o tema “Peru-Brasil: Proteína Animal – Decisiones Basadas en la OMSA para Seguridad Alimentaria” | Foto: ABPA/Divulgação

A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), promoverá no próximo dia 23 de setembro, em Lima (Peru), a terceira edição do ROAD SHOW INTERNACIONAL “No Borders for Food: Parcerias para Segurança Alimentar”.

A iniciativa tem como objetivo ampliar o diálogo técnico e institucional com autoridades sanitárias e importadores sobre o papel das normas da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA/WOAH) na construção de um comércio internacional mais previsível, seguro e baseado em evidências científicas.

O seminário será realizado sob o tema “Peru-Brasil: Proteína Animal – Decisiones Basadas en la OMSA para Seguridad Alimentaria”, com a presença de representantes do governo peruanoimportadores locaisempresas brasileiras exportadoras e autoridades da Embaixada do Brasil em Lima, além da diretoria da ABPA.

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Esta será a terceira edição do Road Show, que teve início nas Filipinas, em 8 de agosto, e passou pela Cidade do México, em 28 de agosto, sempre com ampla participação de autoridades e lideranças do setor. Os eventos anteriores reforçaram o apoio aos princípios da OMSA como base técnica legítima para decisões comerciais sanitárias.

O Peru é um parceiro estratégico do Brasil na América do Sul. Exatamente por isso, com o seminário técnico em Lima damos mais um passo em direção a uma relação comercial ainda mais sólida, baseada na confiança mútua, no diálogo institucional e em regras sanitárias reconhecidas internacionalmente”, destaca o presidente da ABPA, Ricardo Santin.

Em 2024, o Peru esteve entre os destinos prioritários sul-americanos das exportações brasileiras de material genético avícola e produtos avícolas. Neste sentido, a proposta do Road Show é justamente fortalecer a cooperação regulatória, promovendo o entendimento mútuo sobre práticas modernas como regionalizaçãoproporcionalidade e transparência nas decisões de importação.

A próxima edição do ROAD SHOW 2025 acontecerá na África do Sul. O seminário em Lima será promovido pelas marcas setoriais Brazilian Chicken, Brazilian Pork, Brazilian Egg, Brazilian Breeders e Brazilian Duck, com o apoio institucional do Governo Federal do Brasil, por meio dos ministérios da Agricultura e Pecuária, das Relações Exteriores, do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, da ApexBrasil e da Embaixada do Brasil no Peru.

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